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Conferência Internacional, em Lisboa, debate mercado novas de tendências do mercado de energia limpa no Brasil

Encontro debaterá temas como Transição Energética, Sustentabilidade e ESG, Projetos e Produtos de Hidrogênio Verde e Créditos de Carbono.

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Fernando Castilho

Publicado em 22/10/2023 às 6:00
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Durante dois dias, nas próximas quinta(26) e sexta feira (27), no Centro de Eventos do Hotel Tivoli, em Lisboa, o futuro do setor elétrico brasileiro estará sendo o foco do debate da Conferência Ibero-Brasileira de Energia (Coniben) que reunirá técnicos, pesquisadores e empresários do setor com experiência e negócios no Brasil, Portugal e Espanha.

O encontro é promovido como apoio da Embaixada do Brasil em Lisboa, Federação das Câmaras de Comércio Portuguesa no Brasil, Instituto Brasileiro do Petróleo e Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia sob coordenação técnica da consultoria Acrópolis que tem sede em Pernambuco.

A Coniben está dividida em nove temas centrais que vão desde os Novos Rumos do Setor da Energia a Transição Energética, passando por Sustentabilidade e ESG, além de Projetos e Produtos de Hidrogênio Verde e o Mercado de Crédito de Carbono.

Estarão presentes o Diretor Geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, o Diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, o Diretor Financeiro de Itaipu Binacional, André Pepitone além de representantes de empresas privadas como Repsol, Grupo Urca, BTG Pactual, Iberdrola e Grupo Moura entre outras

Também estarão presentes o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, o presidente da Empresa de Pesquisas Energética (EPE), Thiago Prado, e o diretor de planejamento do ONS, Alexandre Nunes Zucarato e o presidente da CCEE, Alexandre Ramos.

Foto: Divulgação/ SDEC
Reive Barros será o coordenadotr tecnico da Conferência Ibero-Brasileira de Energia (Coniben) - Foto: Divulgação/ SDEC

Segundo o coordenador técnico da Coniben, o ex-presidente da EPE e ex-diretor da Chesf, Reive Barros o encontro está focado no cenário de transição energética que se desenha para o setor elétrico em nível global em função da necessidade da redução das emissões de carbono e deve analisar o mercado que esse desafio propõe dada a crescente demanda de geração, distribuição e transporte de energia para as necessidades dos países nos seus processos de descarbonização.

Ele destaca que todos os movimentos que o setor elétrico está programando geram necessidades que vão muito além da geração de energia. Vai exigir todo um pacote de questões legais decorrentes da transição energética e da mudança ao longo do tempo contado entre a passagem da geração de energia a partir de combustíveis fósseis para o biocombustível.

São questões que o mundo ainda está definindo quando debate temas como Hidrogênio Verde e Crédito de Carbono que, em países como o Brasil, vão exigir a produção de soluções como o real tamanho do mercado, o seu transporte e comercialização.

Reive Barros lembra que existe um grande debate no Brasil sobre a questão do Hidrogênio Verde, mas que questões como o preço final do atacado não estão definidas claramente para os possíveis investidores. O desafio que se apresenta ao mercado está na questão dos créditos de carbono onde o próprio tamanho desse recebível em países como o Brasil não estão definidos com precisão.

Ele acredita que o debate na Coniben com encontros e até visitas técnicas a produtores de energia na Europa poderá permitir a comparação do estágio entre as soluções e arranjos econômicos já encontrados por Portugal e Espanha.

Divulgação
O mercado de credito de carbono ainda não foi regulanetado em defintivo no Brasil. - Divulgação

Segundo Reive Barros, o ciclo de produção de energia a partir de hidrogênio verde passa por uma série de subprodutos que abrem um grande mercado que tem valor próximo do que essa forma de energia vai gerar.

O que a Coniben quer debater é o caminho do que se chama de transição energética analisando a questão dos mercados e dos arranjos de financiamento possíveis e o pacote de soluções legais que esses novos negócios vão demandar e que em alguns aspectos sequer foram identificados com mais precisão financeira.

O que levou a coordenação técnica do evento a focar também em questões não apenas da produção, seus impactos econômicos e sociais, mas também na questão do financiamento dos custos e da possível rentabilidade econômica do que conceitualmente se chama Transição Energética.

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