Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola
Já faz tanto tempo quando o torcedor assistia aos jogos sentados, aplaudindo seus times. As vezes soltando graças aos rivais, com educação, com moderação. Indo aos estádios como se fosse a um baile.
Com o passar dos anos, o paletó, a gravata e a bengala foram dando lugar aos uniformes. Os assentos viraram arma, as gozações se transformaram em agressões. E os torcedores se dividiram em grupos.
Há ainda quem vá aos estádios para assistir espetáculo (mesmo que raramente eles aconteçam). Outros vão torcer com fervor, paixão. Taiva, até. Aqueles que passam a semana esperando o dia da partida. Homens, mulheres, crianças. Todas as idades. E há quem desvirtuou o processo. Cobrando de forma agressiva quem veste suas própria cores.
Em tempos de redes sociais, xingamentos a quem deveria ouvir incentivo. Ódio que não combina com amor. Agressões reais também. Daquele cara que se acha dono do pavilhão. O que vai a aeroporto, aos portões dos centro de treinamentos para gritar, ameaçar. Geralmente cercado por comparsas. O torcedor profissional.
Numa regressão de comportamento, voltando à barbárie, o futebol evolui dentro e fora de campo, mas tendo que conviver com paixões nonsense.
Talvez por isso ele seja difícil de se explicar, de se entender. E tão bom de acompanhar. De torcer.
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