Anac considera serviço emergencial na pista de pouso de péssima qualidade e Aeroporto de Fernando de Noronha continua sem receber avião grande
ANAC após uma consulta aos operadores aéreos envolvidos acerca das conclusões da avaliação de risco e eventuais condicionantes eles informaram que há a necessidade novos serviços.
A ilha de Fernando de Noronha vai continuar impedida de receber ações de grande porte em função da insegurança que a pista do Aeroporto Carlos Wilson Campos. Num duro relatório elaborado pelas suas equipes técnicas a Anac recomendou a manutenção da medida acautelatória aplicada pela Decisão da Medida Cautelar anunciado no dia 5 de outubro último.
Segundo a ANAC, mesmo com a finalização dos reparos emergenciais, ainda persiste a situação já constatada quanto à desagregação do pavimento e ao risco de ingestão e danos aos motores, fuselagem e pneus das aeronaves pelo material desprendido.
No dia 5 de outubro a Agencia informou que o aeroporto continuara podendo receber apenas aviões de pequeno porte como os ATR da Azul que podem levar até 70 passageiros. Mas que estavam proibidas as operações de pouso e decolagem do aeroporto de Fernando de Noronha para aeronaves com motores a reação – exemplo dos turbojatos. De acordo com a entidade, a ação é por questões de segurança e será mantida até o cumprimento das determinações presentes no Regulamento Brasileiro de Avião Civil (RBAC).
Na mesma semana o Governo do Estado informou que estava providenciando uma alçai emergencial para quem em até 60 dias pudesse pedir a autorização para a volta das operações de jatos. Entretanto, os serviços feitos por uma empresa contratada às pressas se revelam de péssima qualidade.
GOVERNO CONTESTA ANALIAÇÃO NA ANAC
Segundo a ANAC após uma consulta aos operadores aéreos envolvidos acerca das conclusões da avaliação de risco e eventuais condicionantes eles informaram que há a necessidade condicionante de implementação de um processo efetivo de manutenção corretiva do pavimento, de forma a trazer os riscos identificados para níveis minimamente aceitáveis.
Segundo o relatórios as obras emergenciais ocorridas foram insuficientes para alteração do quadro de risco operacional do aeroporto, em virtude de as intervenções terem ocorrido em uma área total de apenas 0,1675% da área da pista de pouso.
Também não há indícios de problemas com a metodologia empregada na restauração do pavimento, no entanto há necessidade de acompanhamento do desempenho do pavimento durante e após a conclusão das obras.
O PARECER DA ANAC
Para a ANAC agora será necessário ao Governo do Estado avaliar a necessidade ou não de execução de grooving (ranhuras no pavimento que permitem o escoamento de águas pluviais) na pista de pouso e decolagem e de definir procedimentos de acompanhamento da funcionalidade do pavimento (podendo ser realizadas novas avaliações de PCI, aprimorar o controle de FOD e de sobrecarga de aeronaves.
Segundo a agência, a Análise de Risco referente à operação no Aeródromo de Fernando de Noronha diante deste cenário, manteremos a suspenção temporária das operações no aeroporto de Fernando de Noronha, até que se implemente um processo efetivo de manutenção corretiva do pavimento, de forma a trazer os riscos identificados para níveis minimamente aceitáveis.
Quando a ANAC anunciou a proibição do pouso de jatos o Governo de Estado informou ter contratado obras emergenciais de recuperação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha devem ser concluídas até o dia 30 de novembro.
A Secretaria de Infraestrutura de Pernambuco, afirmou ter iniciado os serviços com Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) no final de semana.
Por conta da determinação, a Azul passou a operar com um avião menor, do modelo ATR, e a Gol suspendeu as atividades na ilha. Donos de mercados e farmácias relataram dificuldade de conseguir transportar produtos e desabastecimento, enquanto pousadas, táxis e locadoras de veículos registram queda de movimento.