Escrever é um ato social

A emoção de quem escreve deixa a famosa solidão da escrita para ir direto ao abraço de quem lê

Fábio Lucas
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Fábio Lucas
Publicado em 16/07/2023 às 0:00
Ramon Blanco Fernandez
Mariana Ianelli no lançamento de seu novo livro - FOTO: Ramon Blanco Fernandez

Foi no Sebo Pura Poesia, em São Paulo, na sexta, o lançamento de “Dança no alto da chama”, poemas de Mariana Ianelli, publicado pela editora Cousa. Um dentre muitos encontros que se multiplicam pelo país em torno da literatura, quando quem escreve se reparte em tinta e papel para que as leituras aconteçam. A emoção de quem escreve deixa a famosa solidão da escrita para ir direto ao abraço de quem lê. Os autógrafos são outras letras, rabiscadas para que o encontro se cumpra. A autoria abraça amigos, a família e os novos conhecidos que se apresentam como leitores. E se renova na paixão pela palavra revigorada pelos sentidos na literatura à flor da pele.
Escrever pode ser um ato íntimo, dilacerante, penoso ou epifânico. Mas também se mostra um ato social: as palavras reunidas em livros são desejadas e degustadas pelas pessoas, em cerimônias coletivas repletas de significado afetivo. O enlaçamento literário se dá de qualquer forma, mesmo quando a ligação com os autores se dá na posteridade. Mas o evento de entrega e acolhimento de um novo livro diz muito sobre a essência da escrita, impulsionada a cada leitura.

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A editora da Claraboia, Tainã Bispo - Divulgação

Claraboia para mulheres

A editora Claraboia está com chamada para recebimento de originais de romances inéditos escritos por mulheres até o final do mês de julho. “O mercado editorial é difícil de entender e adentrar, além de ser totalmente atravessado pelas nossas questões estruturais de raça, gênero e classe. Por isso, acredito que as chamadas – que tem sido um recurso interessante usado por muitas editoras – é uma forma de tornar esse processo mais acessível e diverso”, destaca Tainã Bispo na Carta da Clara, distribuída por e-mail. O formulário para envio de originais pode ser encontrado no site www.editoraclaraboia.com.br.


O menino azul

Está saindo pela Global nova edição do clássico infantil de Cecília Meireles, com ilustrações de Camila Carrossine. Publicado em 1964 no livro “Ou isto ou aquilo”, o poema “O menino azul” aborda as descobertas de uma criança à procura de um burrinho para ser seu amigo.

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O escritor e ator Jardel Camelo - Divulgação

Guardado na nuvem 

Entrou em pré-venda o romance de estreia do cearense Jardel Camelo, que além de escritor também é ator, dublador e palhaço. O livro conta a história de um escritor anônimo e alcoólatra que sonha em publicar ficção científica. Para apoiar a publicação e adquirir a obra, acesse www.editorafolhasderelva.com.br.


Pestalozzi

A editora Unesp está lançando no Brasil a obra “Como Gertrude ensina suas crianças”, do educador suíço Johann Heinrich Pestalozzi, que viveu entre os séculos 18 e 19. Um clássico da pedagogia, o livro reúne cartas do autor ao seu editor. A publicação tem tradução de Cauê Polla, e apresentação de Vera Teresa Valdemarin.


Escritos da cor da noite

Será nesta quarta o lançamento do livro de Joaninha Dias e Mamá, no Auditório Capiba da Uninassau das Graças, no Recife: “Escritos da cor da noite: a poesia feita por mulheres negras”. Um percentual de 40% da tiragem será doado para escolas, coletivos e organizações. O evento de autógrafos começa às 7 da noite.


Pretos Prazeres

Na quinta, a Livraria do Jardim, no Recife, recebe o lançamento do novo de Odailta Alves, “Pretos Prazeres”, a partir das 18h. Antes, desde a 1 da tarde, a programação da livraria celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, e traz cantos afro-brasileiros, exposição, contação de histórias, roda de diálogo sobre empreendedorismo criativo e Feira das Mulheres Pretas.


