Sem orcamento, Brasil precisa qualificar 14 milhões de profissionais até 2027 se economia continuar a crescer

Apenas na área de Logística e Transporte as necessidades são de 474,6 mil para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas.

Publicado em 22/10/2024 às 0:05

Ficou pronto no novo Mapa do Trabalho Industrial feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da CNI onde se constata que para atender a demanda da indústria brasileira nos próximos três anos, será necessário qualificar cerca de 14 milhões de profissionais entre 2025 e 2027

O documento não estima o custo disso, mas avisa que teremos necessidade de formação de 2,2 milhões novos profissionais e o mais difícil: requalificação de 11,8 milhões que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho. E considera que os níveis atuais de desemprego apurados pelo IBGE devem se manter.

Demanda por pessoas

Segundo o IBGE a taxa de desocupação caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024 se constituindo na menor taxa para um trimestre encerrado em agosto na série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012. O estudo é importante porque ajuda no planejamento e oferta de cursos de qualificação profissional do SENAI, mas os dados se revelam extremamente desafiadores.

Quando afirma que as projeções também mostram que 11,8 milhões de trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências, o estudo abre uma questão estratégica: como fazer a que custo.

Entender e entregar

Explica-se somente na área de Logística e Transporte as necessidades para os novos trabalhadores são de 474,6 mil, com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas; na Construção, 364 mil, para profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria e fundações.

E no segmento de manutenção e Reparação devem ser treinados 179,4 mil, para mecânicos de manutenção de veículos automotores, de máquinas industriais, eletricistas de manutenção eletroeletrônica e muitos mais.

Divulação
Industria exige cada vez mais operários com treinamento em máquinas equipamentos de ultima geração - Divulação

Já falta gente

Esse é um problema de hoje. Na semana passada uma outra pesquisa (Sondagem Industrial) mostrou que a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados é atualmente a preocupação dos industriais no terceiro trimestre. O problema ocupava o 6º lugar na lista entre abril e junho, mas pulou para o último levantamento. Detalhe: depois de subir em julho e em agosto, a produção industrial caiu em setembro, mas o indicador que mede o número de empregados chegou aos 51,1 pontos.

O documento diz que independentemente da melhoria do equipamento que as indústrias precisam comprar para se atualizar e ser competitiva, em 2027 o Brasil deverá ter 38,8 milhões de trabalhadores nos 10 principais segmentos das indústrias.

Logística 360º

Pegando apenas os cincos primeiros, a oferta de emprego será de 8,17 milhões no setor de Logística e Transporte; mais 4,44 milhões na Construção; outros 3,5 milhões na Operação industrial; 3,28 milhões na área de Metalmecânica e 2,80 milhões no setor de Manutenção e reparação.

Isso demanda um extraordinário desafio porque na medida em que a indústria amplia seus investimentos em máquinas e equipamentos que agora podem gozar do benefício de depreciação em dois anos, precisa de mais empregados escolarizados que estão pressionando por melhores salários.

Temos vagas

Essa demanda tem detalhes interessantes: Na região Centro-Oeste onde a demanda por formação industrial na formação inicial é de 188.900 profissionais e mais 1.006.300 para serem atualizados está ligada ao agronegócio que a cada diz está mais sofisticado e demandante de tecnologia e onde a logística deixou de ser a simples preocupação com a contratação do caminhão para levar milho, soja, feijão e algodão ao porto. Aquilo que o estudo chama de demanda por qualificação na área industrial e correlata.

O estudo prevê que em Pernambuco, as áreas de formação que mais vão gerar empregos até 2027 serão Logística & Transporte (com 106,7 mil trabalhadores), seguida por Construção (77,5 mil), Operação Industrial (47,8 mil), Metalmecânica (39 mil) e Manutenção & Reparação (35,8 mil). Onde a demanda por formação inicial será de 64,4 mil e a de treinamento & desenvolvimento será de 329,1 mil.

Quem paga a conta?

O que nos remete à questão: quem vai pagar essa conta desse processo? E ainda quem serão os professores que vão cuidar disso? Sabendo que apenas o Senai não tem como dar conta.

O que empurra o desafio para os estados e onde Pernambuco - com sua rede de escolas técnicas - pode ser um diferencial. Naturalmente se a secretaria de Educação mergulhar no estudo atualizar os currículos e entender do que a indústria está precisando e o que vai precisar. E sabendo que não vai custar barato.

