Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Com companheiros como os do PT, Haddad já pode dispensar toda a oposição

Se for necessário adquear a proposta para atender ao pedido do PT, como ficam as conversas de Haddad com Artur Lira e Rodrigo Pacheco?

Fernando Castilho
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Publicado em 22/03/2023 às 0:05
EVARISTO SA/AFP
Lula criticou a taxa de juros. - FOTO: EVARISTO SA/AFP

Sejamos sensatos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad merece o que seus companheiros estão fazendo com ele no Governo? Para ter um nível de oposição e radicalismo na área econômica que ele precisa enfrentar diante de seus colegas de partido é melhor bater de frente com a banda mais radical do Bolsonarismo. Até porque, até agora os deputados que formam o bloco de apoiadores do ex-presidente, sequer tiveram chance de contestar o governo já que o próprio PT cuidou de ocupar todos os espaços da crítica.

Diante da pressão do mercado e com boas intenções sinceras, Fernando Haddad desafiou sua equipe a escrever um projeto que transmita a sociedade uma idéia de controle mínimo das despesas do estado, que aponte para um enquadramento do controle de nossa dívida pública e um conjunto de propostas que pressiga, de forma sustentável, o crescimento da economia em bases mais robustas. Fernando Haddad até pela sua honestidade política, de fato, acreditou nisso. Ele acha que tem um texto que os agentes econômicos receberão como palatável diante da crítica inrracível do presidente Lula.

Ele já percebeu que o que o mundo corporativo nacional e internacional deseja é apenas um gesto na direção de respeito aos gastos públicos. O mercado quase implora por isso para dar um voto de confiança ao governo Lula.

O problema de Haddad - e agora de Simone Tebet, Geraldo Alkmin e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira e do senado Rodrigo Pacheco - é que o presidente e a ala ideológica do PT resistem às propostas do ministro da economia. Se não tivessem tantas ressistencias, é claro que o ministro já teria à anunciado.

AMIGO MERCADANTE

Se não for isso, como entender o seminário do BNDES sobre a questão do desenvolvimento sustentável onde o tema central foi o taxa Selic? E como acreditar que o BNDES está apoiando Fernando Haddad quando presidente da instituição, Aloizio Marcadante ressoa - com os economistas afinados com o partido - a crítica feroz de Lula? Como entender o movimento dele às vésperas da reunião do Copom. Tentar que a criticas apresentados assustem os oito diretores do BC no comitê?

O que impressiona é que, enquanto o ministro da Fazenda costura apoios, o PT trabalha contra e faz questão de se posicionar em público contra algum tipo de controle de gastos públicos. Funciona como no passado quando o Brasil emitia moeda sem lastro para pagar suas contas em função dos movimentos no Congresso.

Fernando Haddad não merece o que os seus companheiros estão fazendo com ele. Isso acaba estimulando a que outros ministros façam o que Carlos Luppi fez na questão do consignado. Não fosse o governo de Lula,, o presidente do PDT não estaria mais na equipe. Mas ele está lá e o governo terá que se contorcer. Como terá que fazê-lo no caso das passagens aéreas anunciada pelo ministro do PSB, Marcio França.

A verdade é que, embora isso não esteja dito, a proposta original de Fernando Haddad está indo para o espaço. Depois de tudo que ele conversou com seus colegas de ministério e com os presidente do Congresso a decisão do presidente Lula de discutir a proposta apenas após sua viagem a China enterrou o texto original de Haddad. Se for necessário adquear a proposta para atender ao pedido do PT, como ficam as conversas de Haddad com Artur Lira e Rodrigo Pacheco?

Enquanto isso, o presidente continua sua cruzada contra o mercado. Como se seu mau humor fosse capaz de baixar um centésimo na taxa cobrada pelos bancos para emprestar ao Governo.

Desenrola Serasa

Se o projeto de renegociação Desenrola demorar muito não vai ter como ser diferente. O Feirão Serasa Limpa Nome do Serasa recebeu a adesão de mais 50 empresas, ampliando as possibilidades de quitação de dívidas. O maior mutirão de negociação de débitos do país, já conta com 475 empresas parceiras, que oferecem descontos de até 99%, a oportunidade de pagamento com Pix e a de limpar o nome na hora. O grupo tem bancos, securitizadoras (empresas que compram dívidas), telefonia, universidades e grandes varejistas.

Um Telecom no MA

A empresa pernambucana Um Telecom expande a sua rede de fibra óptica para o Maranhão e amplia a rede já implantada no Piauí, totalizando 1,3 mil km de cabos de fibra óptica. Com a expansão, a empresa alcança a marca de 20 mil km de rede de fibra óptica em todo o Nordeste. A nova rede passa por cidades como São Luís, Caxias, Peritoró e Batalha, no Maranhão.

Medalha Bandeira

O presidente da Urbana PE, Luiz Fernando Bandeira de Mello recebe, hoje, a Medalha de Mérito José Mariano no plenário da Câmara Municipal do Recife, Casa José Mariano, na Rua Princesa Isabel, proposta pelo vereador Ronaldo Lopes em solenidade presidida pelo presidente da CMR, vereador Romerinho Jatobá. Às 15h.

Seguro e colisão

Levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), considerando os veículos segurados do ano 2000 a fevereiro último cruzando informações públicas e privadas das associadas revela que as colisões são responsáveis por 81% dos sinistros em Pernambuco que tem mais de dois milhões de veículos em circulação mas apenas 490 mil (16,9%) segurados.

Declare Certo

Hoje a amanhã, no Shopping Tacaruna (no espaço Tacaruna Office) tem a 12ª edição do Projeto Declare Certo, do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis - Sescap-PE) ação visa ajudar e orientar contribuintes no preenchimento de declaração de Imposto de Renda com o objetivo de reduzir o número de processos de pernambucanos que caem na malha fina da receita federal.

 

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