Resistência da inflação dos alimentos assusta governo que teme perda de popularidade do presidente
Desde dezembro que a cesta básica subiu muito no carrinho da dona-de-casa especialmente nas famílias que apóiam o governo.
Esqueça o impacto dos preços do grupo de Educação que tiveram o crescimento de 4,98% em fevereiro e impactaram 0,29 p.p. no total da inflação apurada de 0,83%, após fechar janeiro em 0,42%.
O que assusta o governo Lula é a possibilidade de se repetirem, em março, as altas no grupo de alimentos que no domicílio subiu 1,81% em janeiro e mais 1,12% em fevereiro. É aí que o bicho pode pegar porque o aumento dos preços está forte nos produtos da cesta básica que são percebidos exatamente pela população de baixa renda.
Aumento na feira
Desde outubro que a inflação dos alimentos no domicílio vem apertando o IPCA. Mas, em fevereiro, subiram muitos itens como tubérculos, raízes e legumes (4,39%), cereais (3,91%), frutas (3,74%), hortaliças e verduras (2,31%) além de aves e ovos e Leites e derivados 1,21%.
Resumindo, a cesta básica subiu muito no carrinho da dona-de-casa especialmente nas famílias que apóiam o governo. Então, se em março a alta dos alimentos se mantiver passa a ideia de que a inflação está voltando. E aí importa se sobem os itens do outros grupos.
Governo assustado
Esse movimento está fazendo o governo se mexer. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o governo federal espera a redução no preço dos alimentos até abril. O ministro Carlos Fávaro explica que um dos alimentos que deve ser impactado com a baixa de preços é o arroz.
Favaro anunciou que o governo já estuda medidas de estímulo para o novo Plano Safra para aumentar a produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.
Até o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello entrou no debate reconhecendo que as pessoas sentem quando elas “vão ao mercado e veem um alimento que elas costumam comprar mais caro”.
Ironia agrícola
É uma situação curiosa. Segundo o próprio IBGE, em 2023 o abate de bovinos cresceu e atingiu recorde com 34,06 milhões de cabeças e alta de 13,7%. Também abatemos 6,28 bilhões de frangos com aumento de 2,8%, E mais 57,17 milhões de suinos com novo recorde de mais 1,3%. Também produzimos 4,21 bilhões de dúzias de ovos, alcançando recorde na série histórica, com alta de 2,7%. Até a produção de leite acumulada, em 2023, foi de 24,52 bilhões de litros. Foi um ano espetacular.
Percepção popular
E tudo isso tem a ver com o que a alta de alimentos pode impactar na percepção do cidadão em relação ao governo. E há motivos para acender a luz amarela. Só este ano, em janeiro e fevereiro a alta chegou a 2,95% - ou seja, mais que o dobro do 1,25% do IPCA, índice oficial de inflação do ano.
E o mais grave é que tudo isso tem mesmo a ver com o clima. Esta semana, o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, esclareceu que os preços dos alimentos, principalmente in natura, foram impactados pelo clima desde o final do ano passado.
“Está diminuindo diz Ameida, mas os alimentos têm ficado mais caros”. Segundo ele, no final do ano passado e início deste ano, tivemos efeito mais intenso do El Niño, muitas ondas de calor, um volume de chuvas muito acima do tradicional.
Patamar alto
O que não se percebeu na ponta em dezembro foi que produtos como o açúcar vinham acumulando aumentos. Aconteceu com arroz, milho, café e trigo. Todos eles estão baixando, mas a alta deixou os derivados mais caros. E ainda que ovos, suínos, bois e frango estejam estáveis todos eles estavam com preços em alta no final de 2023.
Então, ao contrário do que inicialmente se pode pensar que o governo estava sendo alertado pelas declarações do presidente Lula em assuntos internacionais ou de suas pendengas com Vale e Petrobras, agora se percebe que o que preocupa o governo é que a inflação do IPCA reflete essencialmente o preço dos alimentos.
Não foi só Lula
E, de fato, esse é um assunto com que Lula e equipe têm que se preocupar. Até agora, os ministro estão em coro falando que o pior já passou e que a tendência é de baixa. Mas nada está garantido.
