PAULO MIRANDA: Conheça a história do corretor de imóveis que construiu a marca mais lembrada no mercado
O Escritório Imobiliário Paulo Miranda desde o começo foi agressivo e inovador nas ações de vendas. Paulo Miranda diz que se orgulha de ter ajudado a formar uma geração inteira de corretores.

O empresário Paulo Miranda construiu, certamente, uma das mais fortes marcas do Nordeste no setor de corretagem de imóveis. Há 25 anos consecutivos, sua companhia é a mais lembrada no Prêmio Recall de Marcas, promovido pelo Jornal do Commercio. Paulo Miranda atua em todos os segmentos no mercado, indo da venda, aluguel, consultoria e serviços, desde terrenos a imóveis de luxo. Paulo Miranda está comemorando 50 anos no mercado, completados ano passado.
Mas o que pouca gente sabe é que Paulo Miranda esteve presente em todas as ações de melhoria dos processos de comercialização de imóveis, na maioria como protagonista entre elas. Curiosamente, Miranda - que ajudou a formar centenas de profissionais na sua empresa - não para de buscar inovação trabalhando com a disposição de um novato.
E sempre surpreendendo as equipes e os três filhos que estão no negócio, que foram distribuídos em cada uma dos grandes segmentos loteamentos, imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida e imóveis de luxo.

Paulo Miranda entrou no negócio de corretagens de imóveis em 1971. E como todo novato, sabia pouco do mercado; sabia que poderia usar sua capacidade de convencimento e tinha uma oportunidade ao amigo Otávio Queiroga especializada em terrenos.
O que diferenciava o novato do corretor era sua capacidade de aprendizado e disposição para entrar de cabeça na nova profissão. Deu sorte. O empresário Carlos Eduardo Figueiredo Lima, dono da Construtora Massangana, entregou a venda do edifício Alexandra em Piedade, quando o bairro efetivamente nem existia.
Nasce o Escritório
No ano seguinte, Paulo Miranda decidiu que poderia ter seu próprio negócio e fundou o Escritório Imobiliário Paulo Miranda. O nome era grande demais para as duas salas no terceiro andar do Edifício Igarassu, na Avenida Dantas Barreto, no centro do Recife, que em menos de dois anos passou a ocupar todo o sétimo andar do prédio.
“O nome tinha que impor respeito”, lembra o empresário. Naquela época, o corretor de imóveis tinha que se apresentar bem. Basta dizer que a empresa líder na praça do Recife se chamava Comissária Pernambucana de Negócios, liderada pelo lendário corretor Jordano Parmera, que, até hoje é considerado um dos maiores nomes do mercado.
O Escritório Imobiliário Paulo Miranda desde o começo foi agressivo e inovador nas ações de vendas. Foi ele quem vendeu o primeiro prédio da Avenida Cruz Cabugá, o Edifício Paris ancorado em forte campanha publicitária destacando o financiamento pelo então Banco Nacional da Habitação (BNH). E também foi o escritório quem vendeu o Edifício Alexandria, um dos primeiros edifícios construídos em Piedade, até então um bairro de casas unifamiliares.
“Foi preciso começar a convencer ao incorporador para a investir em comunicação pois as empresas não tinham marca. Cada uma atuava num segmento e poucos corretores vendiam algo mais diferenciado” afirma Miranda.
Foi quando o Escritório Imobiliário Paulo Miranda começou a fazer sua própria publicidade criando o célebre jingle “Paulo Miranda, vende.”

O sucesso de público nos jornais e no rádio da Paulo Miranda atraiu o interesse dos incorporadores pela marca que estava se consolidando com projetos mais ousados para a classe média.
“Quando lançamos o Edifício Celsius, na Agamenon Magalhães, mostramos os detalhes da cobertura. O anúncio falava da cobertura que poderia ser personalizada. A gente sabia que apenas uma família iria morar nela, mas o objetivo era fazer quem iria comprar o apartamento-tipo sonhar com ela.
Outra ousadia dessa agressividade da corretora de imóveis foi o Edifício Cezanne, da Construtora DePaula Engenharia, do empresário André de Paula,vendido em uma semana segundo o noticiário da época no Jornal do Commercio.
“Na verdade, definimos uma data, soltamos a tabela para as equipe de corretores que tinha seus potenciais compradores e fizemos um treinamento forte sobre o projeto. E avisamos que mesmo quem fizesse o cadastro, o sinal só seria recebido depois do lançamento.
