Montadoras que atuam no Brasil apostam no etanol como base de novos híbridos antes da eletrificação
Nos próximos cinco anos, as montadoras devem investir no Brasil R$53 bilhões no desenvolvimento de modelos ‘total flex’ e "híbridos" e Bio-Hybrid.
A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira (4) que, dos R$ 7 bilhões do novo ciclo de investimentos anunciados no início do ano, R$ 5,5 bilhões serão aplicados nas fábricas do Estado de São Paulo onde está não apenas a maior fábrica da empresa no Estado, mas também o centro de desenvolvimento tecnológico da companhia, onde são desenvolvidos os veículos para toda a região. Segundo Santiago Chamorro, presidente da GM na América do Sul, o novo investimento inclui o desenvolvimento de dois modelos híbridos que poderão ser abastecidos com etanol.
Chamorro se juntou ao discurso de Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen para a América do Sul que anunciou um investimento de R$ 16 bilhões nas suas quatro fábricas no Brasil até 2028 para a fabricação de 16 novos veículos, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e ‘total flex’. Além de ‘projetos inovadores’ e ‘com foco em descarbonização’ e um novo motor para veículos híbridos e uma plataforma “inovadora, tecnológica, flexível e sustentável”.
Discurso verde
Chamorro e Seitz foram ao gabinete do presidente Lula como também foi o CEO da Stellantis, Carlos Tavares quando ao lado do um investimento desse vulto, R$ 30 bilhões, pelos próximos cinco anos, da Stellantis no Brasil anunciou um investimento desse vulto, R$ 30 bilhões, pelos próximos cinco anos, da Stellantis no Brasil. Juntas, as três empresas devem investir no Brasil, R$53 bilhões com um conceito comum: o desenvolvimento de modelos ‘total flex’ e “híbridos” ou Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis (etanol) em três diferentes níveis.
O comportamento das três gigantes mundiais que atuam no Brasil há décadas e são responsáveis 70% da produção nacional destoa do que acontece no mundo inclusive nos mercados onde elas atuam onde o discurso de descarbonização lidera as conversas sobre investimentos em veículos elétricos liderados pela China e pela Tesla de Elon Musk, nos Estados Unidos.
Motor a combustão
Dito de outra forma: enquanto no resto mundo só fala de carro elétrico, no Brasil as montadoras estão anunciando todo um conjunto de projetos onde o combustível é o velho e bom etanol que ancorou toda uma tecnologia desenvolvida no Brasil, gerou uma nova geração de motores flex e agora entrou no radar as empresas que dominam o mercado de motores a combustão e indicam que, ao menos no Brasil, não desejam trocar sua base de quase 30 milhões de veículos que rodam a gasolina com 25% de etanol e etanol.
Embora indiquem que modelos elétricos puros só vão sair de fábricas no Brasil em, pelo menos, três anos está claro que das três a Stellantis é a que mais se apropria do discurso de descarbonização tendo lançado um programa que mira implantar um cuidado de redução de emissão de carbono chamado “do berço ao túmulo” que quer dizer cuidar da redução das emissões de CO2 desde a produção da carroceria com ferro, alumínio e plástico até o uso do combustível como o etanol de cana de açúcar ou mesmo milho cereal que o Brasil já se dá ao luxo de produzir etanol.
Antes do elétrico
A Stellanis tem inclusive uma vice-presidência para cuidar de seu programa de descarbonização que se tornou o principal interlocutor do setor sucroalcooleira nacional já que colocou para o setor que está disposta a percorrer uma rota que antes de fabricar um veículo elétrico puro, vai desenvolver modelos que percorrem uma jornada.
De forma simples pode-se dizer que a Stellantis desenvolveu quatro plataformas para aplicação no Brasil assim denominadas: Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT, Bio-Hybrid PLUG-IN e BEV (100% Elétrica). Elas são plataformas baseadas em tecnologias diferentes, que apresentam distintos graus de combinação térmica e da eletricidade na propulsão do veículo.
Nova Rota verde
Isso quer dizer que o grupo Stellantis (que junta 14 marcas globais) prepara o lançamento de carros movidos 100% a etanol ou com tecnologia híbrida que combina o combustível renovável à eletricidade. Os dois primeiros modelos devem chegar ao mercado até o fim de 2025.
A Stellantis reconhece que a propulsão elétrica virou tendência dominante no setor automotivo mundial, mas acredita que para se adequar ao cenário brasileiro, Especialmente quando considerado no ciclo de vida completo do automóvel, o uso do etanol é extremamente eficiente em emissões, uma vez que a cana-de-açúcar em seu ciclo de desenvolvimento vegetal absorve CO2.
Descarbonização
O vice-presidente de Assuntos Regulatórios, João Irineu Medeiros foi um dos palestrantes mais aplaudidos no Fórum Nordeste que se realizou no Recife, nesta segunda-feira (2) , por dizer que o etanol está na matriz dos projetos da gigante do setor automobilística no Brasil por ser um combustível renovável. Mas que não pode deixar de cuidar da descarbonização dos 800 mil veículos que o grupo entrega ao mercado brasileiro todo ano.
