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Coronavírus, futebol, BBB e a intolerância digital

Sem futebol, o brasileiro direcionou seu hábito de torcer à única disputa possível: o Big Brother Brasil. E com a mesma intolerância

Carlyle Paes Barreto
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Carlyle Paes Barreto
Publicado em 31/03/2020 às 11:14 | Atualizado em 31/03/2020 às 11:14
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As participantes do programa decidem se unir após exposição da estratégia, mas Boca Rosa não acreditou nas sisters - FOTO: Foto: TV Globo/Divulgação

Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola

Sem competições esportivas, especialmente jogos de futebol, o brasileiro direcionou seu hábito de torcer à única disputa possível, além da tradicional luta entre adoradores e odiadores do presidente Jair Bolsonaro: o Big Brother Brasil. Reality show que vinha perdendo a graça, mas que ressurgiu com a escolha de famosinhos e, principalmente, com o isolamento social das pessoas. Turbinando a audiência do problema e mostrando o que há de pior nos torcedores.

Nem as melhores novelas levaram a tal e engajamento. Formando torcidas nacionais pelo grupinho das meninas superpoderosas ou pela dupla dinâmica que consegue equilibrar uma competição com desigualdade numérica. E quase sempre, apontando erros ou exagerando nas críticas contra o outro lado. mais que isso: mostrando com as redes sociais seguem tóxicas, mesmo sem a paixão do futebol para servir de atenuante.

Mostrando que o torcedor brasileiro, seja ele o da arquibancada ou do sofá, é mal educado. Que lamenta e aponta o dedo para ultras, para organizadas. Mas a selvageria, a intolerância é semelhante, multiplicada a cada tuitada, em postagem no Face, nos grupos de whats app.

A noite desta terça é de eliminação no BBB. Com Prior, Manu e Mari na "disputa de suas vidas", com os nervos à flor da pele. E com a turma do ódio com os dedos nervosos. Votando e malhando adversários. Como em campos de futebol.

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