Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola
Centro de treinamentos equipados, aparelhos ajudando a recuperação dos atletas, tecnologia auxiliando análises profundas dos jogadores e adversários. A evolução do futebol em campo, pelo menos no Brasil, ainda esbarra na questão humana. Na gestão. As manobras de Sport e Santa Cruz para estender mandatos mostra claramente o freio em toda essa modernidade.
Adiar eleições, estendendo mandatos com isso, nem seria aberraçao em tempos de pandemia. Mas a forma como vem sendo feita mostra todo modo retrógrado da cartolagem. Assim como o processo eleitoral em si.
Debatidos por grupos pequenos, por cardeais. Afastando jovens lideranças como se fossem inimigos da coroa. E sempre na última hora. Como se bastassem dois almoços regados a uísque escocês e defumados com charuto cubano para encontrar o novo rei. Ou presidente.
Será que se pretensos candidatos fossem chamados com antecedência para discutir adiamento do pleito não teria sido menos traumático? Além de transparente, evitaria manobra na calada da noite, ou no túnel do mundo virtual.
O Conselho do Santa atendeu pleito do executivo e decidiu pelo adiamento. A oposição, no entanto, acionou a Justiça e está certa que haverá eleição em dezembro. O Sport seguiu o trâmite. E deve ter mais uma pendenga judicial em paralelo à luta em campo.
Transformando o processo eleitoral em segregador, quando deveria ser o contrário.
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