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Futebol e política: o direito ao silêncio

As pessoas cobram posicionamento de jogadores, mas talvez queiram apenas ouvir o que lhes convêm. Por isso muitos se calam

Carlyle Paes Barreto
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Carlyle Paes Barreto
Publicado em 06/06/2020 às 9:11 | Atualizado em 06/06/2020 às 13:12
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Casagrande é o novo contratado do Uol Esporte - FOTO: AFP

Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola

Não é de hoje que jogadores de futebol se manifestam politicamente, usando suas imagens para passar recados, protestar. Ou mesmo apoiar algo ou alguém. Mas assim como ícones de décadas passadas, eles são minorias, atualmente. E por quê? Talvez simplesmente porque as pessoas não apenas querem os ouvir. Querem que eles tenham a mesma ideologia.

Quando um atleta defende causa nobre, é endeusado. Quando é polêmico, especialmente sendo conservador, é marginalizado. Felipe Melo, apoiador do Governo federal, é um exemplo. O caso Caio x Casagrande é outro. O primeiro criticou o são-paulino Raí por se expressar publicamente. Para ele, o diretor tricolor deveria focar no futebol. Depois disso levou porrada de todo canto, especialmente do colega comentarista. Mas o próprio Casagrande, no passado, defendeu o direito ao silêncio do jogador. Até por sua defesa.

E é esse o cerne da questão. Jogador, artista ou qualquer cidadão pode falar o que quiser em relação a todos os temas. Mas também podem se calar, se preferir ser poupados do tribunal injusto e ácido das redes sociais.

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