A alegria de ler na infância

Feito encanto em forma de livro, a história ilustrada é um convite ao devaneio infantil. Como a narrativa oral prende a atenção das crianças no enredo contado pela voz e pelas expressões que se transformam no desfile de personagens, cada página pode ser uma janela para a imaginação. O pequeno leitor descobre, então, a magia da leitura: sem sair do lugar, a leitura nos transporta para muitos lugares. A mente transcende o corpo, e durante minutos misteriosos, a experiência do tempo ganha novo sentido, no deleite que parece escapar da vigilância dos relógios.
Há poucos dias, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a proibição do uso de celulares e dispositivos eletrônicos nas escolas da rede municipal. Entre as justificativas, as conclusões de um relatório do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) apontando os efeitos negativos das telas no desempenho dos alunos. Tais efeitos são mais amplos, de acordo com a Unesco: a ansiedade é observada tanto durante o uso, como em consequência da dependência das telas, quando crianças e adolescentes se sentem nervosos, impacientes, longe delas.
A restrição de celulares para a saúde psicológica de todos, não apenas de crianças e adolescentes, ressalta a diferença entre a vida virtualizada e a vida redescoberta nos livros. O comportamento infantil diante das páginas de uma história é outro: enquanto a criança na tela se enfia numa espiral de angústia, de olhar fixo e tenso, a que lê se lança em diversos mundos com alegria, abrindo caminhos para o conhecimento, a curiosidade e a empatia. Se as telas já são onipresentes, e não há como se livrar da sedução da conexão e dos games que banalizam a violência exatamente para canalizar a tensão gerada pelas telas, vale insistir no estímulo a um tipo de liberdade que não devemos abdicar: a leveza da leitura para o cultivo do ser, em algum momento do dia.

Cabelo bonito

Professor de português e literatura, o multiartista Allan de Souza, o Pevirguladez, lança neste domingo no Rio de Janeiro o livro infantil “O meu cabelo é bem bonito”, pelo selo Escrita Fina do Grupo Editorial Zit. Com ilustrações de Ricardo Sacih, a obra é apresentada como “uma celebração da diversidade, do amor-próprio e da liberdade”. Na Livraria Travessa de Botafogo, a partir das 4 da tarde. Siga o autor em @pevirguladez_ no Instagram.

 

Estupendo!

Obra infantojuvenil escrita por Ana Rapha Nunes, ilustrada por Mónica Defreitas e editada pela Mais Amigos, “Estupendo!” conta a história de Elisa, uma menina que fica encantada ao descobrir uma nova palavra. A descoberta “mexe com sua imaginação, levando a menina a buscar outras palavras e a conhecer novos mundos”. O livro está disponível no site da editora: https://maisamigos.com.br/produto/estupendo/.

Drácula

Saindo pelo novo selo Amarcord, da Record, edição especial do clássico de Bram Stoker, com tradução do escritor Lúcio Cardoso. As ilustrações de Gustavo Piqueira são baseadas na primeira adaptação de “Drácula” para o cinema, em 1931, com Béla Lugosi. Acesse o site https://www.record.com.br/editoras/amarcord/ e saiba mais.

 

Recifense em Londres

A escritora recifense Marta Barbosa Stephens, que mora na Inglaterra, foi convidada a realizar uma leitura de seu novo romance, “As viúvas passam bem”, cuja história é ambientada na capital pernambucana no início dos anos 1990. Lançado no Brasil pela Folhas de Relva após ser finalista do Prêmio LeYa, esta será a primeira vez que a autora apresentará sua obra em solo britânico. O encontro será no dia 28 de fevereiro, no Tia Maria Bar & Kitchen, um dos mais tradicionais points de encontro de brasileiros em Londres. No Instagram, procure @martabarbosa e acompanhe as notícias da escritora.

Fantásticas

A Ercolano lança coletânea em dois volumes com narrativas de ficção sobre a representação sobrenatural da mulher, que abordam questões psicanalíticas. Duas mulheres escrevem os textos introdutórios de cada volume: Luciana Saddi assina o prefácio do primeiro, e Raya Zonana, o do segundo. As obras têm traduções inéditas diretamente do francês e do alemão, e chegam às livrarias este mês. Para saber mais, vá no site www.ercolano.com.br.