Por isso, numa semana fechamos as vendas efetivas, esclarece. A venda em apenas uma semana foi notícia de economia e comentários dos jornalistas Marco Aurélio de Alcântara, no Diário de Pernambuco, e Moisés Kerstman, do Jornal do Commercio.
Formador de corretores
Paulo Miranda diz que se orgulha de ter ajudado a formar uma geração inteira de corretores que mais tarde viraram donos de corretoras tendo sido formado na Paulo Miranda. E desde 1972 atuando no mercado de imóveis no interior e litoral de Pernambuco, em Alagoas e na Paraíba, o grupo investe na capacitação dos corretores e na variedade de serviços oferecidos.
“Quem me conhece sabe que eu sou o corretor 7x24 (sete dias por semana, por 24 horas). Que vivo atrás de coisas de impacto, estratégias e formas inovadoras de venda. Mas eu sempre fui buscar ideias nos maiores mercados. Me aproximei dos grandes nomes e fui ao Rio e aprendi com que era grande lá.
Virei amigo de Sérgio Dourado no Rio de Janeiro e em São Paulo do Romeu Cap Chap, do Fernandez Mera e do Alvaro Coelho da Fonseca que foi nosso parceiro na Rede imobiliária Brasileira. Nunca viajei só para lazer turismo. Eu sempre estou vendo o que acontece no mercado imobiliário de cada cidade, ensina.
Paulo Miranda vendeu os primeiros imóveis pelo chamado Plano Direto. Isso já era praticado em São Paulo, mas não era uma ação muito divulgada. Como o mercado de São Paulo é muito grande, era mais uma estratégia. Mas aqui no Recife foi um marco.
O modelo Plano Direto era focado para o cliente classe média. Podia ser dividido em até 72 meses com intercaladas semestrais. Era um contrato pesado. E nem todo cliente aguentava esse desembolso em junho e dezembro além das prestações. Mas era uma solução para quem não poderia ser alcançado pelo BNH.
Depois do primeiro a norma virou quase um outros edifícios de médio custo com o mesmo desenho.
Paulo Miranda também fez as vendas do primeiro apartamento decorado do Recife, o Chateau Serrano no Parnamirim.

Essa estratégia também foi trazida de fora, reconhece Paulo. Mas quando o cliente chegava no estande de vendas e o corretor mostrava o decorado depois uma apresentação do projeto era um impacto muito forte.
“Imagina o sujeito entrar num ambiente planejado por arquitetos de nomes e sonhar estar morando ali? Pergunta Paulo Miranda que também trouxe o Plano 100 da Construtora Carrilho, na Abdias de Carvalho.
Decorado e Plano 100
O Plano 100 foi uma inovação do empresário Antônio Carrilho. Ele fez história pela ousadia apresentada como uma forma de fugir aos aumentos do BNH que aterrorizavam quem estava comprando apartamento financiado. O Jardim da Alamedas, na Abdias de Carvalho também foi vendido rapidamente pela Paulo Miranda ancorado numa forte campanha publicitária.
Para Paulo Miranda, a fórmula de sucesso de um profissional de corretagem de imóveis é simples: 90% de trabalho, 5% de técnica de abordagem e 5% de sorte.
“Não é uma profissão fácil como muitos que não conhecem e fazem a conta pela corretagem que o profissional recebe. Mas é a única que um novato pode - se preparar - receber o mesmo dinheiro que um veterano. Mas é trabalho duro ", afirma o corretor.
A questão da formação do corretor é uma velha preocupação do empresário que exigiu isso dos filhos. Pai de cinco filhos, Paulo tem três deles na companhia que fundou e uma de suas filhas é casada com um corretor de imóveis (Manoel Elísio Júnior) que virou dono de sua própria empresa.
“Renata, Paulo Filho e José Maria nasceram e cresceram dentro da Paulo Miranda. E sabem que tem que trabalhar duro. E também que precisam dar exemplo porque eu também trabalho duro até hoje” explica Paulo Miranda.
Para o empresário, investimento na profissionalização deve ser o objetivo de toda corretora. Melhorar o nível do corretor é um desafio especialmente no segmento de alto nível. Esse público se interessa 5% pelo projeto, 5% pela localização e 90% pelo empreendimento. É exigente, sabe quem é o incorporador e quer informação técnica. O corretor vira um consultor de negócios, esclarece.
