Preço do aluguel: Recife é a capital mais cara para morar de aluguel no Nordeste e a terceira do País
Preço do metro quadrado para locação residencial na capital pernambucana superou a média nacional e ficou á frente de capitais como Brasília e Rio
O Recife é a capital mais cara para morar de aluguel no Nordeste e a terceira do País, segundo os dados da pesquisa FipeZap do ano de 2024. Com variação do preço da locação e média do metro quadrado acima dos indicadores nacionais, a capital pernambucana fica atrás apenas das cidades de São Paulo e Florianópolis quando o assunto é o preço do aluguel.
Comparando-se os preços médios nas amostras das 22 capitais monitoradas, São Paulo (SP) se manteve na liderança com o preço médio mais elevado (R$ 57,59/m²), seguida por Florianópolis (R$ 54,97/m²); Recife (R$ 54,95/m²); São Luís (R$ 52,09/m²); Belém (R$ 51,83/m²); Maceió (R$ 51,51/m²); Rio de Janeiro (R$ 48,81/m²); Manaus (R$ 48,22/m²); Brasília (R$ 46,80/m²); Salvador (R$ 44,22/m²); Vitória (R$ 43,71/m²); Belo Horizonte (R$ 41,85/m²); Curitiba (R$ 41,59/m²); João Pessoa (R$ 41,45/m²); Porto Alegre (R$ 40,00/m²); Cuiabá (R$ 39,83/m²); Goiânia (R$ 39,53/m²); Natal (R$ 36,01/m²); Campo Grande (R$ 32,66/m²); Fortaleza (32,61/m²); Aracaju (R$ 24,90/m²); e Teresina (R$ 22,49/m²).
Além do preço do metro quadrado, o Recife também se destaca pela variação do valor cobrado ao longo do ano. Em 12 meses, a capital pernambucana teve um aumento de 16,17% nos preços cobrados em anúncios de aluguel, enquanto no País o percentual foi de 13,50%.
Salvador (+33,07%); Campo Grande (+26,55%); Porto Alegre (+26,33%); Fortaleza (+14,68%); Curitiba (+14,58%); Brasília (+14,56%) e Belo Horizonte (+14,20%) também figuraram acima da média nacional.
A rentabilidade da locação na cidade do Recife também esteve em alta ao longo do ano passado. Entre as capitais, as rentabilidades projetadas para o aluguel residencial se distribuíram nas seguintes medianas: Belém (8,15% a.a.); Manaus (8,10% a.a. a.a.); São Luís (8,08% a.a.); Recife (7,93% a.a.); Cuiabá (7,46% a.a.); Natal (7,45% a.a.); Salvador (7,32% a.a.); Campo Grande (7,08% a.a.); João Pessoa (6,72% a.a.); Porto Alegre (6,69% a.a.); Maceió (6,10% a.a.); São Paulo (6,07% a.a.); Brasília (6,03% a.a.); Goiânia (5,89% a.a.); Aracaju (5,61% a.a.); Florianópolis (5,58% a.a.); Rio de Janeiro (5,58% a.a.); Teresina (5,20% a.a.); Belo Horizonte (5,02% a.a.); Fortaleza (4,70% a.a.); Curitiba (4,50% a.a.) e Vitória (4,17% a.a.).
PINA É O BAIRRO MAIS CARO DO RECIFE
Já em relação ao preço do aluguel cobrado por bairros, o Pina, na Zona Sul, se tornou o local com metro quadrado mais caro: R$ 67,8 /m² (em dezembro de 2024). A variação dos preços, no entanto, não foi a maior da cidade, ficando em 9,1%. ao ano.
O bairro que teve maior variação no preço do aluguel foi o Cordeiro, na Zona Oeste, cujos preços saltaram 46,7%, indicando a chegada de imóveis mais caros à região. O metro quadrado médio do bairro ainda é o mais barato da cidade, segundo a pesquisa: R$ 30,3 /m².
Veja o resultado por bairros:
- PINA R$ 67,8 /m² (+9,1% a.a)
- BOA VIAGEM R$ 59,5 /m² (+14,3% ao ano)
- PARNAMIRIM R$ 57,3 /m² (+11,1% ao ano)
- TAMARINEIRA R$ 56,2 /m² (+10,1% ao ano)
- GRACAS R$ 55,4 /m² (+30,5% ao ano)
- SANTO AMARO R$ 54,0 /m² (+14,0% ao ano)
- MADALENA R$ 50,4 /m² (+20,1% ao ano)
- CASA AMARELA R$ 50,3 /m² (+17,7% ao ano)
- ESPINHEIRO R$ 47,9 /m² (+9,3% ao ano)
- CORDEIRO R$ 30,3 /m² (+46,7% ao ano)
Com o atual déficit habitacional, segundo a Fundação João Pinheiro, o Recife apresenta um total de 46.150 habitações em ônus excessivo do aluguel (comprometimento de mais de 30% da renda), levando-se em conta o total de 599.5 domicílios ocupados e o déficit habitacional de 54 mil moradias.
OS DESTAQUES PARA ALUGUEL
De acordo com o Índice FipeZAP, o aluguel residencial encerrou 2024 com uma valorização acumulada de 13,50%. Embora expressiva, essa variação representou uma desaceleração em relação aos registros dos dois anos anteriores: 2022 (+16,55%) e 2023 (+16,16%). Comparativamente, o resultado final de 2024 superou as variações registradas pelos principais índices de preço da economia brasileira – IPCA/IBGE (+4,83%) e pelo IGP-M/FGV (+6,54%) – assim como o comportamento médio dos preços de venda de imóveis residenciais no ano recém encerrado (+7,73%).
Sob a ótica tipológica, unidades residenciais com um dormitório exibiram uma valorização mais
elevada em 2024 (+15,18%), contrastando com o incremento relativamente menor das unidades com três dormitórios (+12,52%).
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