Na conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira (6), o presidente Lula da Silva considerou “extemporânea” a manifestação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre uma nova política de preços da Petrobrás. O ministro disse num programa de TV, nesta quarta-feira (5), que o governo vai "propor uma nova política de preços para a empresa cumprir sua função social, que está na Constituição, está na Lei das Estatais".

O presidente o desmentiu dizendo que a política de preços da Petrobras “será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir política de preço. Nós vamos mudar, mas com muito critério”. O comentário de Lula pôs Silveira na lista tríplice de ministro com idéias “geniais” que já que advertira que os ministro só podem fazer anúncios depois do Palácio do Planalto decidir. Juntou-se a Márcio França com as passagens aéreas de R$ 200 e a Carlos Luppi com os juros do Consignado a 1,70 ao mês, ambos desmentidos.

O encontro foi um gesto republicano do presidente. Mas a questão da política de preços da Petrobras - que vem desafiando presidentes da República tem nuances mais serias do que as declarações “extemporâneas” de ministros.

Tem a ver com a questão do refino que ele e o PT tanto combatem relacionando a questão da redução da capacidade de refino do Brasil com as privatizações das refinarias Landulfo Alves (RLAM), em 2021, responsável por 13% do total da capacidade de refino da empresa. E da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), localizada em Manaus (AM) em 2022, responsável por a 2,4% do total de refino da empresa.

De fato. A perda de 15,4% da capacidade de refino de uma empresa de petróleo é um fato importante. Mas também é importante não esquecer a História e lembra a tragédia que ocorreu nos governos do PT quando a construção de refinarias turbinou a corrupção na empresa que nos levou ao escândalo do Petrolão.

A História não esquecer que se o processo de construção da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) não tivesse sido contaminado o que levou ao cancelamento dos projetos de outras duas refinarias de petróleo no Ceará e no Maranhão, o Brasil estaria hoje sem a necessidade de importar 30% dos derivados de petróleo mesmo (como em 2022), usando 88% da capacidade de seu parque de refino aonde 62% da carga processada vem do pré-sal.

Essa é uma questão estratégica para o governo Lula e para o Brasil. A produção no pré-sal em fevereiro chegou a 3, 268 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) correspondendo a 78,1% da produção brasileira que foi de 4,183 boe/d, sendo 3,262 milhões de bbl/d e 146,540 milhões de m³/d.

Foi a maior produção total já registrada. Isso quer dizer que, em 2023, o total de refino das refinarias da Petrobras tende a ser percentualmente menor que os 62% de 2022. E que vamos ter que continuar a importar derivados pagando os preços internacionais mesmo sob o protesto do governo Lula.

É uma ironia que o mesmo pré-sal que, em apenas 136 poços, entrega toda essa produção astronômica tenha que exportar parte dela porque o país não tem capacidade de refino para atender ao consumo interno.

E à medida que a Petrobras extrai mais petróleo e ganha dinheiro com isso (em 2022, a companhia liquidou diversos empréstimos e financiamentos, no valor de R$ 57 bilhões), mais tenha que exportar porque suas refinarias não podem crescer mais.

É uma situação preocupante porque não dá para o Brasil tomar a decisão de fazer uma nova refinaria. Embora possa ampliar as atuais ao limite e concluir a RNEST. Mas ainda assim, os números do pré-sal sempre vão lembrar o desastre que foi o processo da construção da Refinaria Abreu e Lima, ainda inconclusa.

Esse quadro enfraquece o discurso de que a empresa errou por vender 15,4% de sua capacidade de refino porque elas continuam produzindo derivados para o mercado interno. A questão não é a capacidade de a Petrobras processar menos porque vendeu as refinarias. A questão é que a corrupção da construção da RNEST inviabilizou a construção das demais na década passada.

De certa forma, o sucesso ascendente do pré-sal - que entrega a Petrobras um barril a US$ 3 - a obriga a exportá-lo (por 60 US$)  porque não tem como processá-lo aqui o Brasil. E isso é muito mais sério do que as refinarias RLAM e REMAN terem sido privatizadas. Tem a ver com o que foi apurado na Lava Jato que Lula e o PT tentam apagar da História política do Brasil, já que na Historia econômica será impossível esquecê-la.

Grupo Referencial

Liderado pelo empresário Eugênio Marinho, o Grupo Referencial programa contratar ate 700 pessoas nos próximos 18 meses. Nascido em Serra Talhada, mas com atuação além de Pernambuco, no Piauí e na Bahia, e atuação em energia (RDE) e constrção imobiliária (RDI). No trabalhecom@gruporeferencial.com.

ZPE privada

Saiu o edital de chamamento público com vistas à criação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada no país, em Aracruz (ES). A empresa terá de prover a infra-estrutura necessária para sua operação e selecionar as indústrias a serem instaladas ali. O projeto foi anunciado vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Estacionamento

O Centro de Convenções de Pernambuco agora tem 1.600 vagas de estacionamento após uma demarcação dos espaços, mudança nas catracas de entrada e saída e criação de novas possibilidades de pagamento inclusive viam QR Code, facilitando o acesso e a liberação dos clientes.

Plaza Shopping

Ate o dia do dia 31 de maio 27 artesãs estarão expondo e comercializado produtos confeccionados no Projeto Arte Delas, da Secretaria da Mulher do Recife, está de volta ao Plaza Shopping, em Casa Forte. A iniciativa visa dar visibilidade a mulheres atendidas pela Rede de Artesãs do Recife, além de proporcionar às artesãs aprendizados nas áreas de vendas, gestão e marketing.

Tampinha Legal

O projeto Tampinha Legal do Instituto SustenPlást com o apoio do Movimento Plástico Transforma já retirou do lixo mais de 622 milhões de tampas plásticas através de ações modificadoras de comportamento de massa e aumenta os níveis de esclarecimento quanto ao material plástico. O programa não recebe comissões e/ou gratificações sobre o material coletado e em 2022 ultrapassou R$ 2,5 milhões de reais destinados 100% para as entidades assistenciais participantes inclusive aqui de Pernambuco. No site https://tampinhalegal.com.br/web/pontos-de-coleta/