O corretor tem que aprender a saber se o cliente tem potencial interesse ou apenas quer saber mais sobre o imóvel sem ter efetivamente a intenção de compra.
Paulo Miranda, faz questão de lembrar os erros: Um deles é construir imóveis. “Foi uma experiência interessante como empresário e porque eu pude testar novas técnicas, mas o mercado passou a me ver como concorrente. Isso era natural, mas a gente perdia energia explicando e provando que era igual ao que tinha na prateleira”. Decidi sair, diz.
Sempre aprendendo
Ano passado, Paulo Miranda foi ao Canadá conhecer a experiência de uma empresa que consegue fixar o número de imóveis que pode aceitar para venda. Ou seja: quem quer que o corretor venda seu imóvel precisa entrar numa fila. À medida que é feita uma venda entra um novo. O diferencial é que ele entrega um serviço completo, ou seja: cuida de todo o processo.
Isso o levou a desenhar algo próximo para sua empresa oferecer. “O mercado de usados é muito bom. Mas exige profissionalismo”, adverte.
Ele está investindo nisso. Se o cliente entrar no novo formato, a comissão final é de 6% o dobro dos 3% da venda simples. Mas a empresa entrega o cheque ao proprietário.
O serviço inclui identificar, ver o potencial de venda, preço alvo, conferir a documentação, atuar junto ao banco financiador e assegurar a venda que normalmente é financiada. Mas a entrega é firme. E isso exige uma abordagem nas vendas de vários profissionais que a Paulo Miranda tem como parceiro.

A Paulo Miranda é a campeã entre as imobiliárias no top of mind do JC Recall de Marcas 2023. Com 50 anos de atuação, a empresa familiar possui 300 colaboradores e aparece em todas as edições do ranking, há 25 anos, como uma das mais lembradas pelos consumidores pernambucanos.
Chega a nova geração
Embora afirme que é um corretor de imóveis em tempo real, Paulo ele , de fato, está finalizando o sucesso da empresa que fundou. Segundo Renata Miranda, que cuida da área de loteamentos, um dos objetivos da empresa é continuar crescendo em valor geral de vendas, aumentando as parcerias e fortalecendo a atuação especializada nos mais diversos segmentos.
Ela lembra que a empresa atuou nos lançamentos de médio e alto padrão como em imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida”, loteamentos de primeira e segunda moradia, imóveis prontos (novos e usados), locação e mais recentemente administração de bens.
“Pretendemos continuar expandindo a nossa atuação em outras cidades do interior, e demais estados do Nordeste com o segmento de loteamento e desenvolvimento urbano, servindo de referência para as demais imobiliárias e de uma experiência positiva e agregadora aos nossos clientes e parceiros”, afirma.
“Esse cenário de otimismo reflete a atuação da Caixa Econômica Federal, que é o principal agente de crédito imobiliário com cerca de 70% do mercado, com o aumento das operações para habitação, oferecendo mais subsídios e vantagens. Prevemos um crescimento superior a 20% para o ano de 2023”, analisa.
“Já iniciamos um plano de reforço nas ações do braço Paulo Miranda Social, com novas formas de minimizar as dificuldades enfrentadas pela maioria nas regiões em que atuamos, contemplando o nosso propósito de transformar vidas e fazer a diferença por onde passarmos”, garante.
Aprendizado da pandemia
A pandemia mostrou a importância do lar; ensinou que é possível transmutar espaços, mudar para viver melhor. Ensinou também que ser uma empresa parceira em momentos sensíveis e nos especiais deixa a marca viva na mente dos consumidores - exatamente o que aconteceu com a imobiliária Paulo Miranda neste Recall de Marcas.
Paulo Miranda atua em sistema de full service, com profissionais especializados por nicho. “Nosso propósito de transformar imóveis em Lares, fazendo a diferença na vida das pessoas e das regiões por onde passamos e atuamos, tem um impacto muito maior do que possam imaginar, literalmente transformando vidas e que através da nossa atividade podemos contribuir ainda mais com a mudança que desejamos ver no mundo”, declara Renata Miranda.
Renata Miranda, destaca o grande legado deixado pela pandemia da Covid-19 no mercado imobiliário, acelerando diversos processos, como a comunicação, que precisou ser mais efetiva com os clientes da empresa.
