protestos
PROTESTOS NAS ESTRADAS: bloqueios continuam mesmo após determinação do STF
Manifestantes que não aceitaram a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas promovem protestos em estradas do Brasil
Com informações do Estadão Conteúdo
Os protestos em várias rodovias do Brasil continuam nesta terça-feira (1º), mesmo após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) para liberação das estradas.
Os manifestantes, que não aceitaram a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022, fecham rodovias e pedem que os atos continuem para "impedir o comunismo de chegar ao poder".
Na manhã desta terça-feira (1º), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que há 183 pontos de interdições e 87 bloqueios em 22 Estados e no DF. De acordo com a corporação, foram liberados 192 pontos em todo o País.
Manifestantes bloqueiam BR-104, que liga Caruaru, Toritama e Santa Cruz
DIRETOR DA PRF VAI SER PRESO?
Na decisão que determinou a liberação das estradas, Moraes mandou polícias acabarem com bloqueios e autorizou prisão de diretor da PRF em caso de desobediência.
A Polícia Rodoviária Federal anunciou que deu início às operações para liberação das estradas. Às 4h30 da madrugada desta terça-feira, a PRF comunicou que 174 manifestações tinham sido desfeitas desde o início dos bloqueios.
PROTESTOS DE CAMINHONEIROS
Muitos dos protestos foram organizados por caminhoneiros em grupos de WhatsApp, em que alegam ter apoio de empresários do agronegócio e também do comércio.
Vídeos mostram carretas paradas nas estradas, pneus queimados e terra nas rodovias para interditar as vias. Parte dos manifestantes pede "intervenção militar".
Alguns líderes de caminhoneiros que já participaram de outras manifestações, disseram que isso é só "fogo de palha de reacionários". Sobre o apoio de empresários, dizem que todas as manifestações têm a participação deles nos bastidores.
"Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos", disse a PRF.