Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Haddad acredita que produção da Shein no Brasil agüenta legislação e tributação

Haddad acredita que a força da marca Shein seja capaz de produzir - com seus parceiros brasileiros - e a um custo que lhe permita vender com os preços que hoje cobra.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 21/04/2023 às 0:05
Renato Pizzutto/Band
PREÇO DA GASOLINA 2023: Ministro da Fazenda, Haddad se pronuncia sobre postos que estão aumentando preço da gasolina - FOTO: Renato Pizzutto/Band

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad acredita que o gigante do varejista global online de moda, beleza e estilo de vida, Shein terá condições de produzir até 85% dos produtos que vende no Brasil depois de a empresa chinesa aderir ao plano de conformidade da Receita Federal, normalizando as relações com a Fazenda. E que continuará entregando produtos feitos no Brasil com preços competitivos como os que obtém na China e na Turquia.

A empresa distribuiu uma nota nesata quinta-feira (20), logo após uma entrevista do ministro, afirmando que deseja liderar uma ação capaz de tornar o Brasil o pólo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina. E que planeja estabelecer parceria com dois mil fabricantes locais e criar aproximadamente 100.000 empregos nos próximos três anos para produzir peças com a marca SHEIN.

Ainda não se sabe como ela vai fechar parceiras com dois mil fabricantes brasileiros interessados em produzir sob encomenda, certamente deixando de produzir para outras cadeias de varejo brasileiras que produzem, também sob encomenda, embora pólos espalhados pelo Brasil - entre eles o de Pernambuco no Agreste - tenham outros objetivos.

Até agora, as experiências de produção de baixo custo estão ligadas a indústria clandestinas que recrutam trabalhadores estrangeiros para produzir calçados e roupas falsificadas. Na outra ponta, a indústria têxtil e de confecções brasileiras trabalha com pessoal contratado sob regime de carteira assinada e pagando a tributação regular embora seja crescente a produção de centenas de micro empresas que vendem suas criações diretamente, também, fugindo da tributação.

Pelas declarações de Haddad, ele acredita que a força da marca Shein seja capaz de produzir - com seus parceiros brasileiros - e a um custo que lhe permita vender com os preços que hoje cobra pelos produtos vindos da China disfarçados de remessas de chineses a brasileiros amigos.

Não há porque duvidar da capacidade de atração que uma marca como a Shein que hoje vende sete de cada 10 itens de roupa na Internet. Mas nunca é demais lembrar. Assim como seus preços não agüentam a tributação de 60% de Imposto de Importação, sua eventual produção no Brasil não agüenta a tributação interna e os custos trabalhistas para praticar os preços que pratica. Dinheiro não agüenta desaforo de ninguém.

E qualquer aluno de ensino médio sabe que pagando todos os impostos cobrados pelo Brasil não é possível verder blusas e shorts por R$ 30 que pagam o frete internacional, margem do lojista e da plataforma. Mas ministro Haddad acredita que a empresa chinesas trabalhando com seus parceiros dentro das normais legais no Brasil vai conseguir chegar a 85% de participação conteúdo nacional.

Como Fernando Haddad mesmo disse, ele não conhecia a Shien até eclodir a proposta de cobrar a imposto de impostação que - desmentida já na China pela primeira dana Rosangela Lula da Silva – talvez seja interessante se aprofundar no tema até para conseguir da Shoppe e da Alibaba decisões semelhantes as da Shein.

O ministro deve ter visto, em poucas conversas sobre o assunto, condições que lojistas, indústrias e toda própria cadeia produtiva dosetor num brasil não viu condições de barateamento de custos. Tomara que a chegada Shein, como indutora de uma nova indústria nacional de têxteis de confecção, seja capaz de ajudar ao Brasil ser tão competitivo e de classe mundial como são as industrais chinesas.

Naturalmente respeitando toda a ligislação nacional.

Canadenses

O conflito entre Rússia e Ucrânia abriu uma janela de oportunidades entre o Brasil e o Canadá que este ano completam 50 anos de sua corrente de comercio. As compras de as compras de adubos e fertilizantes feitas somaram US$ 759,6 milhões (FOB) em 2022 devido ao interesse dos empresários brasileiros a importarem adubos e fertilizantes do Canadá, o que provocou um boom na procura por estes dois tipos de produtos. Em 2022 o comércio bilateral ultrapassou a cifra de US$ 10 bilhões (FOB) pela primeira vez na história.

Papel da moda

Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) trasnformaram-se no papel de maior atenção do mercado de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais) No mês de março foram levantados R 670 milhões em ofertas públicas de apenas três fundos em março (alta de 77% em relação ao resultado de fevereiro). No primeiro trimestre de 2022, as emissões saltaram de R$ 1,9 bilhão para R 2,8 bilhões, em 2023.

Capital do Agreste

A Nova Harmonia, empresas do segmento imobiliário especializada na incorporação de bairros planejados nas cinco regiões do país, escolheu Caruaru como a primeira cidade pernambucana a receber seus projetos. A empresa atua nos estados do Maranhão, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul focada em cidades pólo.

DNA brasileiro

A partir do segundo semestre de 2023, as operações globais de pesquisa e inovação de produtos da Avon, em categorias-chave, serão estabelecidas no Brasil. O motivo é que o país virou maior mercado da companhia. As instalações serão integradas ao Centro de Inovação da Natura, em Cajamar, abrindo mais de 40 vagas para compor o time global de P&D. Em 2020 a Natura & Co comprou a Avon Products, num negócio que criou o quarto maior grupo de beleza do mundo

Curso de Pintor

A Tintas Iquine retoma o Projeto “Jaboatão Cores para Todos” em parceria com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Vai oferecer cursos para formação profissional de pintor carga horária de 60 horas. Para participar ser maior de 18 anos e residir em Jaboatão. O projeto já formou 400 profissionais no município.

Eletrobras Chesf

A (Eletrobras Chesf) está lançando sua 2ª Chamada Aberta para Startups. As inscrições estão abertas até o dia 1º de maio, e podem ser feitas pelo site www.umbuh.com.br . O investimento previsto para esta etapa é na ordem de R$ 240 mil. Na áreas de nas áreas de Gestão de Suprimentos e Engenharia e Construção visando implementar o maior ambiente de inovação do semi-árido brasileiro voltado ao setor de energia.

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