EAD vira sequela da pandemia na Educação e assusta governo com baixa qualidade de aluno formado à distância

No país, que no ano passado comemorou a marca de ofertar quase 23 milhões (22,82 milhões) de vagas nas suas universidades, acendeu uma luz de 1.000 w do Ministério da Educação com a constatação de que 17,06 milhões eram na modalidade EAD contra apenas 1,65 milhão presencial.

Num negócio com faturamento estimado em R$ 100 bilhões/ano com presenças de grandes conglomerados de centros acadêmicos alguns deles com ações da B3, o Governo está avisando que está na hora de dar um chega para lá no quadro atual partindo do princípio de que no limite tem faculdade de enfermagem formando aluno na graduação que nunca viu uma gota de sangue ao vivo.

Sobrando vagas

Parte desse quadro veio das dificuldades das universidades públicas em ampliar seus câmpus que terminaram o ano oferecendo 870 mil vagas, 534 mil delas nas universidades federais que viraram o local dos melhores alunos selecionados pelo Enem, o que nem sempre quer dizer que ali se pratica o melhor ensino. Mas o que chama a atenção é que mesmo nelas em 2002/1991 mil vagas estavam ociosas num percentual de 25,4%.

Faculdade privada ruim ter vaga sobrando é uma coisa. Faculdade pública de elite é outra coisa. E talvez a explicação esteja no fenômeno que se viu após a pandemia onde as privadas foram muitos mais ágeis em continuar funcionando (e faturando) que as públicas que ainda hoje tem problemas de fazer seus alunos voltarem às salas de aulas.

Enferneiro EAD

O fato é que depois da pandemia o Brasil fechou 2022 com nada menos que 17,06 milhões de vagas de ensino à distância sem que o MEC tenha ideia do que acontece na graduação. Foi esse quadro que fez o ministro da educação, Camilo Santana mandar parar a abertura de qualquer curso EAD e ver com atenção a proposta de curso presencial.

O problema desse quadro na graduação está relacionado com a consolidação dos alunos que não precisam ir à sala de aula para aprender. Aprender vendo o professor do notebook faz sentido em boa parte do curso. E no caso dos alunos de baixa renda chegarem no campus de uma faculdade federal para ver o professor com estabilidade, faltar significa deixar de comer para pagar a passagem. Mas já estava na hora de rever o processo.

MEC quer rever 

Isso tem a ver com a formação de docentes. Em 2022, foram registradas 1.669.911 matrículas dos cursos de licenciaturas. Desse total, 571.929 estão em instituições públicas e 1.097.982 em instituições privadas. Na Licenciatura, os ingressantes de cursos EaD representam 93,7%, enquanto na rede pública são 22,2% nessa modalidade. Futuros professores que não terão contatos com alunos.

O MEC quer dar literalmente uma geral. Até porque no governo Bolsonaro o setor privado literalmente fez o que quis dentro da lógica liberal do empreendimento educacional. Até porque em 2021, aconteceram 52 operações de fusões e aquisições no setor de ensino, 93% a mais na comparação com 2020, revelando uma colossal concentração.

IA corta emprego

A Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), que pleiteia ajustes no texto da reforma tributária no Senado, acredita que o setor será um dos que terá maior impacto com o uso de Inteligência Artificial, que já está muito presente levando a perda de mão de obra humana. O setor de telesserviços defende proteção porque é um dos maiores empregadores privados do país, com mais de 1,4 milhão de trabalhadores, especialmente jovens em seu primeiro emprego, mulheres e negros. E funciona como porta de entrada no mercado de trabalho.

Festa do Peixe

De 24 a 26, o Brasil seria o Seafood Show Latin America 2023 realizado entre os dias 24 e 26 de outubro, em São Paulo, no Centro de Convenções Pro-Magno, numa iniciativa da Francal Feiras. É a maior conversa do Brasil sobre o mercado de pesca.. Do camarão ao bacalhau e peixe branco. Do salmão à tilápia que o Brasil se tornou o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da China, Indonésia e Egito.