Jabuti Acadêmico

Com foco em obras acadêmicas, científicas e profissionais, o mais importante prêmio literário brasileiro irá destacar livros de ciência e cultura em 27 categorias, além de projetos especiais de divulgação científica e divulgação, publicados em 2023 no país. Cada agraciado no I Prêmio Jabuti Acadêmico receberá R$ 5 mil. As inscrições podem ser feitas até 19 de março. Mais informações no site: www.premiojabuti.com.br/academico.

Thomas Kuhn

Os últimos escritos do filósofo da ciência Thomas S. Kuhn estão reunidos em “A incomensurabilidade da ciência”, publicado no Brasil pela Unesp. A organização é de Bojana Mladenovic, com tradução de Alexandre Alves. Outras informações em www.editoraunesp.com.br.

Driblar destinos

Obra vencedora do Prêmio Leya em 2022, “A arte de driblar destinos” é o segundo romance do matemático Celso Costa. O texto da orelha é da escritora Paulliny Tort, para quem o livro é “feito de um mosaico de memórias, tem um quê de álbum de fotografias, de conversa ao pé do fogo, capaz de envolver até o leitor mais desatento e causar uma impressão permanente”. A publicação é da Fósforo.

 

Aproximações do sono

A editora 7Letras lançou "Aproximações do Sono", de Raul Colaço, “inspirado em pesadelos que ultrapassam a barreira do sono e nos perseguem mesmo de olhos bem abertos”. O livro é recheado por “assombrações, metamorfoses, devaneios, neuroses e atrocidades do inconsciente”. Siga o autor no Instagram @raul.colaco.

 

Escritores são humanos

Para aproximar os grandes autores e autoras do público leitor, incentivando a leitura e despertando a curiosidade sobre os indivíduos por trás das obras, o pesquisador Carlos Costa escreveu “Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira”, publicado pela Cepe. No livro, há curiosidades sobre Mário de Andrade, Euclides da Cunha, Pagu, José de Alencar, entre outros. Visite o site www.cepe.com.br para outras informações.

Pequenas solidões

Contemplado pelo programa de traduções da Biblioteca Nacional, o livro de contos “Dicionário de pequenas solidões”, de Ronaldo Cagiano, será publicado em março pela editora Catalogus, de Moçambique.

Mar que arrebenta

Seguem abertas até 15 de março as inscrições para a seleção de romances escritos por residentes nas quatro regiões de Pernambuco: Sertão, Agreste, Mata e Região Metropolitana do Recife. Até quatro obras serão escolhidas e publicadas, ainda em 2024, pela editora Arrelique, sem custos para os autores. Siga o Instagram @arreliqueeditora e saiba como participar.

Sebastião

Quase um ano depois do desastre socioambiental que deixou 65 mortos e muitos desabrigados em São Sebastião, no litoral de São Paulo, a Aletria publica um livro infantojuvenil para tratar do assunto com crianças e adolescentes. Escrito por Janaina de Figueiredo e Claudio Fragata, com ilustrações de Rodrigo Mafra. “Sebastião” já se encontra nas livrarias. Mais sobre o livro no site www.aletria.com.br.

Terra silenciada

Chega ao Brasil pela Malê o romance de estreia do premiado autor Mohamed Mbougar Sarr, do Senegal. “Terra silenciada” foi publicado na França em 2015. A tradução é de Carla M. C. Renard. O desejo do autor é “que os leitores sintam a incerteza com a qual escrevi este livro: esta forma de prudência que impede julgamentos precipitados, afirmações definitivas, decretos, imutáveis certezas e, em última análise, força-os a refletir”. Mais a respeito da obra e do escritor em www.editoramale.com.br.

Novelástika

Está em pré-venda com desconto a obra “Novelástika: Noveletas fantásticas” de Igor Davi, pela Opera Editorial. Ítalo-brasileiro morando na Itália, o autor é fã de fantasia medieval e ficção científica. Outras informações em www.operaeditorial.com.br.