Até porque como o aumento do clima toda a cadeia de armazenamento sofre impacto. Na verdade, hoje está se gastando mais energia para se manter as temperaturas nos armazéns. A chamada cadeia do frio está usando mais energia. E o pior é que as informações do meteorologista é que a substituição do El Niño por La Ninha não quer dizer baixa de temperaturas.
Polícia no clássico
A pedido da Coluna, a Polícia Militar informa que o jogo Santa Cruz x Sport (09) teve um custo de exatos R$169.163,01 em despesas extras para garantir a segurança dos torcedores. A operação exigiu o emprego de 818 policiais, com remuneração que varia de R$180,00 a R$256,44, totalizando R$162.400,24 e mais R$6.762,77 em combustível para 59 viaturas e 27 motos.
A questão da segurança para as partidas de jogos de futebol exige cada vez mais uma discussão sobre quanto o contribuinte é obrigado a pagar todas as vezes que os clubes disputam clássicos. Embora a Polícia Militar não tenha divulgado ao final do ano passado quando teve que gastar para deslocar pessoal, fica claro que ao menos R$2 milhões são gastos nos diversos certames do qual participam os clubes de futebol.
E do poder público
Entretanto é importante observar que aos custos extras para a segurança dos jogos existe o custo com as folgas uma vez o policial que é convocado para essa jornada extra têm direito a folga. O Estatuto do Torcedor (Lei 10.171-2003, Capítulo 4) determina que a segurança dos eventos esportivos é de responsabilidade dos promotores, que podem solicitar a força do poder público.
Em 2016, a Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou um projeto para que os custos desses eventos fossem pagos pelos organizadores dos campeonatos com segurança privada e, em caso de uso da força policial, que o estado seja ressarcido dos valores. O projeto está parado até hoje. Entretanto, não há informação que CBF ou federações tenham reembolsado o Governo do Estado
Mulher de moto
Informação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo, revela que no ano passado as mulheres foram responsáveis por quase 25% das emissões de habilitação categoria B (Moto), no Brasil, totalizando 38,6 milhões de habilitadas.
Felizmente, esclarece Diretor da Associação dos Distribuidores Honda, Leonardo Maranhão, segundo a Polícia Rodoviária Federal, apenas 12% dos acidentes de transito no Brasil em 2022 incluíam condutoras do sexo feminino.
Seguro de Itaipu
A seguradora Mapfre, uma das líderes globais do mercado segurador e financeiro, é a nova seguradora da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, segunda maior do gênero no mundo. Ao longo dos próximos dois anos, as regionais brasileira e paraguaia da companhia serão responsáveis, em conjunto, pelos seguros de riscos operacionais e de responsabilidade civil da usina.
Grupo Iquine
O Grupo Iquine, maior indústria de tintas do Brasil com capital 100% brasileiro, participa da Haus Decor Show que apresenta soluções inovadoras voltadas para os projetos de arquitetura, engenharia e decoração levando o conceito “50 anos de brasilidades”, em homenagem ao seu aniversário de 50 anos.
Tinta renovável
Todas as fábricas da AkzoNobel na América Latina estão operando com eletricidade 100% renovável. O marco, alcançado no final do ano passado, vem na sequência de conquistas semelhantes na América do Norte (início de 2023) e na Europa (início de 2022). No Brasil, as operações da empresa já usam 100% de energia renovável com uma usina solar instalada no Recife que é a primeira do grupo no País.
Vitacon no Recife
Nesta quarta-feira (20), a incorporadora Vitacon realizará evento exclusivo para investidores do Recife com sua embaixadora nacional, Tathiana Sette. No encontro, serão apresentadas oportunidades de investimento em estúdios da Vitacon, localizados na capital paulista, como Jardins, Itaim Bibi e Vila Olímpia.
Fórum de manutenção
O Recife sediará o 3º FIPIR – Fórum de Integração de Profissionais e Empresas de Manutenção no próximo dia 23 reunindo cerca de 800 especialistas, técnicos, engenheiros e fornecedores de serviços, além de estudantes e demais interessados na área com a Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (ABRAMAN).
Vertical Energy
A deeptech pernambucana Diwin foi selecionada para participar da vertical Energy, do Porto Digital. A proposta do projeto é compartilhar os desafios de grandes distribuidoras de energia como Neoenergia, Energisa, EDP, Eletrobras e CEMIG para soluções de inovação, principalmente através da Inteligência Artificial (IA).