Seca se impõe sem que governo tenha abordagem que lhe permita reduzir impactos na economia
Autoridade Climática é bom para governo comunicar que elevou o nível de importância que está dando a questão. Mas vai precisar gastar com o a crise.
Depois de 20 meses de governo, o anúncia da criação de uma Autoridade Climática, órgão concebido ainda durante a campanha eleitoral de 2022 se tornou dispensável. Pela gravidade da situação onde as queimadas se tornaram o exemplo visível não apenas em função do desastre ambiental assim como pelo potencial de destruição dos produtos agrícolas nos próximos meses.
Criar uma Autoridade Climática agora pode até ser interessante para o governo comunicar que finalmente elevou o nível de importância que está dando a questão. Mas a pergunta básica é: quanto da União está disposto a gastar em 2024 e 2025 para, ao menos, organizar o gerenciamento dessa crise que não é mais passageira?
Certo. Não podemos minimizar a questão do problema da seca que atinge todos os biomas brasileiros é agora uma questão econômica e política entretanto não se pode deixar de ver que o governo Lula não tem nenhum plano para enfrentar o problema. A própria maneira como a Autoridade Climática foi comunicada revela que o govenro está à reboque da crise e não se sabe quem vai comandá-la e muito menos qual o orçamento previsto.
Quanto vai custar
Autoridade Climática é uma ação que pode acontecer. No mercado financeiro, o que se discute agora é quanto vai custar o combate ao fogo, a recuperação de áreas incendiadas, o efeito nas culturas de ciclo curto e os efeitos nos preços internos e, consequentemente, os efeitos na exportação.
E o que é preciso prestar atenção não é só o que vai acontecer no campo quando o agricultor começar a semear as safras de 2025. A necessidade de mais tratos culturais, mais fertilizantes e revisão de todo o planejamento financeiro da atividade em função de uma realidade diferente. Com o retardo do La Niña todo o escopo de produção agrícola terá que ser revisto.
Investimento em TI
Para se entender o tamanho do mercado que o agronegócio se tornou, é preciso voltar para a década de 1970, quando o país iniciou um intenso processo de modernização, o que hoje se reflete nas fazendas e nos mais sofisticados processos de maquinários no campo. Dados da Embrapa mostram que os investimentos em tecnologia foram responsáveis por 59% do crescimento do valor bruto da produção agrícola no país entre a década de 1970 e 2022.
Claro que com o nível de tecnologia que o agronegócio onde o Brasil se tornou o maior mercado de agtechs da América Latina, com 76,5% do total de tudo que foi investido na América Latina ajuda. Mas sem chuva todo esse aparato tecnológico inclusive de Inteligência Artificial só serve para medir exatamente o estrago na próxima safra.
O fator seca
O problema é que a seca já impacta nas cotações de preços das commodities agrícolas. Os números do Cepea/Esalq que coleta dados dos preços de 20 produtos agrícolas revelam que todas as 10 culturas produzidas no Brasil estão com tendência de alta nos últimos 30 dias com maiores altas nas últimas duas semanas.
Vale para açúcar, algodão, arroz, café, laranja, mandioca, milho, soja e feijão. Apenas o trigo está com preços estáveis segundo os números apurados. E essa tendência está constatada também na proteína animal onde os preços do boi, frango e leite estão com tendência de alta.
Apenas as carnes suínas e ovinas estão estáveis, assim como leite e ovos. O problema é que frango e ovo dependem de milho que em apenas duas semanas saiu de R$60,12 a saca de 60 quilos para R$62,82. Isso fez com que o quilo do frango que saia da granja por R$7,02 há 30 dias esteja agora em R$7,28 o quilo.
Safra e abate
Mas as cotações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) fazem parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) mostram a fotografia do que já está pronto para o consumo no atacado. Ou seja, o que já foi colhido e levado para o abate. Ainda não existem dados mais robustos sobre o impacto disso na safra.
Nesta quarta-feira , o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos e que a inflação "preocupa um pouquinho". É uma afirmação pouco crível, pois ainda não existem disponíveis, por exemplo, avaliações das consultorias de produtos agrícolas que acompanham isso no campo. O ministro, é importante lembrar, também não deve fazer previsões catastróficas já que o que fala tem impacto no mercado financeiro.
Fim do Pantanal
Outra coisa é a constatação de nomes como o climatologista Carlos Nobre que disse estar apavorado numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ao revelar que a crise climática explodiu um pouco antes do que os próprios cientistas previam. “Tudo indica que em 2024 devemos bater mais um recorde de temperatura.
As ondas de calor e as secas intensas assolam o planeta. E isso no Brasil tem extremos como o Brasil registra mais de 5 mil focos de incêndio em setembro quando em maio o Rio Grande do Sul ficou quase inteiro debaixo da água.
Carlos Nobre usa seu prestígio de climatologista para alertar que o “Pantanal deve acabar até 2070 e a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, terá metade da sua área devastada até essa década se o desmatamento continuar no ritmo atual.”
Efeito na produção
O alerta de Carlos Nobre é mais preocupante porque vizinho ao Pantanal e Amazônia é a maior região produtora de commodities da América do Sul e da maior área de pastagens de gado do planeta.
