Dívida Pública volta a preocupar mercado que teme custo do dinheiro para financiamento às empresas
No fundo é como se os bancos tivessem que atender primeiro ao cliente Tesouro Nacional que oferece títulos 100% garantidos e a seguir ao mercado.
Na mesma semana em que a agência de classificação Moody’s colocou o Brasil apena sum degrau abaixo do que classifica o país com grau de investimento, a questão da Dívida Pública Federal voltou ao noticiário, seja pela análise de economistas preocupados com o custo do dinheiro que o Governo Lula está pagando para fazer sua rolagem como pela trajetória de seu crescimento e, consequentemente, no que isso impacta para as empresas na hora de tomar crédito.
Poucas pessoas percebem que quanto mais a DPF sobe, as dificuldade das empresas (especialmente as médias e pequenas) tem dificuldade de tomar crédito para o capital de giro e antecipação de recebíveis porque na mesa do gerente elas acabam competindo com o governo.
Cliente preferencial
Funciona assim: todos os dias úteis o Tesouro Nacional precisa tomar crédito para pagar os compromissos assumidos há pelo menos um ano antes quando emite títulos públicos que somados à arrecadação pagam os compromissos diários do governo. Quando não tem em caixa todo esse dinheiro, o governo oferece títulos ao mercado que cobra taxas de juros ancoradas na Taxa Selic.
No fundo é como se os bancos tivessem que atender primeiro ao cliente Tesouro Nacional que oferece títulos 100% garantidos e a seguir ao mercado na ordem de importância onde primeiro vem as grandes empresas e, a seguir, as demais.
Tendência de alta
O que está preocupando o mercado (e as entidades empresariais) é que há 14 meses a trajetória da Dívida Pública Federal só faz subir influenciada pelo comportamento do Governo Lula que ancorou sua gestão financeira na busca por mais receitas em lugar de reduzir despesas.
Foi por isso que a mudança da classificação de risco das Moody 's causou tanta polêmica entre analistas financeiros. E fez entidades como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgar um estudo da onde estima que o crescimento descontrolado da DPF terá, nos próximos 50 anos, impactos profundos no Produto Interno Bruto (PIB).
CNC preocupada
A CNC afirma que o Brasil experimentou um crescimento de 84% na última década, com uma taxa média de 7% ao ano. No entanto, o aumento significativo dos gastos públicos, que cresceram a uma taxa média de 53% ao ano nos últimos 20 anos, contrasta com uma ampliação de apenas 35% nas receitas.
Os objetivos da CNC tem foco na defesa de uma reforma administrativa (que já tem projetos no Congresso) mas que o governo Lula sequer admite conversas. Mas sua preocupação com a trajetória da dívida não é diferente dos analistas porque a imagem que o governo passa é de que a questão está sob controle e que em 2025 essa trajetória deverá mudar para baixo.
Sete trilhões
Pode ser, mas mesmo que o estoque da DPF apresentou redução, em termos nominais, de 1,46%, passando de R$ 7,13 trilhões, em julho, para R$ 7,03 trilhões, em agosto o mercado agora só quer emprestar ao governo cobrando juros baseados numa taxa flutuante (46,85%) que já soma uma dívida de R$ 3,29 trilhões cujas taxas serão conhecidas apenas quando o título do governo se vencer. E mais ainda porque 17,69% desses títulos (R$1,24 trilhões) vencem em apenas 12 meses e outros 19,09% (R$1,34 trilhões) em dois anos. A única notícia boa desse quadro é que em agosto, o percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses teve queda de 20,62%, em julho, para 17,69%.
Custo na ponta
Mas o problema se materializa mesmo no mercado porque isso acaba definindo o quanto os bancos vão cobrar aos demais clientes, até porque parte de quanto o governo paga aos bancos têm como base a Selic que está 10.75% ao ano.
Na mesa do gerente o empresário acaba tomando crédito com base naquilo que sobrou depois que o banco emprestou ao governo e isso acaba travando a economia. Ainda mais porque exatamente depois que a trajetória da PF começou a tendência de alta o ministério da Fazenda iniciou toda sua estratégia de atuar no Congresso de aumentar a arrecadação aplicando uma série de ações de revisão da legislação, aumento de alíquotas de tributos já cobrados e contestação junto ao STF para referendar sua postura.
Custo do pet
A nova projeção da Abinpet e do Instituto Pet Brasil (IPB) revela que o Brasil, terceiro lugar no ranking mundial de faturamento, atrás apenas dos Estados Unidos (44,9%) e China (8,45%) terá este ano um faturamento de R$ 77 bilhões ocupando 5,54% do mercado global. O crescimento foi impulsionado por uma demanda crescente por alimentos premium, serviços veterinários e acessórios tecnológicos para pets.
