Duas das onze rodovias federais que cortam Pernambuco serão pontos de um estudo inédito sobre sinistros de trânsito no Brasil - não se chama mais acidente de trânsito. Entenda a razão. As BRs 101 e 232, os dois principais eixos rodoviários do Estado, receberão a segunda etapa da Operação Vita, realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até o dia 19/10. O levantamento vai mapear e analisar os pontos críticos de acidentalidade em Pernambuco e outras regionais da PRF.
Não é mais acidente de trânsito. Agora, a definição é outra nas ruas, avenidas e estradas do Brasil
Contorno urbano, o trecho mais perigoso da BR-101 em Pernambuco
Brasil não alcança redução de mortes no trânsito prevista pela ONU
Em Pernambuco, serão dez pontos, sendo três na BR-232 e sete na BR-101. Os policiais rodoviários federais estão sendo capacitados para a utilização dos equipamentos e das tecnologias de perícia de sinistros de trânsito, como drones e scanners 3D, nas inspeções técnicas viárias. Neste sábado (16/10), domingo (17) e segunda-feira (18) será realizada a parte prática em todo o País do mapeamento dos pontos críticos de colisões.
Os drones fazem imagens aéreas para captar uma imagem geral do trecho avaliado e o scanner faz uma imagem 3D de toda a rodovia para análise da geometria e da estrutura viária. A Operação Vita leva em consideração o estudo dos fatores viários que influenciam os sinistros de trânsito em todo o País, como os problemas de infraestrutura viária, fatores humanos, sinalização e tráfego de veículos.
- Mudanças do Código de Trânsito Brasileiro sancionadas por Bolsonaro são estímulo aos infratores
- Trânsito brasileiro mata mais do que as armas de fogo
- A indústria é da infração, não das multas de trânsito
- Motos seguem sendo as vilãs do trânsito
- Histórias de dor e impunidade - As vítimas do trânsito brasileiro
Com essas informações, é possível fundamentar ações preventivas, que impactem na redução da acidentalidade nas rodovias federais. Aproximando o Brasil dos objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu os anos de 2021 a 2030 como a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, cuja meta é a redução de, pelo menos, 50% de lesões e mortes no trânsito no mundo inteiro. Lembrando que o Brasil não alcançou essa mesma meta na Primeira Década de Ação pela Segurança no Trânsito.
“A melhoria na qualidade da coleta de dados otimiza o diagnóstico de fatores de risco que impactam a segurança viária e contribui para subsidiar decisões quanto à adoção de medidas voltadas para fiscalização, educação para o trânsito, engenharia de tráfego, entre outras, nos segmentos de maior criticidade para acidentalidade nas rodovias federais”, destaca a coordenadora de Prevenção e Atendimento de Acidentes da PRF, Sirlei Kuiava.