Perder para ganhar

Publicado em 10/04/2013 às 17:48
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O Náutico entra em campo esta noite para disputar a competição mais ridícula de sua história. Não pelo tamanho da Copa do Brasil. Ou pelo que ela representa. Mas pelo esdrúxulo regulamento, que obrigará o time alvirrubro ser eliminado até a terceira fase, para poder participar da Copa Sul-Americana, onde está pré-qualificado. Tão tenebroso quanto o regulamento com a cara da nova CBF, será como o Náutico irá se preparar para perder. Se for numa disputa normal diante do Crac, adversário de hoje, ou mesmo na segunda fase (Bangu ou Betim), será vexatório pela tradição do Timbu ou mesmo pelo tão falado poderio financeiro que o separa destes clubes. Para que não fique feio, o torcedor alvirrubro só admitiria eliminação na terceira rodada, num possível confronto com o Santos. Mas é aí que o dilema chega a seu ápice. Quem ganhar vai às oitavas de final. E abre mão da Sul-Americana. Quem perder garante vaga na competição internacional. Até agora o Náutico não disse, oficialmente, o que fará. Vai tentar protelar o problema. Seu presidente já disse que não vai pedir a nenhum jogador para tirar o pé. Nem poderia. Correria o risco de perder o comando. Uma possibilidade seria colocar o sub-20 para disputar a competição, a partir da próxima fase. Mas a garotada timbu mostrou serviço no início do Estadual e pode causar surpresa desagradável. O jeito é não arriscar, colocando logo o sub-17. Ou então deixar acontecer, correndo risco de ser eliminado da Sul-Americana mesmo sem participar. O que não deixaria de ser uma vergonha. Mas, desta vez, sem o Náutico ter culpa. De olho no clássico Sem Natan e possivelmente sem Renatinho, o Santa Cruz entra em campo para decidir vaga na segunda fase da Copa do Brasil de olho no clássico de domingo. Eliminando o Guarani, se reabilita e acende sua torcida para o duelo com o Sport. Mas, se tropeçar, gera desconfiança na torcida que ainda não sabe o que esperar da equipe. Plim... A FPF tem que entender que a Globo compra os direitos de transmissão e não a competição. Pode até escolher horário de jogos, mas não determinar a quantidade de profissionais em campo. Isso é com a própria FPF. Ou deveria ser. ... plim A Globo, no entanto, acerta ao pedir mais organização durante os jogos. Como "banca" o Estadual, deveria ter direito às primeiras entrevistas em campo. Mas não consegue pelo tumulto. Nos EUA e Europa é assim. Pra saber, tem que ler Irritado com as condições dos gramados do interior, o presidente da FPF, Evando Carvalho, já disse que o Estadual 2013 poderá ter gramados sintéticos. Também prevê jogos dos grandes apenas em Caruaru, Petrolina e Salgueiro, alijando outras sedes. Mas só funciona se ele e sua diretoria colocarem no regulamento. E que ao menos o leiam. Com a palavra, o leitor Alvirrubro indica técnicos à diretoria "Givanildo seria uma boa para o Náutico, pois conhece a região. Outro nome interessante seria Zé Teodoro, que se encaixaria bem." Clovis Emídio, sugerindo técnicos com salários na "realidade do clube".

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