Quatro dias para pensar e respirar a bicicleta. Vem aí o Bicicultura 2017

Publicado em 05/09/2017 às 19:37 | Atualizado em 13/07/2018 às 11:44
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Fotos: Alexandre Gondim/JC Imagem   O Recife vai se transformar na capital brasileira da bicicleta no feriadão de 7 de Setembro, quando acontece o Bicicultura 2017, a segunda edição do maior encontro de mobilidade por bicicleta e cicloativismo do País. O tema deste ano será “A Revolução das Bicicletas”, numa referência aos 200 anos da invenção desse veículo, por Karl von Drais, e da Revolução Pernambucana de 1817. A edição 2016 aconteceu em São Paulo, teve representação de 18 Estados brasileiros e atraiu mais de dez mil pessoas. Na edição recifense, serão 19 representações.
Nossos gestores públicos não foram convidados para participar como palestrantes porque entendemos que eles não têm o que dizer. A ciclomobilidade avançou muito pouco no Recife nos últimos anos e ainda menos na Região Metropolitana. Vivemos de promessas, com poucos e pontuais avanços. O Objetivo é, no fim do evento, compor um documento com metas e encaminhá-lo ao poder público”, Roderick Jordão, da Associação Metropolitana dos Ciclistas (Ameciclo) e da coordenação do Bicicultura  
  O Bicicultura 2017 é um evento cultural, mas o objetivo dos organizadores é trazer o foco para a importância da ciclomobilidade no País, discutindo a inserção da bike como modal de transporte e também de lazer nas cidades. Dos dias 7 a 10, diferentes lugares do Recife, como o Shopping Paço Alfândega, o Paço do Frevo, o Teatro Apolo e o Parque Santana (Zona Norte), entre outros, estarão ocupados com uma programação diversa e intensa, promovendo a bicicleta em todas os segmentos sociais, inclusive político e econômico. CONFIRA TODA A PROGRAMAÇÃO AQUI A programação tem representantes de todas as regiões do País e conta com rodas de conversa com especialistas, oficinas, apresentações culturais, mostra de filmes, passeios ciclísticos, jogos, competições, além de uma programação exclusiva para crianças – o Biciculturinha. Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade. Algumas, entretanto, demandam inscrição prévia e estão sujeitas ao limite de vagas.     A abertura oficial do Bicicultura 2017 será nesta quinta-feira, no Teatro Apolo, no Bairro do Recife, às 13h. Às 14h, acontecerá a palestra Momento de Opressão, voltada para a discussão das desigualdades na mobilidade, com Carmen Tornquist e Leo Liberato. Na sexta (8), o tema será Momento de Organização, com os recifenses Sylvia Siqueira e Rud Rafael. E, no sábado, o Momento de Rebelião, com o professor da Faculdade de Ciências Sociais da Chester University (Inglaterra) Peter Cox, que participou de diversos projetos ligados à organização comunitária, sustentabilidade social e ambiental. Ao lado dele, Áurea Carolina, vereadora de Belo Horizonte e militante de causas sociais ligadas à cidade e à mulher, que falará sobre a importância do fortalecimento do ativismo – e a bicicleta inserida nele. “Para as rodas de conversa, que serão debates entre convidados e o público em geral, nós estamos trazendo representantes da gestão pública de cidades como Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. Nossos gestores públicos não foram convidados para participar como palestrantes porque entendemos que eles não têm o que dizer. A ciclomobilidade avançou muito pouco no Recife nos últimos anos e ainda menos na Região Metropolitana. Vivemos de promessas, com poucos e pontuais avanços. O Objetivo é, no fim do evento, compor um documento com metas e encaminhá-lo ao poder público”, afirma Roderick Jordão, da Associação Metropolitana dos Ciclistas (Ameciclo) e da coordenação do Bicicultura.

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