Entretanto, o mais surpreendente é que o governo não tenha passado para a sociedade uma imagem de ação e estratégia de enfrentamento. Na última terça-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva alertou para o fato de que em 2024 o Brasil está vendo sua floresta úmida queimar. O alerta é assustador, mas quem dentro do governo está levando essa afirmação a sério e pensando em como, daqui para frente, o país terá que conviver.
Dino dá uma real
O que ficou claro (e o gesto do ministro Flávio Dino em determinar que o governo convoque bombeiros) é que depois de três meses nem o ministério do Meio Ambiente nem os da Agricultura e Justiça foram capazes de formatar e desenhar uma ação de combate ao fogo e suas origens. Na prática é como se o governo entendesse que as ações dos brigadistas resolveram a questão sem uma análise mais central da realidade que a partir de agora o Brasil vai enfrentar.
Passa a imagem de que 2024 será apenas o ano onde aconteceu a maior seca dos últimos 70 anos. Não é. E é por isso que o anúncio da criação de uma Autoridade Climática se tornou insuficiente. Até porque antes disso será preciso definir quanto é mesmo que o governo precisa gastar para conviver com essa nova realidade.
O Tiranosaurus Rex do Fisco
Pouca gente sabe, mas todas as vezes que alguém faz um depósito em dinheiro no valor de R$5 mil em qualquer banco é disparado um informe criptografado para a Receita Federal. Quem recebe o dado é um supercomputador que o Brasil adquiriu com autorização do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Fabricado pela IBM, a capacidade de processamento do T-REX é de 10 petaflops (10 milhões de bilhões de operações de ponto flutuante por segundo) Sua capacidade de armazenamento é de 100 petabytes (100 milhões de gigabytes).
Na Receita Federal ele foi chamado em razão da capacidade de processamento de “Tiranosaurus Rex“ que virou “T-REX “. A intenção é por todos os brasileiros lá dentro e está conectado os estados as Juntas Comerciais e Cartórios. Falta só os municípios, que não tem estrutura para acessar o computador.
XP Conexões
A Câmara de Inovação Brasil-Portugal promove no Recife o XP Conexões de Mercado, encontro sobre investimentos e networking dia 19 no Espaço XP, em Boa Viagem. Está presente o economista Rian Tavares (SP), sócio da XP Investimentos, Alessandra Andrade, superintendente da Amcham e o advogado Amadeu Mendonca (PE), que cuidou do planejamento patrimonial de famílias empresárias no Nordeste.
Recife precisa de pontes
Depois de inaugurar a Ponte Jaime Gusmão, iniciar a ponte Areias Imbiribeira e anunciar a licitação da ponte Cordeiro Casa Forte a prefeitura trabalha em mais outras três no Recife: A ponte sobre o Rio Morno, outra sobre o Canal do Arruda e um pontilhão Rua Amélia - Agamenon Magalhães. Mas existem contratações de mais três pontilhões no bairro de Boa Viagem (Setúbal). na Rua João Cardoso Aires, na Rua Copacabana para a R. Luiz Pimentel e a da Rua Cônego Romeu com a Rua Engenheiro Zael Diógenes.
Na verdade, o aumento do trânsito de veículos virou um problema com a geração de tráfego intenso em ruas adjacentes às pontes existentes. A ponte Areias-Imbiribeira é um caso clássico onde um motorista precisa ir até Afogados e pegar a Mascarenhas de Morais.
John Deere
O Banco do Nordeste e o gigante John Deere, a maior fabricante de equipamentos agrícolas no mundo, assinaram, novo acordo de cooperação técnica para facilitar o acesso dos produtores rurais a linhas de crédito específicas para aquisição de tratores, colheitadeiras, plantadeiras e outros equipamentos.
O objetivo é oferecer melhores condições para os agropecuaristas. O acordo renova a parceria que ocorre desde 2004 e resultou na contratação de R$934,1 milhões em 520 operações de crédito. O valor médio das operações foi de R$1,7 milhão.
RioMar Design
A 14ª edição da MADE – Mostra de Artesanato, Arte e Design de Pernambuco acontece entre os dias 15 e 28 de setembro, no RioMar. Este ano, serão 60 artesãos de todo o Estado, movimentando o empreendedorismo local. O tema será: "A sustentabilidade e a arte: o futuro nas mãos de cada um de nós".
Negócios Fitness
Nos dias 28 e 29, no Expo Center Recife acontece a Recifitness, a feira fitness de Pernambuco coordenada pela empresária Juliana Medeiros, com a expectativa de gerar R$5 milhões na rodada de negócios na movimentação de maquinários e equipamentos de academia, entre empresários do Nordeste.
Cynthia Radich
A empresária argentina Cynthia Radich lança Entre os dias neste final de semana em Japaratinga, litoral de Alagoas o Pachamama, seu novo empreendimento. O Pachamama terá 140 lotes de terrenos de 250 metros quadrados cada. Os futuros proprietários poderão escolher entre três modelos exclusivos de casas projetadas para integrar harmoniosamente com a paisagem paradisíaca de Japaratinga.
Dislub Equador
A Convém, marca de loja de conveniência do Grupo Dislub Equador testada no uma unidade da franquia em Muro Alto, no litoral sul pernambucano concorre à premiação internacional NACS Convenience Retailer of the Year Award Latin America 10 de outubro, em Las Vegas, nos Estados Unidos.