Governo de Pernambuco tem R$ 3,9 bilhões em projetos estratégicos para o Estado

Com a Secretaria de Projetos Estratégicos do Estado (Sepe), governadora Raquel Lyra quer tocar obras estruturantes em diversas frentes de atuação

Publicado em 15/10/2024 às 16:56

A Secretaria de Projetos Estratégicos do Estado (Sepe) tem uma carteira de projetos de R$ 3,9 bilhões em desenvolvimento pela pasta. A meta do governo é mudar o patamar de investimentos anuais do Estado. A Sepe foi criada pela reforma administrativa de janeiro deste ano, com o objetivo de centralizar projetos considerados estratégicos para o Estado. Desde então, a pasta já conseguiu finalizar R$ 600 milhões em volume de projetos. "Nem todos foram publicados ainda, porque existe o momento do governo. Mas trabalhamos já com a projeção de R$ 3,9 bilhões, temos muita coisa em elaboração", diz o titular da Sepe, Rodrigo Ribeiro. 

O planejamento foi apresentado aos empresários do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), nesta segunda (14). De acordo com Ribeiro, o Estado possui 61 projetos que devem gerar aproximadamente 500 obras. "Queremos estar com maior parte desses projetos concluídos até março". A meta da Sepe é estabelecer investimentos de R$ 4 bilhões anuais.

No pacote, estão obras como o pacote de R$ 1,3 bilhão para construção de 250 creches em Pernambuco, e outras que fazem parte do plano de governo de Raquel Lyra, como a construção de quatro maternidades em Igarassu, Ouricuri, Garanhuns e Serra Talhada. "Estamos no fluxo de concluir as desapropriações dos terrenos, fechando os projetos para começar a fazer as publicações", disse. Outro projeto finalizado é o dos três presídios de Araçoiaba.

Além disso, na parte de concessões e parcerias, a Sepe está acompanhando estudos com investimentos que chegam a R$ 23 bilhões, como é o caso do saneamento e do Metrô de Recife. Projetos de concessões que devem estar prontos no primeiro e no segundo semestre de 2025, respectivamente.

RECURSOS PARA INVESTIMENTOS

Para dar vazão ao volume local de investimentos, Rodrigo Ribeiro lembrou que a administração estadual conseguiu recursos nas mais diversas fontes, além de melhorar as contas do Estado. "Fizemos uma operação de crédito de R$ 3,5 bilhões, um montante expressivo. Conseguimos recursos via PAC. E ainda temos o Tesouro estadual. O governo passou o primeiro ano ajustando as despesas, melhorando a qualidade do gasto e buscamos novas operações de crédito que estão sendo capitaneadas pela governadora", disse. "A nossa missão agora é desatar os nós e transformar esses recursos em investimentos."

Ribeiro destacou ainda que a missão da Sepe é a de cumprir o plano de governo da atual gestão, deixando um legado para o Estado, com a estrutura da pasta para desenvolver novos e melhores projetos que efetivamente se transformem em obras finalizadas.

Na ponta da execução, a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) ficará responsável pelas obras. Para Ribeiro, essa estrutura será uma peça fundamental para a gestão estadual.

Um dos aspectos que deverá melhorar a qualidade da execução dos projetos propostos pela Secretaria serão os modelos de contratação semintegrada, na qual a empresa vencedora da licitação poderá apresentar soluções que podem melhorar a obra. "Dentre as premissas que a gente tem na secretaria, uma delas é estreitar a relação com o mercado", disse, reforçando que nenhum projeto é imune a erros e que a parceria com a iniciativa privada ajuda a evitar aditivos.

O QUE FAZ A SEPE

Estabelecida pela Lei 1839 de janeiro deste ano, a Sepe tem o objetivo de gerir a implementação de projetos estratégicos do Estado, em articulação com União e municípios. A pasta possui quatro secretarias executivas, uma focada em concessões e PPPs, tocada por Marcelo Bruto, outra focada na gestão e monitoramento, sob a coordenação de Manuella Santos, e outras duas de projetos que trabalham de forma independente com as secretarias demandantes, lideradas por Ana Paula Cascão e Priscila Giovana. 

"A atividade fim da Secretaria de Educação, está relacionada à parte pedagógica, cuidar das escolas, dos alunos e dos professores. Já é um desafio enorme. A Saúde tem um comportamento similar , assim como a Defesa Social, as obras precisam ter um foco específico", comparou. As obras de manutenção continuam com as respectivas pastas. Por outro lado, secretarias como a de Recursos Hídricos, Mobilidade e Desenvolvimento Urbano e Habitação que têm atividades finais a entrega de obras continuam à frente de seus projetos.

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