Letras e artes em Aracaju

Na sexta, a Biblioteca Pública Epifânio Dória sedia o 1º Seminário de Letras e Artes da Academia de Letras de Aracaju (ALA), com programação das 8 da manhã às 5 da tarde, sob o tema geral “Sonhar um novo mundo”. A mesa de abertura debate “Educar para o sonho: a literatura na infância”, com Aglacy Mary e Aillez, que é a escritora homenageada do evento, e mediação de Gustavo Aragão. Saiba mais no Instagram @academiadearacaju.

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Ricardo Mituti é um dos idealizadores do Viva Livros - Divulgação

Viva Livros 

A escritora Carla Madeira é a convidada para a experiência literária Viva Livros, de sexta a domingo, no Sítio Vila do Sol, nas montanhas de Gonçalves (MG). O projeto concebido por Ricardo Mituti e Egle Maria Gallian propõe uma vivência humanística de imersão na literatura com a natureza. Os participantes poderão conversar com Carla Madeira sobre o processo criativo de seus romances, como “Tudo é rio” e “Véspera”, ambos publicados pela Record. Para mais informações sobre a programação e inscrições, acesse @ricardomituti_escritor no Instagram. O evento conta com o apoio da Casa Arca, que realiza laboratórios de leitura, viagens literárias e experiências culturais.


Revolução digital

De 8 a 11 de agosto, a Universidade do Livro oferece curso ministrado pelo professor emérito de Cambridge, John B. Thompson: “O impacto da revolução digital no mercado editorial”, das 15h às 17h, ao vivo, direto da Inglaterra, com tradução simultânea. Thompson é autor de “As guerras do livro: A revolução digital no mundo editorial” (Unesp, 2021). Inscrições em www.universidadedolivro.com.br.


Pomerode

Conhecida como a cidade mais alemã do Brasil, Pomerode, em Santa Catarina, divulgou a programação do seu Festival Literário Internacional, que será de 9 a 13 de agosto, o Flipomerode. Entre as presenças confirmadas, Uljana Wolf, poeta com mais de 20 prêmios literários, que estará no evento em um debate com o poeta e tradutor brasileiro Paulo Henriques Britto. Mais informações e a programação completa no www.jornaldepomerode.com.br e no site oficial www.flipomerode.com.


Mulherio das Letras na Paraíba

A inauguração da Coleção Mulherio das Letras na Biblioteca Juarez da Gama Batista, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, marca uma conquista para as escritoras em João Pessoa (PB). Idealizado pelo Mulherio das Letras JP, a coleção está recebendo obras de autoria feminina, e tem o apoio da editora Sanhauá, da Funesc e da plataforma de gestão pública CBA Ityhy.


Escrevedeira

Perto de completar cinco anos de existência, o Centro Cultural Literário de Noemi Jaffe, Luciana Gerbovic e João Bandeira ultrapassa 50 mil seguidores no Instagram. Com cursos e oficinas de literatura e escrita criativa, a Escrevedeira tem base em São Paulo, na Vila Madalena, mas além da agenda presencial mantém amplo leque de atividades remotas pela internet. Nesta segunda-feira, por exemplo, têm início dois cursos: “Onde moram as utopias?” com Natália Borges Polesse, e “Escrever vidas” com Joselia Aguiar. Confira a programação completa no site www.escrevedeira.com.br.


Escrita em movimento

O novo livro de Noemi Jaffe, por sinal, já está em pré-venda no site da Companhia das Letras. “Escrita em movimento – Sete princípios do fazer literário” é a síntese da experiência acumulada pela autora em décadas de oficinas literárias. Na obra, a criadora da Escrevedeira oferece “uma jornada pela exploração e pelo desenvolvimento da voz literária única de cada artista através da conscientização dos próprios processos”. Para apoiar, acesse www.companhiadasletras.com.br.

Camila Martins

Tóia Azevedo e Bruna Mitrano na Livraria da Tarde - Camila Martins

Ninguém quis ver 

Bruna Mitrano lançou na quinta, na Livraria da tarde, em São Paulo, “Ninguém quis ver”, livro de poemas pela Companhia das Letras. Quem esteve lá e fez pose pra foto foi a também escritora e artista visual Tóia Azevedo.

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