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Preço da Petrobras em relação ao mercado internacional faz setor privado sair da importação de diesel e gasolina

Em maio, a Petrobras registrou um recorde na produção mensal de Diesel S10, chegando à marca de 2,06 bilhões de litros.

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Fernando Castilho

Publicado em 15/06/2023 às 16:16 | Atualizado em 15/06/2023 às 23:11
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De forma discreta, o setor privado de importação de combustíveis praticamente saiu do negócio, preferindo concentrar suas compras no mercado interno, onde a Petrobras está praticando um preço médio de -4% no Óleo Diesel e de -3% para a Gasolina.

Nesta quinta-feira, a empresa anunciou uma redução em R$ 0,13 por litro no seu preço médio de venda de gasolina A, que passará a ser de R$ 2,66 por litro um mês depois de anunciar uma redução linear média de 12,6% (- R$ 0,40/L).

O movimento da Petrobras, que segundo a companhia se dá frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, vem acompanhado de outra comunicação importante:

Em maio, ela registrou um recorde na produção mensal de Diesel S10, chegando à marca de 2,06 bilhões de litros. Com esse resultado, a companhia superou o recorde anterior de produção de 1,93 bilhões de litros, alcançado em 2021.

O Diesel S10 tem teor máximo de enxofre de 10 partes por milhão e está no mesmo patamar de qualidade dos melhores produtos vendidos no mundo. Trata-se de um derivado estratégico para a companhia e para o país, por ser menos poluente e ter baixo impacto ambiental.

A Petrobras não apenas superou o recorde anterior de produção ela praticamente assumiu a importação de todo o diesel que o Brasil consome além de sua produção.

Isso se dá porque como ela detém agora 80% das necessidades do mercado o restante passou a ser suprido pela Refinanria Acelen da Bahia antiga refinaria Landulfo ALves privatizada para o fundo árabe Mumbadala e pelas importações da própria Petrobras.

Como a Acelen, no Polo Aratu-BA, também reduziu o preço da gasolina A em: R$0,0200/L na semana passada não há muitas oportunidades de importação de combustíveis internacionais pelas empresas privadas.

Com os preços no atacado, as companhias importadoras que também são donas de postos preferem comprar da Petrobras e comercializar nas suas redes além de vender para os chamados postos Bandeira Branca, que representam 44% de do mercado Brasil.

Segundo a Petrobras, a maior utilização da capacidade instalada das refinarias levou ao recorde proporcionado também pelas melhorias operacionais constantes, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado. O nível mensal de utilização das refinarias, é o maior desde 2015, também foi alcançado em maio daquela ano.

Parte dessa redução da Petrobras nos preços da gasolina se dá pela recente decisão de não usar apenas o preço de paridade de importação (PPI) calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações.

A Petrobras decidiu criar uma nova metodologia que permite manter os preços e até reduzi-los em função de sua capacidade de refino o que no caso da gasolina permitiu mais uma redução de preços. As unidades de refino da Petrobras registraram, também em maio, a marca de 95% no percentual de processamento, o chamado Fator de Utilização Total (FUT).

No comunicado, a Petrobras justificou afirmando que na formação de seus preços ela busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

Antes da redução mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos de modo que PPI acumulava uma defasagem de R$0,07/L, desde o último reajuste nos preços da Petrobras e que agora vai aumentar o que também acontecia em relação ao diesel.

A Petrobras diz que considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro.

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