Celebrada por instituições como o Greenpeace destacando a proteção da Foz do Amazonas, local que habita uma imensa diversidade biológica, como o Grande Sistema de Recifes da Amazônia, o indeferimento do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 em Amapá Águas Profundas pedido pela Petrobras expõe a embate político da empresa que tem compromissos com a Agência Nacional do Petróleo - que deve lhe impor multa contratual se a pesquisa não for realizada - com a área ambiental do Governo numa primeira vitória da ministra Marina da Silva sobre o ministro da Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Era previsível. O pedido foi feito ainda no ano passado (governo Bolsonaro) quando a empresa anunciou que, depois de consolidado o pré-sal, estava se voltando para a Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país. Assim, como é a Bacia Potiguar, cuja obtenção da licença de perfuração a empresa também está pedindo licença dentro do Plano Estratégico 2023-27.
Com a mudança do governo, a questão ambiental assumiu - especialmente em nível internacional - uma importância simbólica cuja decisão do Ibama poderia ser interpretada como desprestígio da política ambiental que vai muito além da perfuração de um poço exploratório cujo processo de operação comercial levaria, ao menos, cinco anos.
Parece claro que a decisão está relacionada a questão do desmatamento e do combate a grilagem e o garimpo que a própria iniciativa da Petrobras que, como esclareceu seria feita rigorosamente conforme todos os requisitos do processo e em atendimento a decisões e aprovações do próprio Ibama.
O poço do bloco FZA-M-59, adquirido da BP Energy em 2020, virou um ícone de visibilidade internacional.
Importa pouco se a perfuração se dá a uma distância de 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do Rio Amazonas. Ou que a empresa tenha demonstrado opções de técnicas de resposta adequadas aos cenários acidentais previstos aprovado pelo Ibama. Nada disso passou a ser importante diante da necessidade de ele oferecer uma posição de governo.
A Petrobras informou que pleiteou apenas a licença para atividade de perfuração do poço e para isso apresentou todos os estudos e projetos necessários. E, naturalmente, foi surpreendida pelo indeferimento sem sequer permitir a realização do simulado para a avaliação em campo da efetividade dos planos de resposta apresentados por ela. Do ponto de vista técnico e dos interesses da empresa ela está certa.
Mas como diz a sabedoria bíblica em Eclesiastes 3-1-7 “Tudo tem a sua ocasião própria; existe tempo de estar calado, e tempo de falar”. O governo Lula da Silva precisava dara uma resposta politica. Não está interessado no que a companhia tem a dizer quando afirma que país abre mão do direito de confirmar potencial que poderia contribuir para o desenvolvimento econômico e social das regiões Norte e Nordeste do país. O Ibama apenas cumpriu tarefa de dar um recado ao mundo.
Masterboi Israel
A unidade de Canhotinho a mais nova planta da Masterboi foi habilitada para exportar carne bovina para Israel. Foi a segunda habilitação da empresa pernambucana esta semana, que também voltou a poder exportar para o mercado Chinês, com a unidade de São Geraldo do Araguaia (PA) e um mês após ter sido habilitação para o mercado de Singapura, desta vez com a unidade de Nova Olinda (TO). A Masterboi exporta para mais de 40 países
Healthtech MV
A multinacional brasileira e líder da América Latina no desenvolvimento de softwares para a saúde, MV estará na 28ª edição da Feira Hospitalar que acontece de 23 a 26 de maio, em São Paulo (SP) suas soluções assistidas por inteligência artificial focadas no acompanhamento de toda a jornada do paciente, do diagnóstico ao tratamento, por meio de prontuários eletrônicos digitais.
Feira de feiras
O Pernambuco Centro de Convenções estará na maior feira de negócios do setor de eventos no Brasil, a EBS 2023, com um estande no Centro de Convenções Rebouças nos dias 31 de maio e 1º de junho. Será a primeira aparição do Consórcio CID Convenções ao mercado de feiras depois do anuncio do primeiro bloco de investimentos de R$ 10 milhões no complexo.
Menos aço
Nos quatro primeiros meses do ano, a produção de aço bruto no Brasil caiu 8,8% atingindo 10,6 milhões de toneladas em comparação com 2022. Caíram as vendas internas (4%) com 6,4 milhões de toneladas e as exportações (10%) com 4,0 milhões de toneladas segundo o Instituto Aço Brasil que revelou ainda uma queda de 12,6% em relação a março.
Atleta Xucuru
A Neoenergia será patrocinadora da atleta indígena pernambucana, Mirelle Leite filha da etnia Xucuru, de Pesqueira. Ela poderá se tornar a primeira índia brasileira a disputar uma Olimpíada, no próximo ano, em Paris.
Expansão Yachin
O empreendedores Marcelo Cherpak e Jorge Figueiras da Yachin vão receber 40 investidores ao Condomínio Logístico do Conde (PB) onde operam um patrimônio imobiliário avaliado em R$ 150 milhões, 44 investidores e governança estruturada. Sucesso de ocupação, o projeto prepara expansão e foca na captação de recursos para a ampliação na Paraíba e início de operações em Pernambuco.