No Brasil, o mercado de produtos e serviços para pets segue em franca expansão, com movimentação de cerca de R$67,4 bilhões em 2023, aumento de 12%. Em termos de participação no varejo, os pet shops de pequeno e médio porte continuam a representar quase metade do total de vendas do setor. Estima-se que, até o final de 2024, esses estabelecimentos movimentem aproximadamente R$37,5 bilhões.
Segundo a Abinpet, o valor médio mensal gasto por tutores no Brasil é de aproximadamente R$500, enquanto globalmente, o ticket médio anual alcança cerca de US$1.500, de acordo com a American Pet Products Association (APPA).
Maquininhas
Apesar do sucesso do PIX, as maquininhas de cartão se tornaram essenciais, oferecendo não só transações mais seguras, mas também a capacidade de atender a um público cada vez mais adepto dos meios de pagamento digitais. O setor informal no Brasil desempenha um papel de grande relevância, representando cerca de 17% do PIB, segundo o Banco Mundial.
Aviação executiva
O mercado da aviação executiva no Brasil não vê crise. Segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) o setor trabalha com um crescimento de 103% só nos próximos cinco anos usando dados do recente levantamento elaborado pela Mordor Intelligence, uma das maiores consultorias globais em pesquisa e inteligência de mercado. Em 2024, o crescimento previsto para a região é de US$640 milhões; e para 2029, a previsão é de um salto de US$1,31 bilhão. O Brasil tem hoje uma frota de 906 jatos executivos, e uma frota operacional na aviação de negócios de 9.692 aeronaves.
Método Mix Mateus
Liderada pelo empresário Mauro Buarque, a Método Ambiental é a responsável por todas as etapas de licenciamento ambiental do Grupo Mix Mateus na RMR. Até o momento, a empresa já licenciou oito lojas da rede e se prepara para entregar as duas últimas deste ano. A de Casa Forte, que será inaugurada no fim deste mês, e a unidade de Boa Viagem, no fim de dezembro.
Sapato chinês
Apesar do setor calçadista cearense ter recuperado o fôlego na geração de empregos em 2024 a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) está assustada como o que chama de "invasão chinesa" provocada pelo crescimento das importações pelo Brasil do produto asiático, principalmente, a partir de um possível acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China. No Ceará o segmento de calçados é o segundo que mais emprega em todo o Ceará, atrás apenas da indústria da construção civil.
Greentech NE
Nesta quinta-feira (10), a Greentech Locação Interlogisitca inicia suas operações em Pernambuco ao inaugurar suas instalações numa plataforma de serviços na BR-101 Sul, número 1532 em Jaboatão dos Guararapes. A Greentech é uma empresa que há mais de 43 anos fornece soluções intralogísticas no Brasil com unidades em São Paulo, Minas e agora Pernambuco.
BNB Investidor
Até esta terça-feira, o Banco do Nordeste (BNB) recebe inscrições para o 3º Fórum Banco do Nordeste do Investidor, que será realizado nesta quarta-feira, 9, das 8h30 às 13h na sede da instituição em Fortaleza. A edição deste ano contará com a participação de do escritor e consultor financeiro Gustavo Cerbasi e do professor e consultor de certificações Edgar Abreu.
Energia guardada
Nesta quarta-feira, das 9h às 12h, na Base Aérea de Brasília. ABSAE apresenta a Exposição de BESS (Sistemas de Armazenamento de Energia)por ocasião das Sanção do Programa Combustíveis do Futuro, que vai acontecer durante a Feira Liderança Verde Brasil Expo. A ABSAE é a instituição que representa os produtores da tecnologia de armazenamento de energia que terá seu primeiro leilão de oferta, em 2025 feito pela Aneel.
Edital Inova SUAS
A Sudene divulgou a primeira lista de projetos habilitados no Edital Inova Suas, iniciativa que vai investir R$ 1 milhão em propostas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que apresentem soluções capazes de ampliar o impacto do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) no âmbito municipal. Das 26 propostas enviadas, sete foram habilitadas nos projetos Sigisa (para apoio a Gestão de Saúde e Tecnologia Ltda.); IQS-CRAS, Instrumentos de inovação no processo de avaliação no SUAS; Plataforma Pólen AINovaSUAS, da Pólen Design Ltda., Abordagem Social" da Green Code Inovação Tecnologia Ltda; Conexão Digital 60+ para Inclusão, Saúde e Bem-Estar para Idoso Z da Future Soluções em Inovação Ltda.Aquilomba Paif (metodologias para a oferta culturalmente adequada aos povos quilombolas, da Sênior Instituto de Educação em Gestão Pública e o Gesuas, da Jungle Consultoria e Soluções Sociais Ltda.