Governo junta programas de renegociação de dívidas e promessa de crédito de estudante à pequena empresa
A principal ação da MP do Acredita foi a transformação da Emgea numa securitizadora.
O governo lançou, ontem(22) o que numa cozinha doméstica seria chamado de “Mexidão” quando a dona de casa reúne o que está geladeira; o que sobrou do almoço de Domingo e cria um novo prato, geralmente, incorporando tudo com ovos, maioneses e queijo parmesão ralado. Comido na hora que sai do fogão é uma boa opção para a segunda-feira.
O Acredita é um desses programas cuja MP é tão extensa não cabe nem um jabuti escrito pelo Congresso. Vai de acesso ao crédito nos bancos e dar garantia de mais apoio aos Microempreendedores Individuais (MEIs) e às micro e pequenas empresas a um programa de incentivo financiar a todos os jovens inscritos no CadÚnico. De um “Desenrola” para Pequenos Negócios à transformação da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para atuar como securitizadora no mercado imobiliário. Ah, tem ainda um projeto de Proteção Cambial para Investimentos Verdes (PTE), iniciativa visa incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis
Coisa demais
O programa tem um eixo importante no “Desenrola” Pequenos Negócios com público-alvo nos MEIs, às microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões e que estão inadimplentes em dívidas bancárias. Pode atender até 6,3 milhões de CNPJ inadimplentes em janeiro último, p maior número da série iniciada em 2016.
O programa autoriza uma renegociação até o fim de 2024 das dívidas com apuração do crédito presumido pelos bancos nos exercícios de 2025 a 2029.
Ajuda aos MEIs
Outro programa ajuda a MEIs e microempresas, com faturamento até R$ 360 mil ao ano a tomar empréstimos com taxas de juros a Selic + 5% ao ano e um limite expandido, de 50% do faturamento bruto anual, para empresas que tenham mulheres como sócias majoritárias ou sócia administradoras.
Mas, certamente, o ponto mais importante da MP foi a transformação da Emgea numa securitizadora. Com isso, agora ela poderá pegar os créditos inadimplentes que têm a receber junto a um título de crédito e alavancar dinheiro novo e rápido para o setor imobiliário.
Securitizadora
Hoje, a Emgea é uma mera cobradora de parcelas atrasadas da Caixa Econômica Federal nos contratos de habitação. Mas acontece que todo crédito de habitação é bom. Porque o mutuário sempre paga já que não quer perder a casa.
Então, o recebível da Emgea será bom e terá garantia do contrato de financiamento. Esse é, de fato, o que o setor da construção civil desejava e trabalhou por isso. Pode gerar até R$25 bilhões de dinheiro para o setor.
Eco Invest Brasil
Já o Eco Invest Brasil tem como parceiros o BID e Banco Central é trata-se de uma proposta para captação de recursos com o Governo Federal propõe a Proteção Cambial para Investimentos Verdes (PTE).
A proposta é que sejam criados papeis para incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no país e oferecer soluções de proteção cambial. Mas os representantes do Governo se apressaram em dizer que o programa não se propõe interferir no mercado de câmbio e trabalhará para alavancar os recursos já disponíveis no país.
Junto e misturado
Talvez o maior problema do Acredita é que tem coisa demais para permitir que Lula juntasse quase uma dezena de ministros e dizer que o problema é crédito e que os bancos não conversam com pobres.
É verdade, mas a questão é mais profunda e o Pronampe é um bom exemplo dessa distância, quando na pandemia do Covida 19 os bancos e governo precisam de um ano para se fosse reestruturado o FGO que garantisse a parte (15%) que os bancos emprestavam junto com os 85% dos recursos alocados pela União no Governo Bolsonaro.
Sem impacto social
No fundo, apesar de toda publicidade (especialmente dos bancos privados), a verdade é que o Brasil não tem cultura financeira sem associativa para alavancar crédito para pequeno e microempresário.
Hoje microcredito serve mais para o setor de comunicação da instituição mostrar no balanço do que produzir impacto social. `prtanto, vamos levar muito tempo para que os bancos e os microempresários entendam isso. Porque, na crise, o pequeno - não raro - se financia no cheque especial para empresas e até dele mesmo.
