Veja como a Polícia Federal transforma conversas no WhatsApp em provas contra auxiliares de Bolsonaro

No operação que a Polícia Federal deflagrou para investigar a venda ilegal de presentes de luxo dados ao então presidente Jair Bolsonaro em missões oficiais, a qual estima que o esquema tenha rendido R$ 1 milhão, um detalhe chama a atenção. 

A Polícia Federal diz que encontrou fortes indícios de que quatro auxiliares do ex-presidente negociaram e venderam, ilegalmente, joias e bens de alto valor recebidos, através de textos, imagens, áudios e até documentos no WhatsApp.

Outro detalhe que chamou atenção foi o fato de que três ministros do STF foram convidados para os encontros fora da agenda oficial divulgada diariamente: Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro à Suprema Corte; e o decano Gilmar Mendes. Os auxiliares do ex-presidente acreditaram que deletando os e-mails, eles seriam definitivamente descartados.

A PF não está, ao menos, no caso das mensagens de WhatsApp usando nenhum programa especial, embora possa recorrer a aplicativos que, de fato, recuperam arquivos em nuvem. É que qualquer usuário pode guardar todas as conversas se enviá-las para uma conta pessoal com mensagem onde são enviados todos os arquivos.

Esses arquivos podem ser impressos no formato .txt e os demais arquivos, guardados enquanto o dono da conta ou administrador não limpa a caixa de mensagens.

Para isso, o usuário do Whatsapp basta apenas seguir alguns passos e ter num arquivo muito mais protegido todas as mensagens que enviou ou recebeu.

Esse recurso foi utilizado largamente pela PF na operação Lava Jato, onde foi possível documentar conversas e até recuperar documentos enviados pelo mensageiro da Meta. Um dos que mais usaram essas provas foi o juiz Sérgio Moro.

No caso dos auxiliares de Bolsonaro, a PF, ao apreender os celulares, já envia para os bancos de dados da instituição esses arquivos que depois são lidos e checados. Foi nesse recurso que se conseguiu recuperar uma foto com o reflexo do general Mauro Cesar Lourena Cid na foto usada nas negociações de uma caixa de escultura que Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente em uma agenda oficial, que serviu de prova para a Operação Lucas 12:2.

Como guardar arquivos gerados no Whatsapp

Entenda como a Policia Federal consegue ter todas as informações quando apreende um celular

Abra o WhatsApp no grupo ou no usuário que seja copiar.

No canto superior direito do seu celular, vá no conjunto de três pontos.

Abra na janela “Mais”

Vá na linha “Enviar por e-mail”.

Se tiver arquivos de áudio, imagem vídeo etc. aparecerá uma janela com duas opções

“Anexar mídia aumentará o tamanho da mensagem de e-mail”

Se desejar ter as imagens e demais arquivos escolha a opção “Anexar mídia”

Escolha um endereço, Gmail, por exemplo, e envie

Abra o computador e verifique os arquivos

Quando o arquivo for enviado para um endereço no Gmail, por exemplo, aparecerá todo o banco do imagens e mais um arquivo “.txt”

O arquivo .txt estará identificado como “Conversa do WhatsApp com” e o nome do grupo ou da pessoa de origem do arquivo.

Aparecerão as conversas apenas com o texto. Faça o download.

O arquivo de download abrirá, automaticamente, numa nova janela onde a conversa .txt aparecerá sem formatação com as linhas coladas.

Copie o arquivo integral com o mouse e abra um novo arquivo no Word

Cole o arquivo que será agrupado de acordo com a hora da conversa, por exemplo, (04/06/18 6:59 PM) e o texto da conversa.

Salve o arquivo normalmente.

Observação:

Os arquivos de imagem virão com a indicação IMG mais o número assim como os de vídeo VID.

As imagens estarão indicadas e os links com https://www mais o endereço. Os demais arquivos virão com: VID-20180605-WA0038.mp4 (arquivo anexado)

Você pode arquiva-los.

Importante: Numa pesquisa, é importante salvar antes que o grupo ou usuário delete as fotos, que nesse caso, não estarão disponíveis.

Serve para consulta mesmo que o arquivo origina

Pronto. Agora todos as sua conversas estão preservadas.