Operários do metrô de São Paulo tomaram uma decisão na segunda (14), durante uma reunião sobre a possibilidade de iniciar uma paralisação a partir da meia-noite de terça-feira (15).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metroviários, o protesto é uma forma de se manifestarem contra a privatização das linhas de metrô e trem, além de expressar o desejo de melhorar o serviço oferecido à população.
"Desde que foi eleito, o governador Tarcísio de Freitas tem mencionado sua intenção de privatizar todo o sistema de metrô e trem em São Paulo. Somos contrários a essa proposta, porque ela resulta em uma deterioração do serviço e um aumento nas tarifas", afirmou Camila Lisboa, a presidente do Sindicato dos Metroviários.
Camila exemplificou essa situação com as Linhas 8 e 9, administradas pela Via Mobilidade desde o início do ano. As linhas frequentemente sofrem com problemas técnicos, prejudicando os passageiros.
"Ao contrário do que o governo alega, isso não economiza dinheiro do Estado, pelo contrário, resulta em mais gastos porque esses contratos garantem lucro por 30 anos. Além disso, eles incluem uma cláusula de compensação que permite a retirada de recursos do metrô público e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) pública para serem investidos nessas empresas privadas", destacou.
Segundo a líder sindical, a decisão de convocar uma greve para amanhã ocorreu em resposta à divulgação de um edital que prevê a terceirização dos serviços de manutenção dos trens da Linha 15 – Prata (monotrilho), e à notícia de que o grupo CCR vai buscar judicialmente a anulação da decisão que suspendeu o leilão para entrega dessa linha, programado para 28 de agosto.
"Apresentamos um recurso no Tribunal de Contas do Estado questionando esse edital, que, além de ser impreciso, não estipula a exigência de garantia de qualidade por parte da empresa vencedora", disse Camila.
HAVERÁ GREVE DO METRÔ DE SP AMANHÃ (15)?
Os trabalhadores decidiram suspender a greve, mas prometeram manter uma mobilização.
"Nossa expectativa é que esse edital seja retirado, uma vez que ele representa um passo concreto e agressivo no processo de privatização da Linha 15 – Prata, que faz parte da CPTM e que acreditamos que deva permanecer como um serviço público com maiores investimentos do Estado", declarou.
Essas composições fazem parte do monotrilho elevado que liga a zona sul à zona leste de São Paulo.
O incidente ocorreu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste, por volta das 4h30, antes do início da operação comercial, durante a manobra de posicionamento dos trens, informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô.
Camila afirmou que os empregados foram apontados como responsáveis pelo acidente, mas a linha tem enfrentado uma série de problemas operacionais que estão causando esses incidentes.
**Com informações da agência Brasil.
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