Escutando vazamento
A Compesa estima que já foram economizados mais de 765 mil metros cúbicos de água, ou o equivalente a 306 piscinas olímpicas depois que começou a “escutar” vazamentos ocultos na capital pernambucana Até agora, 381 já foram resolvidos. O volume de vazamentos não visíveis significa que, sem esse trabalho, o problema só seria solucionado se causasse danos aparentes nas vias, por exemplo. A ação vai até outubro de 2026 e a meta da Compesa é vistoriar os 1400 km de redes de distribuição dos bairros contemplados. O projeto custará R$50 milhões (2021 a 2026), no trabalho de pesquisa dos vazamentos ocultos e na substituição de trechos de redes que apresentem risco de incidência de vazamentos (tubulações antigas).
Gustavo Dubeux
Nesta quarta-feira (24), no Mar Hotel, o IBEF-PE homenageia o empresário Gustavo Moura Dubeux, fundador - junto com seus irmãos Aloísio e Marcos - da construtora Moura Dubeux. O evento começa às 12 horas.
Lula e os livros
Na véspera do Dia Mundial do Livro (23), o presidente que tem no seu currículo números extraordinários de incentivo à Educação sai caixinha e cria mais um ruído de comunicação. Numa solenidade e querendo ser engraçado ele disse no Palácio do Planalto, Lula que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deveria passar mais tempo na Câmara e Senado "em vez de ler um livro". Lula dá um péssimo exemplo especialmente aos jovens. Até porque o seu ministro não fica lendo livros no expediente. E esquece que quando esteve preso em Curitiba foram os livros que lhe ajudaram a superar os dias de cárcere.
Inovação no Cabo
Amanhã (23), no Novo Mundo Empresarial, no Paiva, tem o segundo encontro especial do Núcleo de Inovação do Cabo de Santo Agostinho, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município com o objetivo de construir o plano de ação e dar suporte aos grandes investimentos na região de Suape. Foram convidados 30 empresários e representantes de diversas áreas do governo entre eles, Sebrae, Petrobras, Transpetro, Instituto Federal e UFRPE (Cabo), além da Prefeitura do Cabo.
O HUB ODS PE
Amanhã, o IATI (Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação) recebe o empresariado pernambucano, das 9h às 12h, para o evento "Ambição Pernambuco", promovido pelo HUB ODS Pernambuco do Pacto Global da ONU - Rede Brasil.
Comida de bombado
Um estudo da Future Market Insights (FMI) apontou que o mercado global de suplementos alimentares deve ultrapassar US$252 bilhões (R$1,25 trilhões) em 2025. No Brasil, o mercado de suplementos tem experimentado um crescimento exponencial a cada ano. Entre setembro de 2020 e dezembro de 2022, o consumo de suplementos vitamínicos e complementos alimentares também cresceram 23,2%, pelos dados da Abiad. Dentre os que usam, 69% também fazem atividades físicas.
Cibersegurança
Não são apenas as jovens chinesas bem formadas que enfrentam dificuldades de colocação no mercado de trabalho por falta de experiência. Um estudo da Kaspersky "The portrait of the modern Information Security Professional" revela que 43% das empresas latinas precisam de seis a nove meses para encontrar um profissional qualificado em cibersegurança. A falta de experiência (57%) foi citada como um dos maiores desafios dos gestores empresariais, juntamente com o elevado custo de contratação (52%) e a rápida evolução tecnológica (42%). Em especial, falta de especialistas em cibersegurança.
Força da Caoa
Levantamento da Webmotors, plataforma automotiva do Brasil, revela que a procura por carros de marcas chinesas zero quilômetro cresceu 220% na plataforma entre 2021 e 2023. No ranking dos veículos chineses novos mais pesquisados no marketplace em março deste ano, dois modelos da Caoa Chery aparecem nos primeiros lugares: Tiggo 7 Pro (1°) e Tiggo 5X (2°), e BYD Dolphin.
Eletromobilidade
Também amanhã (24) uma comitiva brasileira formada por 12 empresários do setor automotivo desembarca em Pequim, na China, para a Auto China 2024, agora o maior Salão do Automóvel do Mundo. O foco da viagem é conhecer temas sobre segurança, inovação, energia e eletro mobilidade desenvolvida no segmento.