"Vai ser uma guerra", diz vice-presidente do Sindicato sobre próxima GREVE METRÔ SP
Assembleia foi realizada na quarta-feira (25); greve deve acontecer nos próximos dias
Na noite de quarta-feira (25), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou uma assembleia para decidir o futuro da próxima greve. A categoria luta contra a privatização e protesta contra as demissões recentes feitas pelo Metrô.
"A unidade que a gente fez é fundamental para vencer essa luta. Agora é a única chance que a gente tem de vencer a privatização. Unir todos os etores. Os setores que pararam no dia 3 vão chamar os outros setores. Começar amanhã com a APEOESP (Sindicato Dos Professores). Chamar as centrais. Fazer uma paralisação geral, construir um calendário mais geral. É o nosso dever e é a única chance de derrotar o Tarcísio nesse processo de privatização", disse o vice-presidente do Sindicato, Narcísio Soares em assembleia.
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De acordo com a categoria, demissões foram realizadas pelo Metrô de São Paulo após a greve unificada do dia 3 de outubro e a paralisação surpresa do dia 12.
"Após nenhuma devolutiva da negociação sobre as advertências dos Operadores de Trem, fomos surpreendidos por 8 demissões e 1 suspensão de trabalhadores do Metrô, entre eles, diretores do Sindicato, inclusive o vice-presidente da entidade", informa o site.
Na segunda-feira (30), os profissionais devem se reunir novamente para debater acerca de uma possível greve na terça-feira, 31 de outubro.
"A gente está construindo um calendário unificado. Por isso, a proposta da diretoria é: marca a Assembleia, indicativo de greve na terça-feira, e na Assembleia de terça-feira, com o calendário unificado e a proposta, a gente discute os próximos passos da luta", explica Narcísio.
"Por isso, é importante ter Assembleia na segunda-feira, para avaliar a melhor forma de derrotar o Tarcísio. Aqui é muito importante manter a unidade com a categoria e com os outros setores, porque vai ser uma guerra. E não vamos deixar nenhum dos nossos para trás. Vamos brigar pela reintegração e contra a privatização", finaliza.
LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO
Desde junho deste ano, os metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp pedem ao Governo o fim da privatização e terceirização do Metrô SP.
Os trabalhadores desejam que as autoridades consulte a população por meio de um plebiscito. Eles consideram que a privatização das linhas de transporte e da rede de água e esgoto irá piorar a qualidade dos serviços.
No dia 5 de novembro, será divulgado o plebiscito do Sindicato, que traz informações sobre a opinião da população em relação à privatização das linhas de trem e metrô.
GREVE METRÔ SP
Os profissionais alertam que uma paralisação pode ser realizada a qualquer momento. Isso porque os profissionais estão em "estado de greve" desde o dia 16 de outubro.
Juntos, Metrô e CPTM transportam todos os dias cerca de 4,2 milhões de passageiros. Em 23 de março deste ano, uma outra paralisação da categoria registrou mais de 700 km de congestionamento.
No último dia 3 de outubro, o metrô SP enfrentou uma greve unificada de 24 horas com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Foram mais de 600 km de congestionamento na capital paulista.