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PROTESTOS DE CAMINHONEIROS: Líderes da categoria se pronunciam sobre manifestações pelo Brasil: "Fico triste"
Caminhoneiros realizaram protestos após o anúncio do resultado das eleições 2022
Com informações do Estadão Conteúdo
Após caminhoneiros realizarem protestos em alguns rodovias do Brasil após o resultado das eleições do domingo (30), quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi escolhido para um terceiro mandato, líderes da categoria se pronunciaram.
Pelo menos três representantes dos caminhoneiros afirmam que os atos pelo Brasil reúnem alguns motoristas que apoiavam o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorria à reeleição e foi derrotado.
Esse grupo de caminhoneiros estaria descontente com o resultado, e, de acordo com os líderes, "não refletem demandas da maior parte da categoria". Os líderes afirmam ainda que alguns atos envolvem manifestantes que sequer atuam como caminhoneiros.
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"São pessoas que estão descontentes com o resultado das eleições. A gente está tentando levantar de onde está saindo o movimento", declarou o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido com Chorão.
Caminhoneiros INTERDITAM vias e exigem NOVAS eleições
PEDIDOS DE INTERVENÇÃO MILITAR
Chorão também comentou imagens que circulam em grupos de WhatsApp e outras redes sociais, que mostram que os protestos de caminhoneiros também pedem intervenção militar para reverter o resultado da eleição.
"Fico muito triste de muitas pessoas usarem o nome dos caminhoneiros. Não luto e nunca vou lutar contra a democracia do País. Minha linha é mais de pacificação, conversar, dialogar e unificar o País", retrucou.
O líder dos caminhoneiros também acredita que os protestos não devem continuar por muito tempo. "Os caminhoneiros têm que lutar pelo nosso segmento, pelo transporte. A diferença do presidente eleito em relação a Bolsonaro foi de 1 milhão e poucos votos. Não tem como falar que vai parar o País por política."
Chorão informou ainda que a categoria entregou as pautas do setor aos presidenciáveis e seguirá interlocução com o novo governo.
DEMOCRACIA
Outro líder, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, também vê os protestos como pontuais.
"Eu acredito que tenham o direito de protestar, só que eles têm que aceitar a democracia e não ficar travando a pista, porque está atrapalhando a vida de todo mundo. Assim como aceitamos a vitória do Bolsonaro em 2018, agora eles têm de aceitar a vitória do Lula".
"Se for uma paralisação para reivindicar algum direito da classe, a classe terá meu apoio. Se for uma paralisação política, para atrapalhar o governo do Lula, não terá o meu apoio".
"Acho que autoridades têm de tomar providências porque não pode cercear o direito de ir e vir das pessoas que estão na via. É assim que os bolsonaristas falavam quando a gente ia reivindicar alguma coisa contra o governo Bolsonaro.", ressalta Alves.
VAI TER PARALISAÇÃO DE CAMINHONEIROS?
O diretor-presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, afirmou que não há indício de paralisação ampla de caminhoneiros autônomos.
"Vi alguns vídeos e são pessoas desconhecidas e acho que também nem são caminhoneiros", apontou.