GREVE METRÔ

GREVE METRÔ: Metrô de São Paulo aceita liberar catracas para acabar com a greve. Veja como funcionará

Metrô de São Paulo entrou em greve afetando quase 5 milhões de passageiros

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Roberta Soares

Publicado em 23/03/2023 às 11:42 | Atualizado em 23/03/2023 às 11:44
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O governo de São Paulo anunciou que vai liberar as catracas do metrô para colocar fim na greve dos metroviários, iniciada à meia noite desta nesta quinta-feira (23/3). Com a decisão, a expectativa é de que as quatro linhas estaduais que tiveram a operação suspensa voltem a funcionar.

A paralisação do Metrô de São Paulo afeta mais de 5 milhões de passageiros por dia. E é a primeira vez que um sistema metroferroviário do País adota uma medida dessas.

As linhas que estão paralisadas são a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do monotrilho. As linhas Vermelha e Azul são as mais antigas do sistema e as de maior demanda. As Linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela CCR, não tiveram a operação interrompida pela greve dos metroviários.

Ainda não há informações sobre como funcionará a liberação das catracas nem qual horário que os trens voltam a circular. De acordo com o Sindmetro SP, os metroviários devem voltar progressivamente aos seus postos para retomar a operação.

Pouco antes da decisão anunciada pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo já havia determinado o retorno ao trabalho.

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Segundo explicou o sindicato, o retorno dos metroviários ao trabalho havia sido determinado porque a gestão do metrô já havia se comprometido com a entidade a operar com a catraca livre, sem a cobrança de tarifa.

ESTRATÉGIA DE LIBERAR CATRACAS FOI ÚLTIMA ALTERNATIVA

A decisão do Metrô de São Paulo de liberar as catracas e, assim, deixar de cobrar a tarifa, foi tomada como última alternativa, já que o movimento grevista prejudica boa parte dos 5,3 milhões de passageiros transportados pelas seis linhas do sistema metroferroviário.

Rovena Rosa/Agência Brasil
As linhas que estão paralisadas são a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do monotrilho - Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo a companhia, a medida estaria condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção, para garantir a segurança dos passageiros. "A liberação deve gerar prejuízo dificultando ainda a saúde financeira da empresa", afirmou o Metrô.

SEM O METRÔ, SÃO PAULO PARA

O Metrô de São Paulo é um gigante da mobilidade urbana do País. É o maior do Brasil e um dos maiores do mundo. Nem mesmo a pandemia de covid-19 conseguiu derrubar a imponência do sistema.

O número de passageiros que usam o Metrô de São Paulo dobrou pela primeira vez desde o início da pandemia na maioria das linhas operadas pela companhia. Entre maio de 2020 e 2021, para se ter ideia, o número saltou de 20,5 milhões para 42,6 milhões de passageiros transportados.

Somente em 2021, um total de 1,23 bilhão de viagens foram realizadas nas 13 linhas que operam em São Paulo e em vários municípios da região. Neste pacote estão incluídas todas as linhas do Metrô de São Paulo e da CPTM, sistema de trens metropolitano.

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