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O dia em que eu quase virei auxiliar da Coluna Social de João Alberto

Você topa ser meu assistente? Pedi a Direção um segundo auxiliar e queria você para me ajudar na área de economia já que o Orismar cuida bem da área social e do showbiz? Perguntou JA, em 1992.

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Fernando Castilho

Publicado em 01/02/2024 às 7:00
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Agora que João Alberto Martins Sobral, “sentou praça” no Jornal do Commercio, posso contar uma passagem curiosa de nossa fraterna e respeitosa convivência na vida profissional: O dia em que eu quase virei auxiliar da sua coluna social no Diário de Pernambuco.

Me lembro como se fosse ontem. Foi no dia 30 de março de 1992 uma segunda-feira, quando ao chegar, às 8 horas, na sede da Sucursal do jornal O Globo no Norte Nordeste, na Rua do Riachuelo, fui chamado ao setor administrativo para ser comunicado da minha demissão.

Eu era subchefe da Redação, o Número 2 de Ronildo Mais Leite que decidiu pedir demissão na semana anterior depois de 18 anos comandando a sucursal. Eu achava que seria efetivado no lugar de Ronildo e fiquei surpreso com a demissão.

Meio atordoado, eu decidi dar uma volta na cidade e acabei chegando na frente do DP uma hora depois de assinar o bilhete azul do jornal do Roberto Marinho onde ficara por nove anos, para onde fui pedinhdo demissão do próprio DP.

Eu ia passando na porta do velho jornal, na Praça da Independência quando esbarrei em João Alberto que chegava para trabalhar. A gente já se conhecia, e ele perguntou o que estava fazendo na porta do DP, já que raramente eu passava por lá.

“Estou procurando emprego”. Fui demitido há uma hora de O Globo e estou vendo quem procurar no DP para me candidatar a uma vaga de repórter.

João foi direto: Você topa ser meu assistente? Pedi a Direção um segundo auxiliar e queria você para me ajudar na área de economia já que o Orismar cuida bem da área social e do showbiz?

Topo. Começo quando?

Agora, disse João. Vamos falar com o Ricardo Leitão para efetivar sua contratação. E pegamos o elevador encontrando o diretor na sua sala.

Leitão achou a ideia ótima, mas disse a João Alberto que procurasse outra pessoa pois eu iria assinar a coluna de Economia do Diario de Pernambuco. João Alberto teve uma reação que mostra sua generosidade: Ótimo, agora assinaremos as colunas mais lidas do jornal. E foi me mostrar a Redação e meus novos companheiros.

Eu só percebi a mudança de rumo de minha vida profissional quando cheguei em casa à noite depois de ter passado o dia na redação do DP sendo apresentado à equipe de Economia.

Em apenas três horas eu tinha sido demitido, contratado para ser assistente de João Alberto e promovido a colunista de Economia do Diário de Pernambuco. Isso sem ainda ter tido tempo de dizer a minha mulher essa mudança de vida em meio expediente.

O tempo se encarregou de mostrar o quanto é bom trabalhar ao lado de João Alberto. Não raro, ele repassando nota quente de economia que não queira usar na social. E, às vezes, viajando junto representando o jornal em eventos dentro e fora do estado. E também, não raro advertindo - olhando no olho - quando a qualidade do trabalho caia.

Eu fiquei no DP até 1998 quando fui assinar a JC Negócios, no Jornal do Commercio onde estou até hoje. E desde então a amizade e a admiração por ele só fez crescer. João virou uma de minhas  referências na profissão.

As pessoas na Redação do JC dizem que depois de mais de 45 anos de profissão, eu ainda me comporto como um foca estagiário de jornalismo. Vocês não têm ideia do que verão agora com a chegada de João Alberto ao JC.

Por isso eu quero dizer aos nossos leitores, colegas de trabalho e amigos que é muito bom ter “JA” conosco no JC.

Eu só lamento até hoje não ter sido auxiliar de João Alberto na Coluna Social. Teria sido uma experiência extraordinária.

Bem-vindo ao JC, amigo.

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