Venda online no real
“Reforçarmos o relacionamento com os nossos clientes, usando a tecnologia a nosso favor para nos aproximarmos dos mesmos. Intensificamos todas as ações já existentes, entregando conteúdos relevantes de forma constante, no posicionamento nas redes sociais. Expandimos ainda a nossa atuação em novas redes sociais, além de transformar o nosso site em um verdadeiro portal imobiliário, onde o usuário terá a possibilidade de acessar o nosso portfólio full service em uma única fonte de acesso, de forma prática, rápida e segura”, disse.
Faz sentido. O mercado imobiliário está aquecido e vem lançando diversos empreendimentos na região metropolitana bem como no litoral e interior do estado, considerando todos os segmentos, em especial os de médio e alto padrão, segunda moradia, e projetos com foco em investimentos.
A imobiliária conta com seis diretorias distribuídas em três unidades de atendimento, sendo duas no Recife e outra na cidade de Paulista, na RMR. A diretora da imobiliária conta que um dos diferenciais da empresa ao longo dos 50 anos de história é a atuação dos corretores por segmentos específicos. “O nosso diferencial parte da premissa associada à especialização dos nossos corretores, de acordo com a sua área.
Assim como na medicina, há 20 anos implantamos a especialização por nicho do corretor para que o cliente tenha um atendimento personalizado e altamente personalizado, monitorado por nosso corpo de liderança, gerido por nossa direção que nasceu e cresceu dentro do mercado imobiliário”, declarou.
Sobre os efeitos da pandemia no rendimento da imobiliária, Renata revela que o momento fortaleceu nos consumidores a necessidade de viver bem, seja por meio da locação ou da compra, em todos os segmentos.
Uma das necessidades observadas foi a desburocratização dos protocolos para adquirir um imóvel. O investimento na otimização do processo da compra on-line resultou em um crescimento de 43% nas vendas do ambiente digital.
Administração de bens
Consultoria completa, incluindo prestação de contas de aluguéis, impostos e taxas, reajuste, renovação contratual e de aluguel, vistorias de entrada, saída e manutenção do imóvel. Utiliza um software de ponta, proporcionando um sistema de atendimento inteligente, serviço de cobrança eficaz, contratação e acompanhamento de seguro obrigatório contra incêndio, além de assessoria jurídica gratuita.
A lógica do atendimento especializado por nichos começa, antes de qualquer coisa, por entender as dores dos clientes para então traçar as estratégias. “A sua satisfação com os nossos corretores, de acordo com a sua área de atuação.
Paulo Miranda lançou a Paulo Miranda Exclusive, especializada no setor de imóveis para o público A. Um dos motivos apontados pelos empresários Paulo Miranda e José Maria Miranda é de que o mercado de luxo não foi prejudicado pela crise.
Segundo José Maria Miranda a demanda será para os clientes mais exigentes. “Queremos atender quem procura imóveis seja na praia até um imóvel de três quartos em bairros nobres, bem como apartamentos e casas no valor de R$6 milhões”, detalha. O escritório já conta com diversos clientes em busca de imóveis na Avenida Boa Viagem.
Associada à Rede Imobiliária Brasileira, representando-a perante imobiliárias no Brasil e países como EUA, França, Portugal e Argentina. Integra ainda a Federação Internacional das Profissões Imobiliárias - FIABCI/Brasil, representando o Nordeste através da Presidência na região.É associada ao Secovi-PE.
Segundo Paulo Miranda Filho, o mercado atualmente oferece um baixo estoque de imóveis e uma previsão de aumento significativo na quantidade de lançamentos. Destaque para as unidades compactadas para investimento, e empreendimentos em todo o litoral do Nordeste, que atrai investidores de outras regiões e países.
“Desde o Programa Casa Verde Amarela, onde o sonho da casa própria ficou mais próximo da realidade, passando por loteamentos com a possibilidade de morar fora da capital, devido à força do home office, e assim obter maior qualidade de vida, ou mesmo com imóveis de praia, assim como os imóveis de médio e alto padrão, nossos clientes perceberam a necessidade de ter mais espaço tanto para receber, como para trabalhar, mas principalmente para aproveitar melhor os seus ambientes, a família e os amigos”, detalha Paulo Miranda Filho, que cuida desse segmento na companhia.