AEROPORTOS

GREVE PILOTOS: movimento de PILOTOS e COMISSÁRIOS entra no 3° dia sem AVANÇO nas negociações

Movimento começou na segunda-feira (19) e não tem prazo para terminar. Acontece sempre das 6hàs 8h

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Roberta Soares

Publicado em 21/12/2022 às 12:27 | Atualizado em 21/12/2022 às 12:45
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Com informações do Estadão Conteúdo 
A greve dos pilotos e comissários que teve início na segunda-feira (19/12) entra no seu terceiro dia nesta quarta-feira, dia 21, e sem previsão para acabar porque as negociações entre categoria e aéreas não avanaçam. As paralisações ocorrem todos os dias, das 6h às 8h, em nove dos principais e mais estratégicos aeroportos do País. 
Embora o movimento grevista esteja programado para se concentrar nos nove terminais, os atrasos previstos têm provocado impacto na malha aérea em cadeia. Os terminais escolhidos são os maiores e que mais têm conexões aéreas e, consequentemente, um número maior de passageiros.
A paralisação também preocupa porque acontece em plena alta temporada, momento em que as viagens aumentam devido às festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, e as férias de janeiro. Essa, inclusive, é a estratégia da categoria para fortalecer o as reivindicações.

SITUAÇÃO NA QUARTA-FEIRA (21/12)

Por volta das 7h30, os painéis dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Congonhas (São Paulo; 3 voos), Rio-Galeão (Rio; 4 voos), Fortaleza (2 voos), Viracopos (Campinas-SP; 2 voos), Porto Alegre (1 voo) e Brasília (1 voo). Ainda havia atraso meteorológico em Congonhas (1 voo) e em Santos Dumont (Rio; 13 voos).
VEJA a situação do AEROPORTO INTERNACIONAL DO RECIFE AQUI
José Cruz/Agência Brasil
Aeroporto de Brasília está entre os afetados pela greve dos pilotos e comissários - José Cruz/Agência Brasil
Também havia voos cancelados em Congonhas (10 voos), Santos Dumont (10 voos), Porto Alegre (2 voos) e Viracopos (1 voo). O Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, não registrava atrasos ou cancelamentos e o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, estava com o painel fora do ar.
O movimento dos tripulantes reivindica recomposição das perdas inflacionárias e ganho real dos salários, "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas", segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Outra reivindicação da categoria é que os horários de descanso de pilotos e comissários sejam respeitados pelas companhias aéreas. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas.

MOVIMENTO POR TEMPO INDETERMINADO

O SNA afirma que não houve avanço nas negociações com as companhias aéreas. Em transmissão ao vivo pelo Youtube na terça-feira, 20, Henrique Hacklaender, diretor presidente do SNA, afirmou que o movimento irá continuar até que as demandas sejam solucionadas.
"Tivemos um primeiro dia muito bom, um segundo dia que vem crescendo, vem melhorando cada vez mais. E vamos para um terceiro, para um quarto, para um quinto. Quantos forem necessários. As empresas não se posicionaram, não apresentaram nada até o momento e nós precisamos chegar em uma resolução", afirmou. Hacklaender ainda destacou que as reivindicações dos tripulantes são justas e plausíveis.
Em nota divulgada também na terça-feira, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destacou que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as empresas, que, segundo o sindicato, acumulam prejuízo.
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
Veja situação do Aeroporto do Recife com greve dos pilotos e comissários nesta segunda-feira (19) - FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
Também ressaltou que no último fim de semana, as companhias aéreas acataram uma proposta de mediação elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a proposta foi rejeitada pelo SNA. "O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada", conclui a nota.
 

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