A Petrobras informa que assinou contrato para ampliação e modernização de unidades já em operação na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco.
Após a conclusão das obras, esperada para o quarto trimestre de 2024, a refinaria terá um aumento na capacidade total de processamento do Trem 1: dos atuais 115 mil barris de petróleo por dia (bpd) para 130 mil bpd, conforme previsto no Plano Estratégico 2023-2027.
As unidades envolvidas são destilação atmosférica, coqueamento retardado e unidades auxiliares. A modernização dessas unidades é estratégica para a Petrobras e para o país, pois viabilizará o incremento da oferta de diesel para o mercado brasileiro a partir de 2025.
Atualmente, produz diesel com baixo teor de enxofre (69% da produção), nafta, óleo combustível, coque verde, gás liquefeito de petróleo (GLP), e, em 2020, passou a produzir gasolina A, após receber autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação do duto de nafta petroquímica também com gasolina.
Ano passado a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) inicia sua primeira parada programada para manutenção, desde que a unidade começou a operar em 2014. As paradas para manutenção têm por objetivo manter a segurança e confiabilidade operacional da refinaria, reestabelecer as capacidades operacionais, além de promover melhorias nas suas instalações.
Há exatamente um ano RNEST bateu novo recorde de produção de óleo combustível, com o volume de 211.139 m³ em abril, 16,8% a mais que o mês anterior. Foi o segundo recorde no ano. Em março de 2021, a refinaria já tinha conquistado o marco de 180.725 m³, volume 7,3% acima do recorde anterior, de 168.365 m³, alcançado em maio de 2020.
O óleo combustível produzido na RNEST é utilizado em grandes motores por setores da Indústria, termoelétricas e navios. Além disso, o produto serve como matéria prima na formulação do Bunker 2020 - combustível marítimo com baixo teor de enxofre. O produto é exportado principalmente para Cingapura.
Em 2020, a produção de óleo combustível correspondeu a aproximadamente 27% da produção total da RNEST, sendo superada apenas pela produção do óleo diesel S10. Com os mais recentes resultados, a RNEST comprova sua capacidade de capturar e maximinizar o retorno a partir das demandas do mercado.
Também no ano passado, a Abreu e Lima iniciou no dia 28/06 mais uma operação para exportação de coque verde de petróleo, grau anodo, direcionada ao mercado internacional de fabricação de alumínio. Dessa vez o destino é o porto de Rizhao, no sudeste da província de Shandong, na China. O carregamento de cerca de 25,6 mil toneladas será feito pelo navio MV Mystic Eagle e sairá do porto de Suape, em Pernambuco.
O coque verde grau anodo é matéria-prima essencial para obtenção de coque calcinado, utilizado na fabricação de anodos para produção de alumínio ou de dióxido de titânio. O coque verde produzido na RNEST tem como grande diferencial o baixo teor de enxofre, raro em comparação ao nível mundial, sendo um produto de maior valor agregado e de menor impacto ambiental.
Esta semana, a Petrobras reforçou a intenção de rever os compromissos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda de suas refinarias.
Enquanto isso, traça planos de investimentos em biorrefino em unidades colocadas à venda no governo de Jair Bolsonaro (PL), como a Rnest.
A companhia estuda plantas dedicadas de diesel renovável na refinaria pernambucana e no Polo Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ) – além de expandir a produção do diesel coprocessado na Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Já produz na Presidente Vargas (Repar), no Paraná.
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