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A nova safra do vinho Pêra-Manca Tinto 2018 tem preço sugerido por garrafa é de R.358,12. - Divulgação

Pêra-Manca 2018

A ProWine São Paulo 2024 foi o palco escolhido para o lançamento da nova safra do vinho Pêra-Manca Tinto 2018, que se apresenta como um novo capítulo na história da marca. Pela primeira vez, a ação ocorreu fora de Portugal e ao todo foram produzidas 21 mil garrafas das quais seis mil (mil caixas com seis garrafas) estão destinadas ao Brasil. Ele é envasado após amadurecimento em tanques de carvalho francês por 18 meses e, por último, um processo de maturação nas caves do Convento da Cartuxa, até chegar à forma considerada ideal pela vinícola. O preço sugerido por garrafa é de R$5.358,12.

O vindo de Cabral

No evento o diretor comercial e de marketing e membro do Conselho Executivo da Fundação Eugénio de Almeida, João Teixeira lembrou que Pêra-Manca tem uma importância e carinho especial no Brasil já que segundo a História, ele foi o vinho que Pedro Álvares Cabral utilizou para selar o encontrou com os indígenas no século XVI – no descobrimento do País.

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Hospitalmed vai debater a indústia de medicamentos em farmácias de hospitais. - Divulgação

ONA da Hospital Med

A Organização Nacional de Acreditação (ONA) certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, tendo como foco principal a segurança do paciente que participa da Hospital Med 2024 nesta quinta e sexta-feira das 14h às 20h no Centro de Convenções de Pernambuco.

Atualmente a ONA detém 72,1% do mercado de acreditação, totalizando mais de 1.400 certificados, dos quais 424 são hospitais. Ao todo, 1.359 organizações (12% no Nordeste) são acreditadas pela ONA, sendo 68,4% de gestão privada, 22,2% de gestão pública, 8,3% de gestão filantrópica e 0,1% de gestão militar.

Masterboi SIAL

A Masterboi uma das maiores indústrias frigoríficas do país, com três unidades pelo país: em Nova Olinda, no Estado do Tocantins; em São Geraldo do Araguaia, no Pará; e em Canhotinho, no Agreste de Pernambuco está participando do Salão Internacional da Alimentação (SIAL), uma das mais importantes exposições de alimentos do mundo.

Nos últimos cinco anos, a empresa multiplicou o volume de cinco mil toneladas/ano e projeta chegar a 37.000 toneladas em 2025. Atualmente, a empresa possui as certificações de empresa exportadora de alimentos, habilitada para 117 países.

Catchup Tambaú

Os mascotes Tómas e Tinho ancoram a nova campanha publicitária da Tambú voltada apenas para a linha de Catchup 100% Nordestino. Eles estão no projeto especial de frontlight, no viaduto Capitão Temudo, localizado na Ilha de Joana Bezerra, destacando a colocação do catchup da garrafinha de 830g num hambúrguer. O Catchup da Tambaú é o preferido nos lares do Nordeste há mais de 10 anos.

Eu conservador

O Itaú identificou um crescimento de 20% na média mensal do número de clientes investidores que contrataram Tesouro Direto na comparação entre janeiro de 2023 e agosto deste ano. O dado é interessante, mas revela que o maior aumento foi verificado nas carteiras de clientes que possuem renda mensal superior a R$ 15 mil ou com mais de R$ 250 mil investidos que preferem títulos indexados à inflação e os atrelados à taxa Selic, que corresponderam a 75% das ordens de compra feitas em agosto deste ano ou seja tem perfis conservadores.

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A nova fábrica de porcelanas da Tramontina em Moreno, em Pernambuco, com capacidade diária de produção de 48 mil peças - Divulgação


Minha cerâmica

Inaugurada em 2022, a fábrica de porcelanas da Tramontina em Moreno, em Pernambuco, com capacidade diária de produção de 48 mil peças, está se destacando no mercado food service, segmento em que atua há mais de 50 anos. Hoje, as vendas em porcelana para o setor de hospitalidade – que inclui não apenas utensílios, mas também o mobiliário especializado personalizado.

Ele atende a um mercado que compra pratos, xícaras, pires, travessas, saladeiras e tigelas e que representa 20% do total produzido pela fábrica e são um ramo em expansão dentro da empresa.

Foto: Mariana Pekin
João Sanches, CEO da Trinity - Foto: Mariana Pekin

Trinity Nordeste

A empresa de energia brasileira Trinity Energias Renováveis tem realizado investimentos firmes no Nordeste e, até o final de 2025, planeja investir R$311 milhões para inaugurar 47 usinas, em 24 municípios espalhados pelos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí. Juntas, vão somar potência de aproximadamente 80 MWp (Mega What Pico).

De acordo com João Sanches, CEO da Trinity, o objetivo é expandir o mercado na Região por força das incidências solares, uma das maiores do mundo, e das condições de financiamento favoráveis.

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