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Brasil tem excesso de energia, mas consumidor residencial não sente redução do preço da tarifa na conta

No final, o consumidor acaba sendo punido na medida em que os maiores clientes podem comprar energia no mercado livre.

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Fernando Castilho

Publicado em 25/01/2024 às 0:05
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No país que tem hoje quase 200 gigawatts (GW) de capacidade instalada e previsão de mais 140 GW previstos em projetos até 2029, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica a informação de que, em 2024, o consumidor vai pagar 5,6% a mais na conta de energia incomoda porque leva a uma questão básica de que para quer serve toda essa energia se o freguês não consegue pagar menos?

Faz sentido. Todos os dias saem informações sobre o crescimento da produção de energia, especialmente a solar, que acabou de ultrapassar a marca de 26 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil.

Para completar, a Aneel acaba de autorizar a migração de 24 mil consumidores para o mercado livre em 2024 permitindo que empresas com demanda acima de 30 KW, o equivalente a contas de energia superiores a R$7 mil, passem a comprar sua energia de uma comercializadora varejista.

O Brasil, de fato, vive uma situação curiosa. O preço médio da geração de energia está caindo ano após ano existindo uma sobre oferta de energia, mas os consumidores residenciais não conseguem ver isso nas suas faturas invertendo a lógica de que quanto maior a oferta menor o preço.

O problema é que o consumidor cativo aquele que é obrigado a comprar energia de uma distribuidora estadual a cada diz passa a ser mais penalizado com a série de penduricalhos que sua fatura carrega e tem o nome de encargos um conjunto de os subsídios deve alcançar o maior valor da série histórica da Aneel, chegando a R$ 37,2 bilhões este ano.

No fundo esse consumidor acaba sendo punido na medida em que os maiores clientes podem comprar energia no mercado livre, o sistema passa a ter que investir na expansão da rede de transmissão para receber a produção de novas usinas eólicas e solares que ainda os penduricalhos que o setor agrega sob o nome de subsídios abrigados numa sigla chamada de Conta de Desenvolvimento Energético .

A CDE agrupa os subsídios arcados pelo consumidor de energia. Estão nessa conta, por exemplo, multas aplicadas pela Aneel; recursos de pesquisa e desenvolvimento não utilizados pelas empresas; valores pagos pelas hidrelétricas pelo uso do bem público; quotas pagas pelos consumidores, entre outros.

E no fundo cai mesmo nas costas do cliente que não pode gerar sua energia ou comprar de um fornecedor independente que compra energia no mercado livre e vende a seus clientes.Somente esse ambiente de contratação livre como o regulado, líquida anualmente mais de R$150 bilhões.

Na verdade, o que está acontecendo é que cada vez mais gente está produzindo ou comprando energia fora da distribuidora estadual. Dependendo do tamanho, tem gente que produz o equivalente ao que usa através de uma usina solar e paga apenas pela transmissão embora exista um grupo que pegue só a metade do custo que vai para aquela conta de subsídio.

O consumidor residencial virou a ponta da cadeia que paga todos os chamados “custos fixos” que vão desde o custo da ampliação da rede de transmissão ao custo da energia que a distribuidora precisou comprar mais caro para entregar no horário de pico quando as energias renováveis param de entregar. E sem ter como sair dessa situação.

Dinheiro aplicado

Relatório da B3, a Bolsa do Brasil, mostra o crescimento de 202% nos estoques de todos os produtos de renda fixa de captação bancária através de títulos emitidos por instituições financeiras em 2023. O montante em dezembro foi R$4,5 trilhões, contra R$3,8 trilhões em 2022. O número engloba os estoques de CDB, Depósito Interfinanceiro (DI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF), Letra Imobiliária Garantida (LIG) e Recibo de Depósito Bancário (RDB). Os CDBs lideram com R$2,1 trilhões (R$1,9 trilhão em 2022).

Rio de dinheiro

A distribuição de royalties de 2023 feita pela ANP chegou a R$53,64 bilhões. Mas quando se observa o que foi reservado ao Rio de Janeiro é possível quanto em termos financeiros o estado recebe. Dos R$14,33 bilhões reservados para os estados, o Rio recebeu R$11,98 bilhões. Dos R$18,38 bilhões que os municípios brasileiros receberam, os municípios do Rio receberam R$13,53 bilhões. O estado e os municípios do Rio de Janeiro na distribuição dos recebem mais recursos que o que foi pago à União em diversos fundos que somaram R$20,88 bilhões contra os R$25,56 bilhões que irrigam a economia do Rio de Janeiro.

FGTS Digital

A partir do próximo dia 1º de março o Brasil vai integrar mais um serviço às suas plataformas de serviços em tempo real Começa a valer o FGTS Digital deve mudar a realidade dos profissionais da contabilidade que passam ter um pacotes de serviços que vai permitir das guias a produção de relatórios das empresas que estarão obrigadas a estar no sistema.

PETernidade

A Royal Canin, empresa global de produtos e alimentos para Saúde e Nutrição para gatos e cães, passou a oferecer a seus colaboradores licença PETernidade. Vem a ser um período de afastamento das rotinas da companhia para que adote um animal. O tempo é para que ele possa se dedicar à adaptação do pet à rotina da família, além de providenciar os cuidados iniciais com a sua saúde, como visita ao Médico-Veterinário para check-up, atualização de vacinas. A empresa já oferece a seus empregados "Licença por Luto", quando os colaboradores passam pelo difícil momento da perda de seu animal de estimação.

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