Como se não bastassem os ambulantes, agora até mães com bebês correm risco para entrar sem pagar no BRT Leste-Oeste. Fotos: Alexandre Lopes   As imagens feitas pelo passageiro-fotógrafo e colaborador do blog Alexandre Lopes merecem análise. Não apenas pela invasão do sistema por usuários e ambulantes, mas pelo risco que o ato representa. Vale ressaltar que esse prejuízo não pesa no bolso dos empresários ou do poder público, como muita gente pensa, mas apenas no dos usuários pagantes. Nos flagrantes, além dos ambulantes - inclusive um deles visivelmente de menor - uma mãe com um bebê nos braços. Se posicionam na entrada das estações para, espremidas, invadirem o BRT quando ele parar para o embarque e desembarque dos passageiros. LEIA MAIS Campanha pede mais educação e respeito no transporte público BRT pernambucano sofre com a evasão de receita Fraudes no uso da gratuidade nos ônibus da RMR cancela quase 5 mil cartões em três meses Flagrantes da fragilidade do BRT Leste-Oeste E se acontecer um acidente? E se alguém se machucar seriamente ou até morrer? Quem pagará pelo acidente? O motorista do BRT, que se vê obrigado a acoplar o veículo (entre 19 e 21 metros) na estação temendo espremer uma dessas pessoas? É preciso refletir sobre isso ...     Muita gente tem criticado a campanha da Urbana-PE (o sindicato dos empresários de ônibus) que pede consciência aos usuários para que não invadam o sistema e façam o uso correto dos ônibus, mas como defender uma situação dessas? A luta, legítima, difícil e permanente por um transporte público melhor, de qualidade, condizente com a tarifa que se paga, deve existir sempre. E todos devem estar nela. Mas essa luta  não deve nem pode estar atrelada à desconstrução da campanha da Urbana-PE, também legítima.