No meio do debate do Governo Lula prometendo indústria 4.0 que busca integrar tecnologias avançadas à produção industrial, digitalizando os processos, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que as máquinas e equipamentos industriais no Brasil têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade sinalizada pelo fabricante como ciclo de vida ideal.

É um quadro assustador porque a idade das máquinas e equipamentos industriais também afeta a eficiência energética e aumenta os custos na ponta da empresa. A pesquisa também embute uma denúncia tecnológica.

Com 20 anos, o setor de biocombustíveis se destaca com a maior idade média de máquinas e equipamentos. Ele foi o setor que conseguiu junto ao ministério das Minas e Energia ampliar o percentual de adição no óleo diesel. Isso criou um paradoxo. O equipamento velho produz um óleo de baixa qualidade que é adicionado no S-10 que a Petrobras produz com tecnologia de ponta.

A notícia boa (ou menos ruim está na Construção Civil) que está reduzindo o tempo de suas máquinas para reduzir custos. Com serviços de construção (9 anos) e na própria construção (8 anos) tem as máquinas mais novas na Indústria do Brasil.

O caso das indústrias de confecções tem situações curiosas. A indústria de calçados (13 anos) e Couro (11 anos) gasta mais tempo e energia para produzir no Brasil porque não usa as máquinas que a China, Alemanha e Estados Unidos vendem. O Brasil está ganhando mercado pelo design. E mesmo as de confecções tem casos curiosos com as indústrias de pequeno porte comprando máquinas mais novas especialmente nos polos de confecções.

O mérito da pesquisa é que ela abre um debate interessante em relação ao tema competitividade. A pesquisa mostra que 12% do parque industrial brasileiro ainda é herança das décadas de 1980 e 1990, anteriores à ampla oferta de internet no Brasil. Porque o equipamento velho e com baixa tecnologia, a indústria brasileira usa mais energia e poucas máquinas, por operário, reduzindo a produtividade na empresa.

O Brasil vive uma situação curiosa. No varejo as CD usam equipamentos importados capazes de ler e selecionar milhões de itens por segundo. Mas o produto que entregam foi fabricado no Brasil por máquinas velhas. Uma ironia onde o pacote que tem ao menos oito etiquetas de controle digital para entrega foi feito numa indústria às vezes totalmente analógica. 

É uma estranha ironia. A indústria brasileira ainda é do tempo em que Lula era operário ou presidente da República. Imagina falar de indústria 4.0 nesse cenário?

Hospital dia Riomar

Com investimento de R$35 milhões, inaugura no próximo dia 3, no Shopping Riomar, o Max Day Hospital. O modelo, chamado de “hospital dia”, existe nos EUA e na Europa e atenderá procedimentos de pequena e média complexidade, com capacidade de realizar de 60 a 70 cirurgias por dia onde o paciente fica, no máximo, 12 horas no hospital funcionando, atendendo das 6h às 22h.

Rio Ave 55 anos

Nesta terça-feira, a Construtora Rio Ave completa 55 anos de atuação no mercado imobiliário de Pernambuco. Desde sua fundação, em 1968, já são 55 empreendimentos lançados, dos quais 49 já foram entregues e 6 estão em obras. Na Reserva do Paiva, está erguendo o Essenza, em parceria com o Grupo Ricardo Brennand. Na Praia dos Carneiros, a incorporadora iniciou as obras do seu primeiro projeto de praia, o Auguri Carneiros.

Mubadala BA

A Acelen vai reduzir cerca de 30% (7.200 toneladas) da geração de resíduos nas operações da Refinaria de Mataripe este ano, tendo como meta eliminar completamente a destinação de materiais para aterros sanitários em 2024. A Acelen é a empresa de energia proprietária da Refinaria de Mataripe e seus ativos logísticos na Bahia pertencem ao Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi.

Eu invisto

O mercado de capitais atingiu em maio deste ano, o recorde de 5,3 milhões de investidores pessoas físicas cadastrados na B3, a bolsa de valores brasileira. Esse contingente é atendido por 23.798 Assessores de Investimento (AI) em atuação no Brasil, Gente com os profissionais da faixa etária entre 26 e 35 anos, que equivalem a 36% do número total de assessores dos quais 50% têm menos de 35 anos com 76 % vinculados a alguma instituição financeira.

Mais empregos

Em tempo de definição do novo Piso Salarial de Enfermagem, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), instituição que produz estudos para empresas de saúde suplementar revela que o setor atingiu a marca de 4,8 milhões de pessoas (80% do setor privado) empregadas no primeiro trimestre de 2023. O Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde revela que as oportunidades de empregos formais na cadeia produtiva da saúde voltaram a crescer este ano.

Startups brasileira

O relatório Inside Venture Capital Report, elaborado pela Distrito, plataforma que conecta soluções para startups, revela que os investidores do segmento continuam travados. Este ano foram realizadas cerca de 90 rodadas de investimentos em startups, movimentando uma injeção de US$247,02 milhões. É 86% menor que no ano passado, quando o setor contabilizou 306 rodadas e US$1,7 bilhão em investimentos.

5G frio

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indicam que o Brasil já possui 10 milhões de acessos à tecnologia 5G, correspondendo a 4% de share entre todas as tecnologias disponíveis. Mas o entusiasmo com a quinta geração das redes móveis, que vem sendo desenvolvida desde os anos 2000, promete maiores velocidades de conexão e download de dados, definitivamente, não impactou como foi o caso da 3ª para a 4ª geração.

Energia Livre

O mercado livre já representa mais de 37% da demanda total de eletricidade do país, segundo balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. A compra direta tem atraído cada vez mais indústrias e empresas em busca de uma conta de luz mais flexível e personalizada. Apenas no primeiro semestre o segmento ganhou 3.330 novas unidades consumidoras. Ao final de junho, o ambiente acumulava 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais. A maioria é dos ramos de comércio, serviços e alimentos, que estão de olho na possibilidade de ter maior poder de decisão sobre o seu fornecimento de energia.

Bebida falsa

Estudo da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, revela que cerca de 35% dos produtos falsificados comprados por brasileiros são adquiridos na internet. Como as vendas no e-commerce carecem de maior fiscalização, o consumidor está mais exposto à pirataria. Em em 2022, o Brasil perdeu R$345 bilhões em arrecadação tributária decorrente de falsificações com o segmento de bebidas sendo um dos mais impactados pela criminalidade.

Canal Gov

Em tempo de pedidos do PT para ter uma tevê para chamar de sua, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) colocou no ar, nesta terça-feira (25), o Canal Gov que será responsável pela cobertura das atividades e ações do Poder Executivo, com transmissão de eventos, entrevistas, pronunciamentos, informações de utilidade pública, programas e notícias do governo federal. O Canal Gov está sob a responsabilidade da pernambucana Flávia Filipini, ex-repórter deste JC.

RJ e falências

No primeiro semestre, o Brasil registrou 593 pedidos de recuperações judiciais das empresas, um crescimento de 52,1% em relação a 2022. Também de janeiro a junho foram registrados 546 pedidos de falência das empresas. O período foi o pior número dos últimos três anos e é fruto da alta da inadimplência das empresas, que alcançou 6,48 milhões companhias em maio.