Ponte Iputinga-Monteiro, no Recife, já tem data para entrar em operação
Ponte liga as Zonas Oeste e Norte da capital e custará R$ 40 milhões, após ficar com as obras paradas por mais de sete anos
A Ponte Iputinga-Monteiro (batizada de Engenheiro Jaime Gusmão), que interliga os bairros da Iputinga e do Monteiro, sobre o Rio Capibaribe, e que ficou paralisada por mais de sete anos, será concluída e liberada à circulação de veículos no início de 2024. Essa é a previsão dada pelo prefeito João Campos (PSB), durante visita às obras nesta segunda-feira (18/9). O investimento total é de R$ 40 milhões.
Os dois lados da ponte, conectando as regiões Oeste e Norte do Recife, já estão ligados. Agora, os trabalhos estão na fase de finalização na ponte e de implantação do sistema viário de acesso à passagem. Segundo a prefeitura, 90% do projeto já está concluído. Nos próximos meses, será realizado o asfaltamento da ponte, a construção dos passeios e a implantação do guarda-corpos e da ciclofaixa.
Embora João Campos tenha afirmado nas redes sociais que a ponte começará a ser utilizada no início de 2024, a prefeitura informou oficialmente que a liberação para uso da população será no primeiro semestre, sem definir o mês.
O prefeito destacou, inclusive, que a cidade estará inaugurando a primeira ponte após 15 anos. A capital tem, atualmente, 27 pontes, sem contar os pavilhões.
ENTENDA A OBRA DA PONTE IPUTINGA-MONTEIRO
Assim como antes, tanto na gestão João Campos (PT) e Geraldo Julio (PSB), a ponte está sendo erguida pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). Mede 170 metros de extensão, 20 metros de largura e 12 metros de altura. Terá quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido, além de calçadas e ciclofaixa.
Tem uma técnica diferenciada, com o uso de aduelas de concreto nos dois sentidos, que são peças pré-moldadas que ficam sobre o rio, sem necessidade de sustentação, já que estão sendo concretadas com o método de balanços sucessivos. A ponte mede 170 metros de extensão, 20 m de largura e 12 m de altura, com calçadas e ciclofaixas. Serão quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido.
NOVO SISTEMA VIÁRIO ESTÁ SENDO CONSTRUÍDO
Além da ponte, a prefeitura diz estar construindo um sistema viário com 20 novas ruas, incluindo requalificações e implantações, além de uma área urbanizada na margem do rio, que fará parte do Parque Capibaribe.
O conjunto de intervenções criará uma nova via semiperimetral para conectar a Avenida 17 de Agosto com a Avenida Maurício de Nassau (Paralela da Caxangá) e a Estrada do Barbalho, passando pela nova ponte.
Um binário formado pelas Ruas Rezende e Pereira Coutinho Filho fará a ligação entre a ponte e a Paralela da Caxangá. O projeto inclui a implantação de ciclovias e ciclofaixas, novos abrigos de ônibus; requalificação de vias, praças e passeios; melhorias na drenagem; novas áreas de convívio e lazer; plantio de árvores; novos postes de iluminação em LED e melhorias na acessibilidade.
GANHOS PARA A CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS
A Ponte Iputinga-Monteiro vai melhorar a circulação viária de veículos entre os dois bairros, desafogando alguns corredores com tráfego intenso na cidade, como a BR-101, por exemplo. A gestão municipal lembra que a nova passagem irá suprir uma necessidade antiga de ligação entre as duas margens, já que não existe nenhuma ponte para veículos num trecho de quase 5 km do rio. Atualmente, as pontes mais próximas ao longo do Capibaribe nesta região são a ponte da BR-101 e a ponte-viaduto Governador Cordeiro de Farias, que liga os bairros da Torre e Parnamirim.
Com a nova ligação, a distância entre o Parque de Exposições do Cordeiro e a Praça de Casa Forte passará dos atuais 6,7 km (via Torre-Parnamirim) e 8 km (via BR-101) para apenas 4,39 km. Motoristas indo do Parque do Caiara para o Parque Santana hoje precisam percorrer 5,1 km (via Torre-Parnamirim) ou 7,7 km (pela BR-101), distância que cairá para 3,82 km com a nova ponte.
TERCEIRA PONTE SERÁ CONSTRUÍDA PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
A nova Ponte Iputinga-Monteiro poderá ser utilizada pelo transporte público, mas os ônibus não terão prioridade nela, com um corredor ou faixa exclusiva, por exemplo. A informação apurada pela Coluna Mobilidade é que uma outra ponte será construída pelo prefeito João Campos na mesma região e que, essa sim, teria prioridade para o transporte público.
Seria, inclusive, a ligação que daria continuidade à chamada terceira perimetral da Região Metropolitana do Recife, projetada desde a década de 1980 como infraestrutura fundamental para o Sistema Estrutural Integrado (SEI), a integração dos ônibus e metrô do Grande Recife.
Nas redes sociais, o prefeito até fala da nova ponte, mas sem dar detalhes e apenas fazendo mistério.
CONHEÇA O PROJETO