Passagem de ônibus teve um reajuste superior à inflação, entenda a situação
Alternativa ao transporte aéreo - cujas passagens subiram 23,5% em média no País no ano passado -, o rodoviário também registrou alta nos preços em 2022.

Ainda que, na média brasileira, o aumento no preço das tarifas de ônibus seja mais baixo comparado ao avião, o avanço foi mais que o dobro da inflação.
Enquanto as passagens rodoviárias para viagens interestaduais subiram 13,8% no ano passado, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou 5,79%.
O principal fator que explica o aumento do transporte rodoviário é o preço do diesel, que representava cerca de 30% dos custos do setor. No ano passado, o litro subiu 22,87% no País, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
DESVALORIZAÇÃO DO REAL AUMENTA PREÇO DE ÔNIBUS
Além da alta do combustível, a desvalorização do real também tem pressionado o preço das passagens. Grande parte das peças usadas na fabricação dos chassis e das carrocerias vem da China e tem preços dolarizados, o que elevou o valor dos ônibus.
A conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) Letícia Pineschi, afirma que: “Até me surpreendi com o aumento no preço das passagens. Minha expectativa era que o reajuste fosse maior, de uns 24%, pela pressão dos custos”.
Segundo o diretor-superintendente da Itamarati, Gentil Zanovello Afonso, o chassi de um veículo simples, por exemplo, passou de R$ 480 mil para R$ 600 mil, um aumento de 25%. O de ônibus de linha longa subiu de R$ 1 milhão para cerca de R$ 1,3 milhão.
Além do reajuste que as empresas têm feito para repassar a elevação dos custos, o setor também ampliou a adoção de tarifas dinâmicas. Assim como as do segmento aéreo, elas variam de acordo com a data da viagem se aproxima e de acordo com a demanda.
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