Salmão e Tilápia

No Brasil, a maior parte do salmão consumido é importada (US$31,25 milhões), principalmente do Chile. Já a Tilápia, segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), registrou uma produção brasileira de 550.060 toneladas em 2022.

Bacalhau

Dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, em 2022, o Brasil produziu cerca de 150 mil toneladas, mas tem aumentado as importações de camarões do Equador e da Argentina. Finalmente o bacalhau é tradicionalmente importado da Noruega e Portugal que este ano registou aumento de 6,4% das importações segundo o Conselho Norueguês da Pesca (CNP.

Efeito 123 milhas

Pode ser chamado feito 123 milhças, mas segundo a plataforma Kayak o preço de passagens para destinos nacionais caiu em média 18% em relação ao ano passado. As cidades brasileiras que lideram a redução nos valores são Florianópolis (-32%) e Porto Alegre )-30%). Nos destinos internacionais, Nova York teve uma redução de 23%, enquanto Santiago, no Chile, 22%. O levantamento foi realizado na base de dados do KAYAK considerando buscas por voos de ida e volta, em classe econômica, de todos os aeroportos do Brasil, para todos os aeroportos do Brasil.

Caixa do Ceará

Não é só a governadora Raquel Lyra que tem dificuldades para investir com recursos próprios. O Ceará, considerado o estado mais equilibrado do Nordeste, prevê que dos R$37,3 bilhões de seu orçamento para 2024, os investimentos das empresas estatais não dependentes deverão corresponder a 4% do Orçamento, o menor em quase uma década.

Bike elétrica

Líder na locação de bicicletas, a Tembici está preparando aumento da frota de bicicletas compartilhadas elétricas em 50% , fechando o ano com 30 mil bikes. Até o fim de 2023 a empresa estará em oito cidades da América Latina com modais elétricos disponíveis A empresa desenvolveu no Brasil uma e-bike com tecnologia 100% nacional, pedal assistido e uma bateria que oferece 100 km de autonomia. Mas até agora apenas Belo Horizonte recebeu a inovação do Tembici Labs.

Motorista high-tech

Ser motorista está virando uma profissão de passagem especialmente entres os profissionais mais escolarizados. Uma pesquisa do Clube da Estrada revelou que a visão dos motoristas sobre sua profissão passa por mudanças significativas e 71% dos respondentes não veem mais na carreira daqui a uma década. Falta de segurança e pontos de paradas como áreas de melhoria para os profissionais lideram os motivos de abandono.

Escolaridade

Mas as habilidades exigidas também estão se transformando conforme o transporte recebe novas tecnologias no mercado, como a tecnologia embarcada nos veículos e a perspectiva de caminhões autônomos, o que requer uma mão de obra qualificada e conhecimento por parte dos profissionais que irão operá-los. Até porque as empresas não entregam um caminhão de R$1 milhão a quem não tem ao menos nível médio completo e não recebe treinamento especializado.

Meus bichos

A notícia de uma família que estava em Israel e declarou só viajar para o Brasil com seus três gatos na Operação Voltando que o governo brasileiro está executando através da FAB levantou um debate nas redes sociais sobre o que as companhias aéreas podem definir como aceitáveis na hora de embarcar um animal de estimação.
Mas isso já está previsto desde 2017 e por num último dia 2, a Portaria 12.370/2023, estabelece condições gerais para o transporte de animais, aplicáveis às modalidades doméstica e internacional.

Direito assegurado

Entre outras definições, a portaria diferencia o animal de assistência emocional do animal de estimação e determinar que a companhia aérea poderá ofertar o serviço de transporte para esses animais na cabine de passageiros ou despacho no compartimento de bagagem e carga da aeronave com informações claras e as regras aplicáveis, tais como franquia de peso, quantidade de volumes, espécies admitidas, valores e procedimento de despacho dos animais”