Criatividade na escrita: para além da literatura

Um escritor não se faz apenas com inspiração e uma fola de papel ou tela em branco na frente. Conhecimentos e técnicas de escrita ampliam o repertório criativo e podem aguçar a expressão literária. Mas não só do ponto de vista artístico. Escrever bem pode servir a um vasto leque de atividades.

“A escrita criativa é importante para profissionais de qualquer área. Como temos dito, em um mundo com cada vez mais estímulos e narrativas, se destaca não somente quem conta boas histórias, mas quem sabe como contá-las da melhor forma”, diz a coordenadora do curso de especialização em Escrita Criativa da Cesar School, a escritora Clarice Freire.

“Não basta ter algo a dizer: é importantíssimo dominar as melhores práticas e ferramentas da escrita, seja o seu objetivo literário, artístico, pessoal ou mais mercadológico”. Para ela, encontrar a própria voz autoral é uma maneira efetiva de alguém escrever melhor, se comunicar melhor, logo, se relacionar melhor com o outro. “Em um contexto no qual todos têm o que falar, encontrar originalidade e conhecer caminhos da técnica criativa se torna indispensável”.

Com a duração de um ano e meio em 360 horas em aulas remotas e noturnas, o curso de especialização em Escrita Criativa da Cesar School é reconhecido pelo Ministério da Educação. No corpo docente estão nomes como Micheliny Verunschk, Marcelino Freire, Antônio Marinho, Luna Vitrolira e Wellington de Melo, além de participação especial de Aline Bei.

“A especialização contará com disciplinas sobre a criação literária em si, nos mais diversos gêneros, até o mercado literário. O aluno aprenderá também sobre os processos de capa, ilustração, marketing na literatura e criação de conteúdo. Fizemos questão de comportar ao máximo esse universo que é vasto e complexo”, explica a coordenadora Clarice Freire.

As inscrições foram prorrogadas, e podem ser feitas no site www.cesar.school até o próximo dia 18.

Pan-Amazônica

Começou ontem e segue até o próximo domingo a 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Estão presentes 42 editoras, 37 livrarias e 59 distribuidores de livros, em 229 estandes. Com entrada gratuita no Hangar Centro de Convenções, em Belém, o evento tem na programação rodas de conversa, saraus, peças infantis, contação de histórias e apresentações musicais. Os homenageados desta edição são os escritores paraenses Heliana Barriga e Salomão Larêdo. Outras informações no site www.feiradolivroedasmultivozes.com.br.

Poesia em Lisboa

Na quarta, 13, tem início o VIII Festival de Poesia de Lisboa, que acontece na capital portuguesa até domingo e homenageia a brasileira Adélia Prado. O poeta pernambucano Túlio Velho Barreto participa do evento, e lança no dia 17 “Versos em cordas primas”, pela Helvetia Éditions. Na Biblioteca de Alcântara, a partir das 3 da tarde. O autor é diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Escravidão

A trilogia de Laurentino Gomes sobre a escravidão no Brasil recebe uma edição juvenil ilustrada, em adaptação realizada pelo autor com o escritor Luiz Antonio Aguiar. As 1.500 páginas de “1808”, “1822” e “1889” se transformaram em um volume de 320 páginas que abrangem do primeiro leilão de africanos em Portugal até a Lei Áurea, recheadas com gráficos, mapas e iconografias de época. A publicação é do selo GloboClube, da Globo Livros.

Para pré-adolescentes

A FTD Educação está lançando “Tão importante como um pedaço da língua”, de Paula Fábrio, com ilustrações de Laura Athayde. A obra é voltada para a pré-adolescência, com leitura indicada para crianças a partir de 9 anos de idade. “Para tratar de temas fundamentais – amizade, confinamento e preconceito – escolhi a astronomia para compor a narrativa, uma ciência carregada de poesia e sensibilidade”, relata a autora.

Caminhávamos pela beira

Lolita Campani Beretta lançou pela Aboio o livro “Caminhávamos pela beira”. Segundo o editor Leopoldo Cavalcante, o percurso das prosas curtas e versos livres promove uma festa introspectiva. A autora é natural de Porto Alegre, atualmente vivendo em Ubatuba (SP), e esta é sua segunda obra publicada.

Independência por Pernambuco

Nesta segunda-feira, a Academia Pernambucana de Letras (APL) recebe a palestra “Por uma leitura pernambucana da Independência do Brasil”, do historiador e acadêmico George Cabral. Para ele, coordenador de coleção sobre o tema, publicada pela Cepe, “os diversos Brasis daquele momento projetaram diferentes processos de independência. Alguns destes projetos de nação eram muito mais vanguardistas que aquele capitaneado pelo príncipe português que se tornaria o nosso primeiro imperador. Pernambuco foi o epicentro da mais importante contestação à ordem colonial em toda a história da monarquia portuguesa”. A palestra será na sede da APL, no Recife, a partir das 3 da tarde.

Clarice Lispector: literatura e humanização

Tem aula aberta e gratuita nesta terça, 12, às 18h pela internet, sobre o minicurso de Cris Torres para o Astrolabio: “Clarice Lispector: literatura e humanização”. O curso terá quatro encontros e começa no próximo dia 28, às 19h30. Informações e inscrições no Instagram @oastro.labio.

Novo de Conceição Rodrigues

Será no próximo sábado, 16, o lançamento do novo livro de contos de Conceição Rodrigues: “E Deus não acudiu ninguém”, pela Patuá. A obra “é um grito de horror e socorro, denúncia e confissão, uma súplica, para que nos vejamos uns aos outros com mais empatia, ou ao menos piedade”, segundo a autora. O evento ocorre na Cultura Nordestina de Letras e Artes, no Poço da Panela, no Recife, a partir das 18h.

Um olhar sobre Susan Sontag

A Instante traz ao Brasil o livro de memórias de Sigrid Nunez, “Sempre Susan – Um olhar sobre Susan Sontag”, com tradução de Carla Fortino. “Além de um relato profundo e ambivalente de uma escritora talentosa sobre outra”, a obra recorda histórias da cena literária nova-iorquina dos anos 1970, segundo a divulgação da editora. Sigrid Nunez venceu o National Book Award dos Estados Unidos, na categoria Ficção, em 2019, com “O amigo”, e seus livros já foram traduzidos para mais de 25 idiomas.

Chamada aberta do Fazia Poesia

O Portal Fazia Poesia abriu chamada para publicação de artigos, ensaios, resenhas e traduções sobre a poesia contemporânea. O conteúdo que for aceito poderá ser publicado no portal até o início do ano que vem. O prazo para envio de material é até o próximo dia 18. Acesse www.faziapoesia.com.br e saiba mais.

Eliane Potiguara

Em parceria do coletivo Feminino Infinito com a União Brasileira de Escritores (UBE) de São Paulo, Paula Valéria Andrade conversa com a escritora indígena Eliane Potiguara. No Youtube e Spotify da UBE, na próxima sexta, a partir das 5 da tarde.

Prece de pescador

Flavia Kaiser apresentou seu romance “Prece de pescador”, na semana passada, na Livraria Lima Barreto, no Rio de Janeiro. A publicação é da Pedregulho. Nascida em Vitória (ES), a escritora mora na Dinamarca. Siga a autora no Instagram @a.flaviakaiser.