Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Em tempo de aumento de energia, Brasil ultrapassa 29 GW de potência instalada em energia solar; veja como é a instalação

Juntos Energia é uma empresa do grupo Elétron Energy, um dos maiores do país e líder na região Nordeste, acaba de iniciar a expansão de suas operações e passa a atender a população do estado.

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Publicado em 12/05/2023 às 11:50 | Atualizado em 12/05/2023 às 12:33
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País supera marca histórica de 20 gigawatts de potência instalada de energia solar fotovoltaica - FOTO: DIVULGAÇÃO

O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,1 % da matriz elétrica do País. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

De acordo com a entidade, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 36,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

Entretanto o consumidor pode buscar soluções para reduzir a conta mensal de energia elétrica. Um serviço é oferecido pela Juntos Energia nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e em municípios do interior de São Paulo, mas há planos de expansão para o restante do país. Os moradores dos mais de 180 municípios de Pernambuco terão acesso à tecnologia de energia limpa compartilhada.

A Juntos Energia é uma empresa do grupo Elétron Energy, um dos maiores do país e líder na região Nordeste, acaba de iniciar a expansão de suas operações e passa a atender a população do estado.

Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, a tecnologia de energia compartilhada da Juntos Energia promove uma redução significativa na conta de luz todos os meses, sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão. A empresa também promove uma cadeia produtiva de ganhos, gerando renda para pequenos produtores de energia em zona rural e áreas urbanas.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que oito em cada dez brasileiros consideram alto ou muito alto o preço da energia elétrica no país. A constatação foi realizada por meio do estudo “Opinião do Brasileiro sobre Setor Elétrico”, que ouviu mais de duas mil pessoas de 130 municípios. Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros desejariam poder escolher a empresa fornecedora de energia.

Para Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, bem como em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques etc.

“O crescimento da fonte solar fortalece a sustentabilidade e pode acelerar anda mais a atração de investimentos, a geração de empregos e renda, a diversificação da matriz elétrica e a liderança internacional do Brasil”, comenta Sauaia.

Desde julho do ano passado, a fonte solar tem crescido, em média, 1 GW por mês (julho: 16,4 GW, agosto: 17,5 GW, setembro: 18,6 GW, outubro: 21,1 GW, novembro: 22 GW, dezembro: 23 GW, janeiro: 24 GW, fevereiro: 25 GW, março: 27 GW, abril: 28 GW e agora em maio: 29 GW).

No segmento de geração distribuída de energia, são 20,5 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 101,7 bilhões em investimentos, R$ 30,2 bilhões em arrecadação e mais de 615 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 98,8% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento.

O Brasil possui cerca de 8,5 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 42,2 bilhões em novos investimentos e mais de 255 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 12,6 bilhões.

Na visão de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz.

“Segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem”, acrescenta Koloszuk.

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