E lembrou que a Stellantis sabe que vai ter que cuidar do ciclo de vida de seus produtos do modelo Moby à RAM-Page. Ou seja, assim como a GM e a Volks não dá para simplesmente parar de fabricar veículos à combustão e fazer elétricos quando não existe infraestrutura de abastecimento.
E porque ainda quer os BEV (100% Elétrica) sejam bem charmosos aos olhos do consumidor interessado no discurso em não emitir carbono, o processo de produção e descarte de um veículo elétrico emite uma enorme quantidade de CO2. Especialmente para colocar nele uma bateria de 400 quilos.
Combustível nobre
A proposta de etanol feita porStellantis, GM e Volkswagen com o discurso de desenvolver modelos ‘total flex’ e “híbridos” ou Bio-Hybrid para as usinas produtoras de álcool é um momento especial pelo status que elas dão ao etanol feito de cana-de- açúcar. No fundo, a decisão põe o etanol num nível superior à gasolina quando o coloca como rota para o modelo híbrido.
Ou seja, na futura indústria automobilística brasileira o etanol deixa de ser componente de combustível fóssil (gasolina e diesel) para ser o combustível central para ser combinado com eletricidade. O que para a indústria sucroalcooleira é um cenário de futuro com um discurso verde.
Ricardo Brennand
O Grupo Ricardo Brennand anunciou novo projeto turístico imobiliário para o litoral sul entre a Praia do Xaréu e a Enseada dos Corais visando potencializar a vocação turística da região. O empreendimento está planejado para ser desenvolvido em seis fases em uma área de 150 mil m2, incluindo 1 km de extensão beira-mar.
O masterplan propõe hotel, condo-hoteis, residenciais e comércio e serviços contemplando soluções urbanísticas modernas prevendo calçadas largas, ciclovias, canteiros verdes e faixa para veículos, distribuindo os modais de forma a garantir conforto e segurança para moradores, turistas e visitantes.
Quilômetro de projetos
A infraestrutura prevê também espaços públicos abrigando o conceito de gentileza urbana e sustentabilidade nas soluções de construção e operação do empreendimento. O projeto prevê o equilíbrio entre o desenvolvimento turístico imobiliário de alta qualidade e o respeito ao ambiente natural existente de acordo com a atuação do Grupo Ricardo Brennand nos seus negócios.
O investimento estimado é de R$1,22 bilhão e arrecadação anual de R$10,9 milhões em IPTU para o município do Cabo de Santo Agostinho. Durante a construção das seis fases devem ser gerados 22 mil postos de trabalho.
Alto padrão
A construtora OR, que faz parte do Grupo Novonor, se prepara para lançar no Reserva do Paiva, a segunda fase do empreendimento Evoke, com foco em apartamentos compactos de alto padrão. O projeto, com áreas privativas entre 59m² e 80m², inicia cadastro de interessados a partir deste mês. O VGV (Valor Geral de Vendas) gira em torno de R$ 180 milhões.
Francisco Brennand
A Oficina Francisco Brennand triplicou as vendas de utilitários em cerâmica expostos na na CasaCor São Paulo, de maio a julho, e na SP-Arte Rotas Brasileiras. Abriu uma loja Pop Up no Shopping Iguatemi, se aproximando do seu consumidor final além do e e-commerce que já representa 40% do faturamento da empresa. A Oficina Francisco Brennand levará espaços para a CasaCor Pernambuco e Bahia ainda neste mês;
Sem FGTS
Dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, revelam que o número de empresas inscritas na Dívida Ativa da União, por não depósito do Fundo de Garantia, de dezembro de 2023 com agosto de 2024 subiu 6,42% e chegou a 215.421 que devem R$ 45.8 bilhões. Estima-se, que pelo menos cinco milhões de trabalhadores que trabalham ou trabalharam nestas empresas, tem um saldo a menor no Fundo de Garantia por não recolhimento.
Clone Boa Vista
O Shopping Boa Vista promove, até o fim deste mês, o quinto ano da ação Quinta do Clone. Toda quinta de setembro, a partir das 16h, o consumidor poderá desfrutar de um item em dobro nas lojas de alimentação participantes, entre pratos, salgados, sobremesas e/ou combos.
Super Mix 2024
A Super Mix 2024, que ocorrerá de 2 a 4 de outubro no Pernambuco Centro de Convenções junto com a HFN – Hotel & Food Nordeste, espera receber mais de 26 mil visitantes em sua 18ª edição. A feira é organizada pela Insight Feiras e Negócios e promovida pela ASPA e APES, com patrocínio Prata da São Braz.
Dia do Irmão
O RioMar Recife promove até hoje (5) de forma inédita a campanha de Dia do Irmão. No período, haverá oportunidades de compras de presentes nas mais de 400 operações, em diversos segmentos de produtos e serviços.
Litigância excessiva
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está estudando a edição de uma resolução ou um normativo para tratar do que chama de litigância excessiva que, inclui, milhares de processo relacionados ao Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a CBIC, o valor médio da ação contra o programa é de R$ 110 mil e tem objetivo meramente financeiro, porque os processos não pedem a correção dos vícios.
O fenômeno da litigância excessiva também está sendo observado em relação a milhares de ações contras empresas aéreas cobrando indenizações financeiras por atrasos nos vôos. Nos dois casos o numero de ações iguais ou assemelhadas passam dos 100 mil casos.