GREVE NO METRÔ DE SÃO PAULO: Trabalhadores se unem contra a privatização em greve no metrô de São Paulo
A greve anunciada pela presidente do sindicato luta contra a privatização do metrô de São Paulo
Os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), apoiaram a greve que está programada para o dia 3 de outubro. Essa greve conta com o apoio dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e tem como objetivo protestar contra a privatização e lutar por melhores condições de trabalho.
De acordo com a administração do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diversas concessões públicas para o metrô já foram criadas até 2025. Isso levanta preocupações entre os trabalhadores do setor, que temem o desligamento de funcionários, uma possível redução na qualidade dos serviços e até mesmo um aumento nas tarifas.
GREVE DOS METROVIÁRIOS
Segundo informações do Brasil de Fato, a greve unificada pelos trabalhadores do metrô, Sabesp e CPTM é mais um passo na luta desses trabalhadores de transporte público e saneamento em busca de melhores condições de trabalho. Desta forma, até o dia 5 de novembro, serão organizados plebiscitos populares para debater com cerca de 1 milhão de pessoas as propostas de privatização da linha.
"O que nós temos hoje no Estado de São Paulo é um projeto, que está sendo implementado pelo governador Tarcísio, que ataca todos os serviços públicos, em especial os serviços essenciais, como água, saneamento e transporte coletivo. Então, a partir desse entendimento, como a CPTM e o metrô de São Paulo estão no centro do ataque, nós construímos uma unidade", Informou o presidente do Sintaema, José Antonio Faggian.
No dia 20 de setembro, a presidente do sindicato, Camila Lisboa, anunciou a greve por meio de suas redes sociais. De acordo com a categoria, caso um acordo não seja alcançado, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, que estão sob responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), devem ser afetadas e não funcionarão.
"Acabamos de aprovar greve no Metrô no dia 3 de outubro. Unificou com a CPTM. Vamos parar porque é um absurdo privatizar o metrô, trem e água(em referência ao plano de conceder a Sabesp à iniciativa privada)", divulgou Camila nas redes sociais.
A greve deve durar cerca de 24 horas, no dia 3 de outubro. Na próxima semana, será realizada uma assembleia do SINTAEMA (Sabesp), onde serão encaminhadas novas propostas dos sindicatos e dos metroviários.
O Sindicato da Central do Brasil, que representa as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, apoia o movimento que busca pela não privatização do metrô de São Paulo. O apoio foi confirmado segundo publicações nas redes sociais, mas não cita, por enquanto, adesão à paralisação.