Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Espécie de Artur Lira da Argentina, Sérgio Massa prefere Clube de Paris a conversar com Lula em Brasília

Para quem não sabe é importante saber que Sérgio Massa é um espécie de Artur Lira da Argentina construindo ele mesmo sua trajetória até assumir o comando total da economia.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 27/06/2023 às 0:05
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Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina. - FOTO: DIVULGAÇÃO

Candidato do campo peronista (embora não seja do partido) nas próximas eleições, Sérgio Massa, ministro da Economia da Argentina preferiu ficar em Buenos Aires - onde tem uma série de conversas com o Clube de Paris e o FMI - a vir a Brasília. Não quis ser coadjuvante de uma festa de despedida preparada por Lula ao seu amigo Alberto Fernández em comemoração aos 200 anos das relações diplomáticas dos dois países.

Faz sentido. Sércio Massa será o candidato que vai enfrentar a extrema direita porque Alberto Fernández está tão sem prestigio que sequer se animou a disputar a reeleição. Ele é quem vai defender uma proposta do campo da esquerda embora não queria se apresentar na campanha como um preposto de Cristina Kirchner. Até porque não é.

Para quem não sabe é importante dizer que Sérgio Massa é um espécie de Artur Lira da Argentina. Ele construiu sua própria trajetória até assumir o comando da economia depois de derrotar representantes do peronismo no governo de Alberto Fernández. E depois que Kirchner chegou a nomear (a palavra é essa mesmo) auxiliares para a pasta da economia como Martín Lousteau, presidente do estatal Banco Província (controlado pela Província de Buenos Aires). Ele mais tarde foi substituído pela economista Silvina Batakis que o próprio Massa ajudou a derrubar para ocupar o cargo em bases diferentes.

Os brasileiros não prestaram muita atenção, mas em dezembro de 2019, Massa assumiu a presidência da Câmara dos Deputados com um poder que rivalizou com o do próprio Alberto Fernández que tentou várias soluções para resolver o complicado problema da economia Argentina sem sucesso.

Divulgação

Sergio Massa com Fernando Haddad em Buenso Aires. - Divulgação

Fernández teve que administrar uma oposição de Cristina Kirchner que boicotou abertamente todos os ministros da economia que o presidente escolheu com seu apoio. Entretanto, com Massa não foi assim. Ele assumiu com um colossal apoio da Câmara de Deputados e vem tentando organizar uma saída sendo hoje o verdadeiro canal de comunicação dos bancos e organismos internacionais com o Governo.

O ministro da economia da Argentina chegou a conversar com Lula que ofereceu ajuda ao amigo Fernández. Mas percebeu que as relações dos dois presidentes são mais fraternais do que pragmáticas. E quando Fernando Haddad fechou as portas de uma solução devido às enormes dificuldades das burocracias entre os dois países, ele perdeu o interesse pelo Brasil e foi cuidar de sua vida que inclui disputar a presidência contra um candidato como Javier Gerardo Milei que se apresenta como o líder do bolsonarismo da Argentina.

Pode-se dizer que Massa tem mais em comum com o presidente da Câmara Federal, Artur Lira do que com Lula, especialmente ao comportamento. Sua força no Parlamento evitou ou reduziu, nos últimos meses, as crises populistas provocadas pelo peronismo alimentadas por Cristina Kirchner. Ele definitivamente não tem simpatia por Lula e avalia que todos os salamaleques de o presidente brasileiro fazem em defesa da Argentina ao redor do mundo ajudam pouco. Daí porque quis marcar uma posição de distanciamento não vindo ao Brasil. Até por que foi ele quem, ano passado, costurou um acordo para o pagamento das dívidas do país com o clube, que totalizam US$ 2 bilhões.

Tem mais: Massa vai concorrer à presidência depois de impor aos partidos de esquerda a condição de ser o candidato sem ser confrontado com nenhum outro integrante do campo político embora ninguém possa confiar em Cristina Kirchner a quem ele não faz as mesmas deferências que Alberto Fernández fez até romper.

Ou seja, Massa vai ser o candidato de Massa com apoio dos partidos do campo da esquerda. E isso não inclui estar junto de Lula nem de ser um mero sucessor do presidente da Argentina.

