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Achatar os Estaduais é forma de elitizar o futebol. E não é bom

Um calendário nacional mais amplo causaria desemprego de atletas e até extinção de clubes menores

Carlyle Paes Barreto
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Carlyle Paes Barreto
Publicado em 03/07/2020 às 13:04
ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM
OPOSTOS Santa Cruz já está classificado e pode eliminar o Sport - FOTO: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola

Seria bom para Sport, Náutico e Santa Cruz usar o Campeonato Pernambucano apenas como laboratório, escalando jovens e trabalhando o time principal para as competições nacionais? A resposta seria sim se todos estivessem na elite do futebol brasileiro, equilibrados financeiramente e com elenco grande para poder ter duas equipes.

Quem defende o achatamento ainda maior dos Estaduais, talvez pense apenas no topo da pirâmide. Nos grandes clubes, dos grandes centros. Esquecendo os tradicionais times que amargam divisões inferiores.

Sem falar nos pequenos, que estariam fadados à extinção. Sem poder jogar contra as camisas mais pesadas. Consequentemente, sem poder se mostrar.

E será que um torneio estadual sem os clubes de peso chamaria atenção das TVs, de investidores, do público? Certamente não.

Por trás dessa ideia que cresce no Rio e em São Paulo, especialmente nas grandes redes, está a elitização do futebol. Ignorando não apenas secular tradição. Mas milhares de atletas que perderão empregos. Ou então voltarão a ser amadores.

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