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Petrobras vê oportunidade de gerar até 30 GW com eólica offshore no Brasil

Executivo da Petrobras afrima empresa quer se apresentar como um player na geração de eólica offshore no Brasil

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Fernando Castilho

Publicado em 29/10/2023 às 0:05
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O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse na Coniben 2023, que se realizou nesta quinta e sexta-feiras em Lisboa, que o Brasil tem recursos naturais e a capacitação tecnológica para se tornar uma potência energético-ambiental do século XXI.

Ao falar sobre os novos rumos do setor da energia no mundo ele lembrou que o Brasil detém 15% da oportunidade global de sequestro de carbono por meio de soluções climáticas naturais, a maior do mundo. E que temos 1/3 da oportunidade global de reflorestamento além de um quarto da oportunidade global de conservação florestal que é um ativo diferenciado.

Player Offshore 

Tolmasquim, que já ocupou vários cargos no setor elétrico - entre eles o de fundador e 1° presidente da Empresa de Pesquisa Energética - EPE) falou sobre os projeto da Petrobras dentro do conceito de Sustentabilidade e Transição energética onde traçou um perfil de como a companhia deseja se apresentar nos próximos anos atuando como um player na geração de Eólica Offshore no Brasil para o qual a Petrobras já mapeou oportunidade de gerar até 30 GW o equivalente a 250 mil barris de petróleo.

Até agora, disse o executivo, temos informações mapeadas pela EPE de que o Brasil na sua costa poderia gerar alguma coisa próxima de 934 GW, o que mostra que o potencial já mapeado tem números superlativos, disse Tolmasquim.

Nordeste é o lugar

Ele disse que a Petrobras vai aproveitar isso e que a estatal terá uma atuação importante já que lidera a capacidade de geração sendo o Ibama. Até agora o Ibama recebeu projetos de pedido de exploração offshore equivalente a 220 GW dos quais o Nordeste lidera com GW dos quais o Nordeste lidera com 48 que podem agregar até 103 GW de capacidade instalada (o Sul tem 27 projetos que somam 72 GW).

De fato, nos últimos relatórios do setor relacionados à capacidade instalada onshore e offshore o Brasil é possível observar que tem crescido significativamente no ranking global já ocupando o terceiro lugar entre os maiores posicionado atrás da China e dos Estados Unidos superando países que são líderes em tecnologia já aplicado como Alemanha Suécia e França.

Biorrefino Diesel R5

Tolmasquim também falou sobre os projetos da empresa na produção de biorrefino revelando que a Petrobrás sem cinco refinarias já produzem mais de 154 mil de barris de petróleo do Diesel R5 que é um diesel diferencial é que é destinado ao setor de transporte e que a Petrobras já trabalha numa nova planta dedicado ao BIOQAV além de produtos petroquímicos verdes.

E como a mudança da diretoria da estatal e redirecionamento para a produção de produtos sustentáveis em seus processos a empresa já obteve sucesso internamento com a reinjeção de 10,6 milhões de toneladas de CO2 nas plataformas que foi considerado em 2022 o maior movimento no mundo na indústria de petróleo. E confirmou que a nova diretoria estabeleceu a meta para dobrar a quantidade cumulativa de reinjeção de CO2 nos próximos três anos.

Este ano a Petrobras a trabalhar num projeto de demonstração numa planta de processamento de gás para redução de CO2 onde se prevê armazenamento em um reservatório hipersalino com capacidade de até 100.000 toneladas de CO2 por ano. Em outra frente, a Petrobras trabalha na redução do consumo das fontes primárias de energia no refino (gás natural, energia elétrica e vapor).

Hidrogênio Verde

A Qair International está presente em 21 países como produtor independente de energia que tem projeto de hidrogênio verde em vários países programa antes de iniciar os dois megaempreendimentos previstos para os portos de Suape e Pecém, desenvolver um projeto piloto no Ceará
O H2Genèse tem como objetivo o fomento do mercado de consumo de hidrogênio verde no Brasil viabilizando a implantação de uma planta piloto de 4,95 MW, sendo 1 MW em 2024. Com ele a Região Metropolitana de Fortaleza contará com geração de eletricidade 100% livre de emissões, com base no uso de dois H2 Genset de 100KVA da EODEv (França).

Esse projeto não é o mesmo que ela programa para os estados de Pernambuco e Ceará que devem abrigar empreendimentos de médio prazo. O projeto H2'Fraternité foi instalado em um terreno dentro do Polo Industrial Net Zero, que ocupa parte do imóvel já adquirido pela Qair. A eletricidade necessária para o projeto será fornecida pela própria Qair no Ceará e Visa especificamente fornecer H2 e O2 verdes para outras indústrias localizadas no no Porto do Pecém.

Longo Prazo

A longo prazo, a Qair Brasil planeja instalar duas plantas de produção de amônia, totalizando a capacidade instalada de 4.480 MW, considerando o início da operação comercial progressiva entre 2030 e 2036. Em Fortaleza estão previstos 16 prédios de eletrólise, com capacidade total de 2.240 MW, em São Gonçalo do Amarante/CE. (H2, O2, NH3).

Em Pernambuco, com conceito semelhante ao do Ceará, também prevê uma capacidade instalada de 2.240 MW, em Ipojuca/PE. (H2, O2, NH3. O que difere é que no Ceará o terreno já foi adquirido enquanto em Pernambuco existe uma pendência judicial com o imóvel por parte de Suape

 

 

 

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