Parece claro que o ministro da economia argentino está disposto a brigar depois de ter uma carreira que até esteve próxima ao peronismo. mas que se distanciaou quando, em 2013, criou seu próprio partido, a Frente Renovadora. E mais ainda quando, em 2015, concorreu a presidente pela coligação Unida por uma Nova Alternativa que recebeu 21% dos votos, ficando na terceira colocação.

Até porque impôs a governo de Alberto Fernández o cargo do ministério da área econômica do governo, resultado da unificação dos Ministérios da Economia, Desenvolvimento Produtivo e Agricultura, Pecuária e Pesca. Ou seja, ele tem os mesmo poderes que Paulo Guedes teve no começo do governo Bolsonaro.

Isso talvez explique porque já como candidato a disputar as próximas eleições com o apoio do presidente Sérgio Massa tenha de certa forma esnobado os esforços de Lula para ajudar o amigo que o visitou na prisão de Curitiba, mas que até agora não agregou nada ao esforço do ministro da economia em, ao menos, encaminhar uma solução para a crise Argentina.

Mas Lula e Fernández vão fazer uma grande festa em Brasília. E anunciar acordos que, para Massa, não ajudam a resolver os problemas reais do país vizinho para quem o atual presidente já não depende de sua força para serem resolvidos. Até porque Lula sabe que, se por alguma campanha bem feita, Carlos Massa consiga se eleger, ele não terá dele as mesmas deferências de Alberto Fernández.

Franquia Carrefour

Maior varejista alimentar e empregador privado do país o Carrefour vai virar franquia; A companhia lançou o Carrefour Express, formato de proximidade consolidado na região metropolitana de São Paulo A novidade será lançada na ABF Franchising Expo 2023, entre esta terça-feria (28) e 1º de julho na Expo Center Norte, em São Paulo com investimentos inicial de R$ 150 mil de acordo com o modelo de operação escolhido.

Alongamento

A Petrobras Global Finance B.V. – PGF, subsidiária integral da Petrobras vai oferecer nova série de títulos no mercado internacional em uma nova emissão, para alongamento dos prazos de pagamento de dívidas existentes focadas em sustentabilidade em linha com o atual Plano Estratégico 2023-2027

Marca Petribu

A usina pernambucana Petribu S.A., conhecida por sua longa tradição na produção de derivados da cana-de-açúcar, obteve uma vitória na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a empresa Posto Solar Ltda. que tentou registro da marca "PETRIBÚ" comoo posto de combustível. A defesa da marca foi feira pelo Gustavo Escobar, sócio da Escobar Advocacia que obteve a nulidade do registro da marca pelo Posto Solar Ltda.

Parque de Forró

O Banco do Brasil liberou financiamento de R$ 40 milhões para a Prefeitura de Campina Grande para a construção do novo Parque Evaldo Cruz, além da execução dos serviços de pavimentação de mais de 70 ruas articulado pelo Vice-Presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

 

Balas e gomas

Os brasileiros aumentaram a freqüência de consumo de balas e gomas fora do lar nos últimos 12 meses terminados em março em 10% comparado a 2022. O levantamento da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, brasileiros entre 16 e 20 anos, que representam 22% do consumo de balas e gomas entre a geração Z (responsável por 36% do consumo de balas e gomas no País).

Simpósio Copergás

A Copergás promove hoje (27) às 14h, debate sobre soluções tecnológicas e sustentáveis para veículos de grande porte, como a utilização do gás natural veicular (GNV) em substituição a combustíveis mais poluentes. O evento será na sede da Fiepe com o apoio do Senai, Commit, Scania e MWM com a participação de diversos especialistas. O 1º Simpósio sobre soluções em Veículos Pesados com Gás Natural Veicular é aberto ao público, no auditório do SENAI/PE (Av. Norte Miguel Arraes de Alencar, 539 Bloco A).

Programadores

Estão abertas as inscrições para as novas turmas do CDD 4.0., investimento social da Lenovo Foundation, Fundação Forge e Instituto Ambikira, que oferece curso gratuito para jovens programadores por quatro meses com acompanhamento de RH, voltado para jovens concluintes do ensino médio em escola pública, integrantes de família com até 3 salários mínimos de orçamento. O Com.Domínio Digital 4.0 tem conteúdo formativo com foco na programação com aulas de desenvolvimento pessoal e social. No Instagram no https://x.gd/oj4ey .

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