Marina Harkot: Motorista pega 13 anos de prisão pela morte de ciclista em condenação histórica
Homicídio pelo atropelamento e morte da ciclista Marina Harkot, na Avenida Paulo VI, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, ocorreu no ano de 2020

O motorista José Maria da Costa Júnior foi julgado e condenado por homicídio pelo atropelamento e morte da ciclista Marina Harkot, na Avenida Paulo VI, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, no ano de 2020. No total, a pena é de 13 anos de prisão. Conforme o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP), o réu poderá recorrer em liberdade. A defesa dele não foi localizada.
O júri popular de Costa Júnior começou às 12h30 dessa quinta-feira, 23, e a decisão saiu na madrugada desta sexta-feira, 24, em julgamento realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital, presidido pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro.
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"A pena foi fixada em 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de homicídio; e um ano de detenção e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de cinco anos, por omissão de socorro e condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada", disse o TJ-SP sobre a decisão.
Criminoso trafegava em alta velocidade e fugiu
De acordo com os autos, o réu trafegava em alta velocidade pela Avenida Paulo VI, após ingerir bebida alcoólica, quando colidiu com a vítima, que estava na mesma via, de bicicleta, no dia 8 de novembro de 2020.
Após o acidente, o motorista fugiu sem prestar socorro. A jovem chegou a ser socorrida por médicos que passavam pelo local, mas não resistiu aos ferimentos. Marina era socióloga e estudava ciclomobilidade e questões de gênero.
A identificação do carro foi possível graças à policial testemunha, que anotou a placa do veículo. Depois, a polícia confirmou por meio de câmeras que aquele veículo circulava pela região no horário do ocorrido.
Movimento Pedale como Marina
O Pedale como Marina é um movimento que reúne pessoas da sociedade civil, pesquisadores, ativistas, mãe, pai, parentes, amigos e amigas de Marina. Além de informações por meio do site, também há divulgações por redes sociais.
São abordados temas relacionados ao legado de Marina, ações para colocar em pauta a violência do trânsito da cidade de São Paulo e outros locais do Brasil, além de notícias sobre o julgamento envolvendo a morte da ciclista.
"Foram longos quatro anos e três meses de luta por justiça e nós, família e amigos, só temos a agradecer pelo suporte e carinho da incrível rede que a Marina nos deixou. Não temos palavras para expressar a importância de cada pessoa que esteve junto. Muito obrigado! No momento, queríamos compartilhar a notícia com vocês. Voltaremos para falar melhor sobre o dia de hoje e os próximos", disse o movimento, em publicação.