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Sexo ou smartphone? Estudo mostra que as novas gerações preferem a segunda opção

Entre os jovens de 16 a 19 anos, 36% dos rapazes se descreveram indiferentes ou com aversão a sexo.

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Fernando Castilho

Publicado em 16/06/2023 às 12:15 | Atualizado em 16/06/2023 às 12:37
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Uma pesquisa da Sinch, uma plataforma que gera conversas significativas entre empresas e seus clientes por meio de sua Nuvem de Comunicações com o Cliente, produziu uma pesquisa na área de telefonia móvel com a seguinte questão: Sexo ou smartphone, o que você não passa sem ele?

Com base nos dados captados em plataformas de serviço ao consumidor na nuvem se observou que quase 72% dos participantes sequer podem imaginar mais de um fim de semana longe do aparelho, enquanto aproximadamente um quarto (23%) acreditam que conseguiram suportar por uma hora, no máximo.

Quando questionadas sobre possíveis novidades, em 2073, que poderiam complementar as tecnologias de texto, bate-papo, e-mail e voz, 38% das pessoas preveem que a maioria das comunicações ocorrerá no metaverso ou nos mundos virtuais; 28% esperam que os implantes móveis que se conectam à internet compartilhem pensamentos; 25% usarão realidade aumentada; e, por fim, 34% sentem que continuaremos também a usar mensagens de texto.

A pesquisa está em linha com o que observou o governo japonês, a falta de interesse sexual começa justamente na faixa etária em que os jovens costumam pensar mais em namorar. E, mesmo entre os casados, sexo também deixou de ser importante.

Entre os jovens de 16 a 19 anos, 36% dos rapazes se descreveram indiferentes ou com aversão a sexo. Mas eles também podem reclamar delas. Entre as japonesas da mesma faixa etária, o desinteresse ou aversão ao sexo chega a 59%.

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Pesqusia mostra que acreditam que conseguiram suportar por uma hora, no máximo. - Divulgação

O percentual cresceu em relação a mesma pesquisa feita em 2008: aumentou 19% entre os homens e 12% entre as mulheres. E, mesmo entre os casados, sexo também deixou de ser importante: mais de 40% não tinham uma relação há pelo menos um mês quando a pesquisa foi feita.

O estudo aponta que esses dispositivos móveis continuarão sendo o meio ideal para se comunicar com amigos, familiares e empresas nos próximos 50 anos ou mais. A nova era de mobilidade deixou os jovens mais dispostos a desistir da academia (41%), TV (25% dos millennials) ou mesmo de sexo (22% dos entrevistados da Geração Z) do que de seus telefones celulares.

Os consumidores preferem se comunicar com as empresas da mesma forma que fazem com seus amigos, por meio de conversas fluidas em vários canais. As mensagens de texto foram classificadas pelos entrevistados como sua maneira favorita de conversar com uma empresa, seguidas de perto por chamadas de voz e e-mail. No entanto, 36% dizem que as mensagens de texto de negócios são muito impessoais, e 1 em cada 4 fica frustrado quando não pode responder a uma mensagem de texto de negócios.

Os consumidores realmente amam seus dispositivos móveis. Quando perguntados sobre o que preferiram desistir em vez do telefone celular, 41% dos entrevistados escolheram a academia, enquanto 25% dos millennials escolheram TV ou rádio, e 22% por cento da Geração Z disseram que desistiriam do sexo.

A maioria dos consumidores não podia passar mais do que um fim de semana sem o celular, e muitos não conseguiam se privar por um tempo ainda menor. Quando perguntados quanto tempo eles achavam que poderiam aguentar sem o celular. Segundo a consulta 72% disseram que não poderiam suportar mais do que um fim de semana sem o celular; 56% disseram que não podiam ir além de 24 horas; 42% disseram 4 horas ou menos; E 8% disseram 15 minutos ou menos.

Uma outra pesquisa aponta um dos motivos pelo desinteresse. Foi feita há um ano pela associação japonesa das montadoras para tentar descobrir o motivo na queda de venda de automóveis. O estudo mostrou que os jovens tinham mais interesse em maquiagem do que em automóveis.

O governo japonês está preocupado. A taxa de natalidade é uma das menores do mundo: 1,4 filho por casal. A população está envelhecendo e, há seis anos, diminuindo. "Crescer e se multiplicar" é algo que os japoneses têm que reaprender a fazer.

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