PARALISAÇÃO

"Paralisação total continua", diz sindicato dos metroviários de Pernambuco

Os metroviários de Pernambuco estão em greve geral desde a última sexta-feira (11)

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 13/08/2023 às 17:10 | Atualizado em 13/08/2023 às 17:28
GUGA MATOS/JC IMAGEM
Metroviários de Pernambuco estão em greve geral desde a última sexta-feira (11) - FOTO: GUGA MATOS/JC IMAGEM

Em greve geral e por tempo indeterminado desde a última sexta-feira (11), os metroviários de Pernambuco seguirão sem trabalhar no início desta semana, é o que garante o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares. De acordo com o líder sindical, o Tribunal de Regional do Trabalho (TRT) não enviou nenhuma nova notificação e, com isso, o metrô do Recife seguirá 100% parado nesta segunda-feira (14).

"Antes a gente tinha atendido a solicitação do TRT de colocar em funcionamento 60% do efetivo no horário de pico e 40% no vale, mas a gente suspendeu a greve na semana passada [para se reunir com a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco] e depois retomamos a paralisação. De lá para cá não teve mais nenhuma nova notificação por parte do TRT pedindo que a gente retomasse com os 60% e os 40%. A gente precisa ser notificado pelo TRT porque agora é outro momento, suspendemos lá atrás, que era outro momento, mas agora retomamos a greve por tempo indeterminado e total", contou Luiz Soares.

O presidente do Sindmetro deixou claro que não vai obrigar nenhum trabalhador a retornar aos seus postos sem uma melhor proposta de acordo coletivo. "Não tem ninguém trabalhando, está tudo parado. Até porque a categoria está sentindo que não está sendo atendida nem no acordo coletivo, nem na questão sobre a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). A paralisação total continua, já que até agora a empresa e os órgãos do governo não se manifestaram favoráveis a uma nova negociação", declarou o líder sindical.

"Caso chegue a notificação do TRT, marcaremos uma nova assembleia junto à categoria para que possamos analisar e ver de que forma vamos atender, mas isso não é de responsabilidade da gente. A categoria está parada. A empresa que tem de anunciar e ver como ela vai fazer para que possa atender a população. Ela que busque os caminhos. A gente não vai obrigar nenhum trabalhador a fazer aquele ou outro horário", garantiu o presidente do Sindmetro.

CARAVANA RUMO À BRASÍLIA

Os metroviários participarão de uma nova assembleia nesta segunda-feira (14), às 18h, e, logo em seguida, uma caravana seguirá rumo à Brasília para reivindicar do Governo Federal o cumprimento da promessa de campanha e retirar a CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND) e também ajudar a categoria na negociação para fechar o acordo coletivo 2023/2025.

"A caravana sairá com dois ônibus com os metroviários de Pernambuco. Nos encontraremos na quinta-feira (17), às 10h, na frente do Palácio do Planalto, com outra caravana que estará saindo do Rio Grande do Sul, que também está sem o acordo coletivo, sem discutir e sem avançar. Também vai uma turma boa de São Paulo e Belo Horizonte. Vamos todos nos encontrar com os metroviários de Brasília para fazermos um grande movimento no Palácio. Queremos que o presidente Lula nos receba e comece a atuar nessa questão do acordo coletivo, porque até então não tem nenhum avanço. E também a retire a CBTU do PND, algo que ele prometeu em campanha e até agora não fez a retirada", afirmou Luiz Soares.

Antes da manifestação programada para a quinta-feira, os metroviários de Pernambuco se reunirão, na quarta-feira (16), às 14h30, com Elisa Leonel, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). "Já temos essa reunião marcada com a secretária da SEST, mas estamos articulando uma conversa com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Esperamos, também, que o presidente Lula nos receba na quinta-feira, até porque é necessário conversar com ele, pois está muito difícil negociar com a CBTU e com alguns órgãos que representam o governo, mas que não têm a capacidade de avançar na perspectiva do fechamento do acordo coletivo", falou o presidente do Sindmetro.

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