TRANSPORTE POR APLICATIVO

FIM DO UBER: aplicativos REGIONAIS cresceram 38% OPERANDO onde a UBER não chega no BRASIL

Aplicativos locais aprenderam com a Uber e a 99 e criaram sua tecnologia

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Roberta Soares

Publicado em 14/02/2023 às 14:46 | Atualizado em 14/02/2023 às 14:49
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Cidades do interior e áreas descentralizadas dos grandes centros urbanos, onde os moradores não têm opção de deslocamento. Locais assim viraram redutos de aplicativos regionais que operam no mesmo modelo das gigantes da mobilidade urbana, como Uber e 99, e que só fazem crescer.

Somente em 2022, movimentaram quase R$ 1 bilhão, quantia 38% maior do que no ano anterior. E oferecendo praticamente os mesmos serviços e benefícios que as duas gigantes.

São aplicativos que copiaram as plataformas. Aprenderam com elas e tem, lentamente e sem alarde, ganhado adeptos em locais onde as gigantes da mobilidade não querem chegar.

A diferença é que, por atender áreas mais afastadas e do interior, os aplicativos regionais tiveram o dinheiro como principal método de pagamento das viagens pelos passageiros - 69,9%. Em segundo lugar veio o débito, com 18,7%, o Pix apareceu com 11,4%, enquanto o crédito foi responsável por apenas 7% das transações.

LEVANTAMENTO MOSTRA A FORÇA DOS APLICATIVOS REGIONAIS

Os dados são da Gaudium, startup focada nos mercados de mobilidade e logística. O levantamento foi baseado em dados de aplicativos de transporte que usam a tecnologia da Machine, produto da Gaudium para criação de apps de transportes e entregas, presente em mais de 1.900 cidades no Brasil.

Alguns aplicativos que utilizam a plataforma são Urbano Norte, Te Levo Mobile, BoraAli, EasyMob, Go Transporte Urbano, entre outros.

"Os aplicativos regionais de transportes estão dominando o mercado da mobilidade do país, principalmente em cidades de pequeno e médio porte. O modelo descentralizado propicia que boa parte dos recursos financeiros fiquem na própria região, já que uma fração do dinheiro vai para o próprio motorista e outra para a empresa local. Isso sem falar dos impostos recolhidos, que também ficam no município", explica Ricardo Góes, sócio-executivo da Gaudium.

Para Góes, os serviços de aplicativos de transporte com atuação local têm se expandido cada vez mais por se adaptarem à realidade e necessidade de mobilidade de cada município, o que por vezes, gigantes da mobilidade não conseguem mapear. “Com o crescimento da categoria, esperamos um aumento significativo nos valores movimentados para este ano e a criação e expansão de novos aplicativos regionais da mobilidade”, finaliza o executivo.

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